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quinta-feira, 25 de junho de 2009

BIOL... QUIM.. PORT....

Como floresce e frutifica o ano todo, é possível encontrar na
mesma árvore, desde flores até frutos maduros do açaí
A sucuri, ou anaconda, Eunectes murinus, é a maior serpente
do mundo, podendo atingir até 10m de comprimento
• Química – Soluções
pg. 02
• Química – Isomeria espacial
pg. 04
• Biologia – Platelmintos
pg. 06
• Biologia – Genética – 1.ª lei de
Mendel
pg. 08
• Português – Perscrutando o texto
pg. 10
2
Chegamos ao fim de mais uma edição do
Aprovar, o pré-vestibular gratuito oferecido
pelo Governo do Estado por meio da
Universidade do Estado do Amazonas. Para
nós, da UEA, o Aprovar é a concretização
de uma das metas mais nobres da
Academia, qual seja a de inserir o homem
amazônico no contexto da universalização
do conhecimento. Isso porque, ao contribuir
para resgatar a dívida social histórica que o
Estado tem com nossos irmãos do interior, a
UEA tem por obrigação, ainda, oferecer aos
mais carentes sob o ponto de vista
econômico – sem esquecer dos portadores
de necessidades especiais – os meios para
o ingresso no ensino superior. Assim,
reafirma-se o compromisso da instituição
com a ampliação de formas de acesso da
juventude à nossa universidade.
Aliando modernas técnicas pedagógicas,
tecnologia e uma logística de distribuição
montada para atender todos os alunos
finalistas da Rede Pública de Ensino do
Estado, o Aprovar orgulha-se de seus
números. Nesses quatro anos de execução
do projeto, mais de 700 aulas transmitidas
pelo rádio e pela tevê. Mais de 14 milhões
de apostilas produzidas e distribuídas nas
escolas da rede pública, Postos de
Atendimento ao Cidadão (PAC´s) e
encartadas em jornais.
Mas o seu principal resultado é
personificado nos 1.896 alunos aprovados
nos últimos três concursos vestibulares, que
ingressaram na UEA e afirmaram ter
estudado utilizando as apostilas do Aprovar,
um índice de aprovação de 18,5%. Assim, o
Aprovar consolida-se como um processo de
inclusão social.
Esses números são a quantificação de que
novos cidadãos amazonenses aprenderão a
dar o melhor de si para a sociedade,
somando forças a um trabalho coletivo de
construção do futuro da humanidade, forças
coletivas essas que ajudam a movimentar e
construir a história.
É essa instituição, a Universidade, que ao
longo da história da civilização sobreviveu a
inúmeras crises, cresceu e multiplicou-se,
que o espera.
Estude! E não deixe de fazer o Simuladão
do Aprovar no próximo dia 11 de agosto,
sábado, a partir das 17h. Na página 11,
você vai encontrar uma ficha que deve ser
preenchida e entregue no dia do teste. A
entrada é gratuita. É a oportunidade de
você testar seus conhecimentos, pois é a
revisão final, com todas as disciplinas, num
teste que simula as condições do vestibular.
Boa sorte!
Palavra
da Reitora Soluções
Definimos dispersão como todo sistema no qual
uma determinada substância distribui-se
uniformemente em outra substância que está
em maior quantidade. A substância em menor
quantidade é chamada de disperso e a de maior
quantidade dispersante.
As dispersões dividem-se em três casos:
soluções, colóides e suspensões. A diferença
básica entre eles é o tamanho das partículas:
• Menores que 1 nm (nanômetro): soluções.
• Entre 1 e 100 nm: colóides.
• Maiores que 100 nm: suspensões.
Dentre os três tipos de suspensões serão
abordadas neste momento as soluções.
Chamamos de solução toda mistura
homogênea envolvendo duas ou mais
substâncias.
Assim, observe o exemplo abaixo:
Observamos na figura:
• Solvente: substância presente em maior
quantidade capaz de dissolver a outra.
Exemplo: água
• Soluto: substância presente em menor
quantidade que se dissolve.
Exemplo: açucar.
• Solução: mistura de solvente com soluto.
Logo:
SOLUÇÃO = SOLVENTE + SOLUTO
Classificação das Soluções
As soluções podem ser classificadas por meio
dos seguintes critérios:
• De acordo com o estado de agregação
As soluções podem ser sólidas, líquidas ou
gasosas. Observe a tabela:
Observação.: O estado físico de uma solução é
determinado pelo solvente.
• De acordo com a proporção entre soluto e
solvente:
– Soluções diluídas: quando o soluto é
pouco em relação ao solvente.
Exemplo: 1g de sal de cozinha em 1 litro
de água.
– Soluções concentradas: quando a
quantidade de soluto é grande.
Exemplo: 400g de sal de cozinha em 1 litro
de água.
Vale ressaltar que este conceito é meramente
comparativo, não sendo definidas faixas onde a
solução pode ser considerada diluída ou
concentrada. Assim, uma solução contendo 2g de
sal em 1 litro de água pode ser considera concentrada
quando comparada a uma solução contendo
1g em 1 litro de água.
• De acordo com a natureza do soluto
– Soluções moleculares ou não-eletrolíticas
São aquelas em que as partículas dispersas
são moléculas, ou seja, o soluto é um não
eletrólito.
As moléculas são eletricamente neutras e, por
isso, soluções moleculares não conduzem
corrente elétrica.
Exemplo: açúcar (C12H22O11) em água.
– Soluções iônicas ou eletrolíticas
São aquelas em que as partículas
dispersas são íons.
Os íons são carregados eletricamente e,
por isso, podem produzir um campo
eletrostático na água que possibilita o
fechamento da corrente.
Mas por que os íons de cargas opostas não
se unem novamente?
Durante o processo de ionização, as
moléculas de água aglomeram-se em torno
dos íons num processo conhecido por
solvatação. Isto impede o reagrupamento
dos íons.
Exemplo: sal comum (NaCl) em água.
Solubilidade
Definimos solubilidade em uma frase:
“Semelhante dissolve semelhante.”
Sendo assim, podemos dizer que uma substância
polar tende a se dissolver num solvente polar e
vice-versa.
Coeficiente de Solubilidade
Quando se adiciona gradativamente sal comum a
água, em temperatura constante, verifica-se que,
em dado momento, o sal não se dissolve mais.
A partir daí, toda quantidade de sal adicionada irá
depositar-se no fundo do recipiente. Dizemos
então que a solução está saturada ou que atingiu
o “ponto de saturação”.
O “ponto de saturação” é definido pelo coeficiente
de solubilidade.
Definindo:
Coeficiente de solubilidade é a máxima
quantidade de soluto A capaz de se dissolver
em uma quantidade padrão de solvente B a
uma determinada temperatura.
Curva de Solubilidade
É o gráfico que apresenta a variação do
coeficiente de solubilidade da substância em
função da temperatura.
Veja:
Observando o gráfico, podemos obter os
seguintes dados:
– A solubilidade de um determinado sal a uma
dada temperatura;
Exemplo: a 20°C a solubilidade do sal A é
aproximadamente de 10g/100g de H2O.
– Qual sal é mais ou menos solúvel a uma dada
temperatura.
Exemplo: a 10°C o sal C é o mais solúvel; já
a 60°C, o mais solúvel é o sal A.
– Como se comporta o coeficiente de solubilidade
frente ao aumento ou diminuição de
temperatura.
Exemplo: o sal A sofre grande aumento de
solubilidade com o aumento da temperatura.
Química
Professor CLÓVIS Barreto
3
Desafio
Químico
– Massa de precipitado em um problema.
Exemplo: Determine a massa de precipitado
formada quando se mistura 35g de sal A com
200g de água a 20°C.
Para cada 100g de água dissolve-se 10g de
sal A. Logo, em 200g de água dissolve-se
20g. Com isso, a massa de precipitado será
35g – 20g = 15g.
Classificação das soluções quanto à solubilidade
Solução Insaturada
Quando a massa de soluto dissolvida, a uma
dada temperatura, é menor que o coeficiente de
solubilidade, diz-se que a solução está
insaturada podendo ser dissolvida uma
quantidade maior de soluto.
md < Cs
sendo md = massa dissolvida
Cs = coeficiente de solubilidade
Solução Saturada
Quando a quantidade de soluto dissolvido, a
uma dada temperatura, é exatamente igual ao
coeficiente de solubilidade.
md = Cs
A solução pode apresentar corpo de fundo
(precipitado) ou não:
– Com corpo de fundo: a massa de soluto é
maior do que o coeficiente de solubilidade.
Logo, o excesso precipita.
– Sem corpo de fundo: a massa de soluto é
igual ao coeficiente de solubilidade.
Solução Supersaturada
Quando a quantidade de soluto dissolvido é
superior ao coeficiente de solubilidade.
A solução supersaturada é instável e a mínima
perturbação do sistema faz com que ela se torne
uma solução saturada com corpo de fundo.
Mas como é possível obter uma solução
supersaturada?
Quando se resfria lentamente e sob condições
especiais (sem variação de pressão ou ruídos)
uma solução saturada, é possível, em alguns
casos, manter uma massa dissolvida em
solução superior ao coeficiente de solubilidade,
supersaturando a solução.
Aplicações
01. Uma solução aquosa saturada de
acetato de chumbo, preparada a 18°C
com os cuidados necessários, pesou
45g e, por evaporação, forneceu um
resíduo sólido de 15g. Calcular o
coeficiente de solubilidade do sal a
18°C.
Resolução:
Admitindo que a massa da quantidade padrão
do solvente seja 100g, podemos calcular o Cs
da seguinte forma:
Massa do soluto: 15g
Massa da solução: 45g
Logo, Massa do solvente: 45 – 15 = 30g
15g de soluto –––––––– 30g de solvente
X –––––––– 100g de solvente
X = 50g/100g de solvente.
02. Foram agitados 39g de nitrato de
cálcio com 25g de água a 18°C. O
sistema resultou heterogêneo e, por
filtração, foram obtidos 57,5g de
solução saturada. Calcule o Cs do sal
a 18°C.
Solução:
Massa do soluto: 39g
Massa da solvente: 25g
Sistema heterogêneo Massa total: 64g
Massa da solução (saturada): 57,5g
Ficaram retidos no filtro 6,5g de soluto, portanto,
a 18°C, são dissolvidos 32,5g de soluto. Assim:
32,5g de soluto –––––––– 25g de água
X –––––––– 100g de água
X = 130g/ 100g de água
03. A uma determinada temperatura, o Cs
do iodeto de sódio é de 180g/100g.
Calcule a massa de água necessária
para preparar uma solução saturada
que contenha 12,6g deste sal na
temperatura considerada.
Solução:
Cs = 180g/ 100g
180g de NaI –––––––– 100g de água
12,6g de NaI –––––––– X
X = 7g
Concentração das Soluções
Densidade
Porcentagem
• Percentagem em massa (% m/m) ou Título
percentual (T%)
É a massa do soluto presente em 100g de
solução.
Exemplo: Uma solução 10% m/m é aquela que
possui 10g de soluto em 100g de solução.
Ou ainda:
m % m/m = –––s–o–lu–to–– x 100
m
Quando a grandeza não estiver definida (soluto,
solvente ou solução) admite-se que o valor se
refere a solução.
• Percentagem em volume (% V/V)
É o volume de soluto presente em 100m de
solução.
Exemplo: Uma solução 20% v/v é aquela que
possui 10m de soluto em 100m de solução.
Ou ainda:
Vsoluto % V/V = ––––––––– x 100
V
• Percentagem massa/volume (% m/v) ou
simplesmente percentagem (%)
É a massa de soluto presente em 100m de
solução (em cm3).
Exemplo: Uma solução 30% m/v é aquela
que possui 30g de soluto em 100m de
solução.
Ou ainda:
msoluto % m/v = –––––––– x 100
V
• Concentração comum (C ou g/ )
É o quociente da massa do soluto (em
gramas) pelo volume da solução (em litros).
msoluto C = –––––––––
V
Exemplo: Determine a concentração, em g/ ,
de uma solução de ácido nítrico que
apresenta 36g de soluto em água suficiente
para 500m de solução.
O volume deve estar em litros. Assim, 500m
= 0.5
C = 36/0,5 ... C = 72 g/
• Molaridade ou Concentração Molar (M ou
mol/ )
É o quociente do número de mols de soluto
pelo volume da solução (em litros).
nsoluto M = ––––––––
V
msoluto Porém: nsoluto = ––––––––––
molsoluto
msoluto Assim: M = –––––––––––––
molsoluto . V
Quando uma solução tiver, por exemplo,
molaridade igual a 2 mols/litro, diremos que a
solução é 2 molar; e quando M = 1 mol/litro,
diremos simplesmente que a solução é molar.
Dizemos que uma solução é decimolar
quando a sua molaridade vale 0,1 mol/litro.
01. Foram misturados e agitados 200g de
sulfato de amônio com 250g de água,
resultando um sistema heterogêneo que,
por filtração, forneceu 5g de resíduo.
Calcule o Cs do sal na temperatura em
que a experiência foi realizada.
02. O Cs de um sal, numa determinada temperatura,
é de 68g/ 100g. Calcule a massa de
uma solução saturada que contenha 17g
desse sal na temperatura considerada.
03. Foram misturados e agitados 400g de
sulfato de sódio com 750g de água a
18°C, resultando um sistema heterogêneo.
Por filtração desse sistema foram
obtidos 900g de solução saturada.
Calcule o Cs do sal a 18°C e a massa do
resíduo da filtração.
04. (PUC) A uma solução de cloreto de sódio
foi adicionado um cristal desse sal e
verificou-se que este não se dissolveu,
provocando, ainda, a formação de um
precipitado. Pode-se inferir que a solução
original era:
a) estável b) diluída c) saturada
d) concentrada e) supersaturada
05. A 30°C a solubilidade do nitrato de prata
em água é de 3000g por quilograma de
água. Adiciona-se, a 30°C, 2000g desse
sal a 500g de água, agita-se vigorosamente
e depois filtra-se. Qual a massa da
solução saturada obtida?
a) 1000g b) 1500g c) 2000g
d) 2500g e) 3000g
06. Para resolver as duas perguntas seguintes,
é necessário a tabela adiante reproduzida:
a) Que a massa de KNO3 pode ser
dissolvida em 50 gramas de água, a
40° C?
b) Calcule a percentagem em massa de
KNO3, numa solução saturada deste
soluto a 30°C.
07. Quantos equivalentes-gramas de HNO3
existem em 300 ml de solução N/10
deste ácido?
08. Calcular a molaridade de uma solução
0,3 normal de ácido fosforoso.
4
Desafio
Químico Isomeria espacial
Os isômeros apresentam mesma fórmula
molecular, mesma fórmula plana, mas diferentes
fórmulas estruturais espaciais.
Divide-se em:
Isomeria Geométrica (ou Cis-Trans)
Compostos de cadeia acíclica com dupla
ligação
Considere, com bastante atenção, os dois
exemplos que serão dados a seguir:
1.° exemplo – Seja o composto ClCH2 – CH2Cl;
podemos representá-lo pelo “modelo de bolas”
das seguintes maneiras:
No entanto as três representações indicam a
mesma coisa, pois trata-se da mesma estrutura
espacial, isto é, do mesmo composto; de fato , a
ligação simples entre os dois carbonos pode girar
livremente; desse modo, basta “rodar” o carbono
superior da estrutura “B” 120° para que ela
coincida com a estrutura “A”; bem como “rodando”
o carbono superior da estrutura “C” 120°, ela
coincide com “B”, e continuando o “giro” por mais
120°, ela coincide com “A” . Enfim, sempre que
houver superposição das figuras, elas estarão
representando o mesmo composto.
2.° exemplo – Seja o composto ClCH = CHCl;
usando-se o “modelo de bolas”, podemos ter as
seguintes “arrumações” espaciais:
Repare no seguinte:
• Na primeira figura, os dois átomos de cloro
estão do “mesmo lado” do plano que “divide”
a molécula ao meio; esta é a chamada forma
CIS (cis = mesmo lado).
• Na segunda figura, os dois átomos de cloro
estão de “lados opostos” do plano que
“divide” a molécula ao meio; esta é a chamada
forma TRANS (trans = através ou transversal) .
Acontece, porém, que a dupla ligação (o par
ligação σ + π) não pode “girar”, como ocorre
com a ligação simples; isto significa, em outras
palavras, que as duas figuras anteriores são
“rígidas”. Sendo assim, não há maneira de
superpor a forma cis sobre a forma trans, de
modo a coincidirem todos os seus átomos.
Conseqüentemente, as formas cis e trans
representam dois compostos diferentes.
Podemos representá-los abreviadamente do
seguinte modo:
cis - 1,2 - dicloro - trans - 1,2 - dicloro -
eteno eteno
Generalizando, podemos dizer que irá ocorrer
isomeria cis-trans em compostos contendo
dupla ligação e que apresentem a estrutura:
Sendo obrigatoriamente R1 ≠ R2 e R3 ≠ R4 e
podendo R1 (ou R2) ser igual ou diferente de R3
e R4.
Compostos de cadeia cíclica
Quando estudamos compostos cíclicos,
podemos observar o seguinte comportamento:
CIS – 1,2 – DICLORO TRANS – 1,2 – DICLORO
CICLOPROPANO CICLOPROPANO
Resumindo, o composto 1,2 dicloro ciclopropano
pode apresentar as suas ramificações “acima”
ou “abaixo” do plano que forma o núcleo do
composto sendo classificado como cis ou trans.
Isomeria Óptica
Os compostos que possuem mesma fórmula
molecular, porém diferentes atividades ópticas
são chamados de isômeros ópticos.
Atividade Óptica
Observe a figura abaixo:
Quando a luz prolongada (após passar pelo
prisma de Nicol - polarizador) atravessa o
composto orgânico em análise, observamos os
seguintes resultados:
No caso “a”, a luz polarizada que vibrava num
determinado plano, ao atravessar o composto
orgânico, continuou vibrando no mesmo plano.
Dizemos, então, que o composto em questão
não tem atividade sobre a luz; ele é
opticamente inativo.
No caso “b” , a luz polarizada, após atravessar o
composto orgânico, passou a vibrar em um
plano à direita daquele em que vibrava
anteriormente. Portanto o composto é
opticamente ativo. Por ter girado o plano da luz
polarizada para a direita, dizemos que é
dextrógiro.
No caso “c”, após atravessar o composto
orgânico, a luz polarizada passou a vibrar num
plano à esquerda do original. Concluímos que o
composto é opticamente ativo. Por ter girado o
plano de vibração da luz polarizada para a
esquerda, dizemos que é levógiro.
A atividade óptica de um composto está
relacionada diretamente com a assimetria de
suas moléculas.
Molécula assimétrica é a que nunca se
consegue dividir de modo que os dois lados
resultantes dessa divisão fiquem iguais. Essa
assimetria molecular pode ser expressa de dois
modos: presença de carbono assimétrico e
assimetria molecular propriamente dita (sem
carbono assimétrico).
Química
Professor MARCELO Monteiro
01. (UFF) A acrilonitrila, cuja estrutura está
escrita abaixo, é a matéria-prima para
obtenção de fibras que podem substituir
a lã natural.
CH2 = CH – C ≡ N
Com relação a esta molécula, é correto
afirmar que:
a) todos os carbonos apresentam
hibridização sp2;
b) pode apresentar dois isômeros ópticos;
c) apresenta a função amina;
d) não pode apresentar isômeros
geométricos;
e) sua cadeia é saturada.
02. O álcool primário de menor peso
molecular que apresenta isomeria
óptica é o:
a) butanol;
b) 2-metil-1-propanol;
c) 1-metiletanol;
d) 2-metil-2-butanol;
e) 2-metil-1-butanol.
03. No composto orgânico abaixo, podem
ocorrer os seguintes casos de isomeria:
a) óptica, de posição e cis-trans;
b) de cadeia, de posição e de função;
c) óptica, de posição e de função;
d) cis-trans, metameria e posição;
e) tautomeria, de cadeia e óptica.
04. Dos seguintes compostos orgânicos,
qual é formado por quatro elementos
químicos?
a) Diclorometano;
b) Cloroetanal;
c) Etanodial;
d) Ácido 2-hidróxipropanóico;
e) Cicloexanona.
05. Para o composto cujo nome é 1,3–dietilciclobutano,
a alternativa falsa é:
a) Possui 2 carbonos quaternários.
b) A hibridização dos átomos de carbono é
sp3.
c) Possui 4 átomos de carbono secundários.
d) Sua fórmula molecular é C8H16.
e) Apresenta cadeia carbônica saturada.
06.(UFRJ) Com base nos seus conhecimentos
de química orgânica, responda o
que é pedido nos itens a, b, c e d.
a) Nome do ácido isômero de função do
metanoato de metila.
b) Nome oficial de CH3 – CH2 – CH3.
c) Nome oficial do isômero de cadeia do
metilpropano.
d)Função química a que pertence o
composto mostrado na figura a seguir:
O

CH3 –– CH2 –– C –– CH2 –– CH3
5
Isomeria óptica com carbono assimétrico
Carbono assimétrico (ou quiral) é aquele que
possui quatro ligantes, todos diferentes entre si.
a ≠ b ≠ c ≠ d
Um exemplo comum é o ácido láctico (ou ácido
2 - hidroxi - propanóico), que é proveniente do
leite.
Ácido 2-hidroxi-propanóico
ou ácido lático
Todo composto que apresenta apenas um
carbono assimétrico na molécula terá dois
isômeros opticamente ativos, um dextrógiro e
outro levógiro. Observe:
Ácido 2-hidroxi-propanóico Ácido 2-hidroxi-propanóico
dextrógiro levógiro
Esses isômeros desviam a luz polarizada em
sentidos contrários. Por isso, são chamados
antípodas ópticos, enantiomorfos ou ainda de
moléculas quirais.
Mistura racêmica
Usando partes iguais de dois enantiomorfos
podemos formar uma mistura racêmica.
A mistura racêmica é opticamente inativa por
compensação externa, ou seja, como há um
número igual de moléculas provocando desvios
contrários na luz polarizada, uma cancela o
desvio da outra e o desvio final é nulo.
A partir de compostos cujas moléculas possuem
apenas 1 carbono assimétrico e, portanto, dois
isômeros ópticos ativos, podemos preparar uma
única mistura racêmica.
Fórmula de Van’t-Hoff
Quando uma molécula possui vários carbonos
assimétricos diferentes, podemos calcular o
número de isômeros pelas fórmulas abaixo:
Isômeros opticamente ativos = 2n
Isômeros Racêmicos = 2n – 1
n = n.° de carbonos assimétricos
Moléculas com dois carbonos assimétricos
iguais
2,3 - Butanodiol
Podemos afirmar que cada um dos carbonos
assimétricos irá desviar a luz de um mesmo
ângulo ∝ qualquer.
Teremos, então, as seguintes possibilidades:
Cada carbono desvia a luz polarizada de um
ângulo ∝ para a direita. O desvio final será à
direita e o composto será dextrógiro.
+∝ +∝ = +2∝
Cada carbono desvia a luz polarizada de um
ângulo ∝ para a esquerda. O desvio final será à
esquerda e o composto será levógiro.
–∝ –∝ = –2∝
Um dos carbonos desvia a luz polarizada de um
ângulo ∝ para a direita e o outro carbono
desvia a luz polarizada de um ângulo para a
esquerda. O desvio final será nulo e o
composto opticamente inativo por compensação
interna, ou seja, de dentro da molécula.
+∝–∝ = 0
A esse isômero inativo por compensação interna
damos o nome de meso.
Portanto, o 2,3 - butanodiol possui 4 isômeros
ópticos.
2,3 - butanodiol dextrógiro (ativo)
2,3 - butanodiol levógiro (ativo)
1 mistura racêmica
2,3 - butanodiol meso (inativo)
Observe o esquema:
Isomeria óptica sem carbono assimétrico
Existem moléculas orgânicas que são
assimétricas, sem possuírem carbonos
assimétricos. Vamos estudar os dois casos mais
comuns: os dos compostos alênicos e dos
compostos cíclicos.
Compostos alênicos (alcadienos acumulados)
O aleno é o mais simples dos alcadienos:
Seus derivados apresentarão atividade óptica
desde que:
R1≠R2 R3≠R4
Essas moléculas são assimétricas e nãosuperponíveis,
como imagens “ao espelho”.
Conseqüentemente, teremos os isômeros
dextrógiro, levógiro e o racêmico, que
podemos representar, abreviadamente, da
seguinte maneira :
Compostos cíclicos
Seja, por exemplo, o composto 1,2 - dicloro -
ciclo - propano. Lembrando que o anel do ciclopropano
é plano, teremos as seguintes
disposições:
Este é um caso interessante, no qual surgem,
simultaneamente, a isomeria óptica e a
geométrica: o isômero cis é inativo; na forma
trans, há isomeria óptica, aparecendo, então, os
isômeros dextrógiro, levógiro e o racêmico.
Anota
Aí!
Pontos de fusão e de ebulição
Nos estados sólido e líquido, as moléculas
encontram-se próximas umas das outras
apresentando ligações intermoleculares (Van der
Waals, dipolo-dipolo ou pontes de hidrogênio).
Ebulição é a passagem de uma substância do
estado líquido para o gasoso. Já a fusão é a
passagem do estado sólido para o estado líquido.
Nos dois processos, ocorre um afastamento das
moléculas que só será possível com o
rompimento das ligações intermoleculares.
Fatores que influenciam a mudança de
estado:
1. Tamanho da cadeia ou peso molecular
Quanto maior for a cadeia carbônica, maior será
a superfície de contato entre as moléculas e o
número de ligações intermoleculares. Com isso,
a energia necessária para a mudança de estado
(ruptura de ligações) será maior.
Exemplo:
2. Presença de ramificações
A presença de uma ramificação diminui o
contato entre as moléculas facilitando a ebulição
da substância.
Exemplo:
3. Polaridade
Quanto maior for a polaridade de uma
substância maior será a energia necessária para
o rompimento de suas interações. Com isso, o
ponto de ebulição aumenta.
Exemplo:
Para cadeias de mesmo tamanho
Platelmintos
Os platelmintos vermes de corpo achatado
dorsoventralmente, podem ter vida livre ou ser
parasitas. Aqueles que têm vida livre habitam
solos úmidos ou ambientes aquáticos marinhos
ou de água doce.
As tênias parasitam animais, inclusive o ser
humano, provocando a teníase.
Os esquistossomos provocam a esquistossomose.
A Fasciola hepática parasita carneiros.
Classificação
• Classe turbelária-Planária.
• Classe trematoda-Schistosoma mansoni,
Fasciola hepática.
• Classe cestoda-Taenia sp
Classe turbelária
Os Platyhelminthes de vida livre, membros da
classe Turbellaria, são provavelmente os mais
primitivos dentre todos os animais bilaterais.
Seu pequeno tamanho, baixo nível de cefalização,
condição acelomada, e a ausência de
um ânus são provavelmente características
primitivas. Além do mais, existem algumas
espécies com células epitélio-musculares e um
sistema nervoso na forma de uma rede nervosa.
Os turbelários são predadores e saprófagos. A
digestão é inicialmente extracelular e posteriormente
intracelular. As espécies pequenas
possuem um intestino simples com formato de
saco com uma faringe simples ou bulbosa. As
espécies grandes têm um intestino ramificado e
uma faringe plicada, usualmente tubular. A
reprodução pode ser feita de forma assexuada,
por bipartição longitudinal, ou sexuada por
fecundação cruzada. Todas as espécies de
planária são hermafroditas.
Planária
Classe cestoda
Classe com ausência de tubo digestório.
Teníase
A teníase pode ser causada pela Taenia solium
ou Taenia saginata.
Uma pessoa contaminada, ao defecar, elimina
no ambiente, com as fezes, ovos de tênia. Esses
ovos podem ser ingeridos por porcos ou por
gado, e chegar ao intestino. Os ovos rompemse
e liberam a oncosfera que perfura o intestino,
atinge a corrente-sangüínea e aloja-se nos
músculos, evoluindo para um cisto, o cisticerco.
O tecido muscular onde está o cisticerco forma
uma reação inflamatória granular, conhecida
popularmente como canjiquinha.
Se uma pessoa ingerir essa carne crua ou
malpassada, será contaminada. O cisticerco, ao
chegar ao duodeno, inverte-se, libera o escólex
e fixa-se no intestino delgado. Em dois meses, a
tênia começa a eliminar proglótides grávidas.
Esquema do ciclo de vida da Täenia solium
Cisticercose
A cisticercose ocorre quando o ser humano
ingere ovos de T. Solium, diretamente de água
ou de hortaliças contaminadas. Pode também
ser adquirida por reinfestsação, isto é, quando o
ser humano ingere ovos eliminados pela tênia
presente em seu intestino.
Os ovos rompem-se e evoluem para cisticercos.
Quando o cisticerco se aloja no cérebro, pode
causar dores de cabeça, convulsões e até a
morte. Nesse caso, a doença chama-se neurocisticercose.
Ambas as tênias causam teníase. A cisticercose
é mais comumente provocada pela T. Solium.
Hospedeiros
Hospedeiros são organismos nos quais os
parasitas se desenvolvem.
Eles são hospedeiros intermediários (HI)
quando o parasita neles se desenvolve até a
forma de larva e ocorre reprodução assexuada,
ou hospedeiros definitivos (HD) quando a larva
neles encontra ambiente favorável para desenvolver-
se até a fase adulta ocorrendo reprodução
sexuada.
Na teníase, porco e boi são hospedeiros
intermediários e o ser humano é o hospedeiro
definitivo. Na cisticercose, o ser humano
assume o lugar de hospedeiro intermediário.
Para prevenir teníase e cisticercose, é fundamental
educação sanitária, orientando as
pessoas para que eliminem fezes em locais
próprios, bebam água tratada, lavem bem as
hortaliças antes de come-las, não se alimentem
de carnes cruas ou malpassadas e lavem as
mãos antes das refeições.
O tratamento é feito com remédios denominados
vermífugos.
Classe Trematoda
Esquistossomose ou barriga d’água
A esquistossomose ou barriga d’água é causada
pelo Schistosoma mansoni.
Uma pessoa contaminada, ao defecar, elimina
ovos de esqsuistossomo. Esses ovos são carregados
para lagoas de águas calmas ou paradas.
Nessas águas, transformam-se em larvas ciliadas,
os miracídios, que permanecem na água até
penetrarem em caramujos dos gêneros
Biomphalaria ou Australorbis.
No caramujo, os miracídios fazem reprodução
assexuada, formando larvas ciliadas, as
cercarias. Quando o caramujo morre, as
cercarias são liberadas na água.
Lagoas de coceira e ascite
As lagoas que contêm cercárias são conhecidas
como lagoas de coceira, pois ao penetrar na
pele, as larvas causam reação alérgica com
intensa coceira.
Na esquistossomose há aumento do fígado e do
baço obstruindo, parcialmente, a passagem do
sangue. Essa obstrução aumenta a pressão no
interior das veias e faz o sangue procurar um
trajeto alternativo. O resultado é um grande
aumento das veias superficiais e o
extravasamento de plasma para dentro do
abdome. Daí o nome ascite ou barriga d’água.
Biologia
Professor JONAS Zaranza
Texto para as próximas 2 questões.
(Enem 98) Em uma aula de Biologia, o
seguinte texto é apresentado:
Lagoa azul está doente
Os vereadores da pequena cidade de
Lagoa Azul estavam discutindo a situação
da Saúde no Município. A situação era
mais grave com relação a três doenças:
Doença de Chagas, Esquistossomose e
Ascaridíase (lombriga). Na tentativa de
prevenir novos casos, foram apresentadas
várias propostas:
Proposta 1: Promover uma campanha
de vacinação.
Proposta 2: Promover uma campanha
de educação da população com relação
a noções básicas de higiene, incluindo
fervura de água.
Proposta 3: Construir rede de saneamento
básico.
Proposta 4: Melhorar as condições de
edificação das moradias e estimular o
uso de telas nas portas e janelas e
mosquiteiros de filó.
Proposta 5: Realizar campanha de
esclarecimento sobre os perigos de
banhos nas lagoas.
Proposta 6: Aconselhar o uso controlado
de inseticidas.
Proposta 7: Drenar e aterrar as lagoas
do município.
01. Em relação à Esquistossomose, a
situação é complexa, pois o ciclo de
vida do verme que causa a doença tem
vários estágios, incluindo a existência
de um hospedeiro intermediário, um
caramujo aquático que é contaminado
pelas fezes das pessoas doentes.
Analisando as medidas propostas, o
combate à doença terá sucesso se
forem implementadas:
a) 1 e 6, pois envolvem a eliminação do
agente causador da doença e de seu
hospedeiro intermediário.
b) 1 e 4, pois além de eliminarem o agente
causador da doença, também previnem o
contato do transmissor com as pessoas
sãs.
c) 4 e 6, pois envolvem o extermínio do
transmissor da doença.
d) 1, 4 e 6, pois atingirão todas as fases do
ciclo de vida do agente causador da
doença, incluindo o seu hospedeiro
intermediário.
e) 3 e 5, pois prevenirão a contaminação do
hospedeiro intermediário pelas fezes das
pessoas doentes e a contaminação de
pessoas sãs por águas contaminadas.
02. Crianças que freqüentavam um tanque
de areia do condomínio onde residiam,
apresentaram, praticamente ao mesmo
tempo, uma parasitose conhecida
popularmente como “bicho geográfico”
ou “larva migrans”, cujo agente
etiológico é o ‘Ancylostoma braziliense’.
Quais os animais a seguir relacionados
poderiam ter sido responsáveis pela
contaminação da areia?
a) Ratos e pássaros.
b) Ratos e pombos.
c) Morcegos e pombos.
d) Cachorros e gatos.
e) Papagaios e pombos.
Desafio
Biológico
6
7
Esquema do ciclo de vida do Schistosoma mansoni
Se alguém ingerir essa água contaminada ou
banhar-se nela, as cercárias irão penetrar pela
pele e se alojar em veias próximas ao fígado,
onde irão originar adultos.
Após a cópula, a fêmea coloca os ovos na
parede externa do intestino grosso. Os ovos
perfuram o intestino, atingem seu interior e são
eliminados com as fezes.
Na esquistossomose, o caramujo é o hospedeiro
intermediário e o ser humano é o hospedeiro
definitivo.
Nematelmintos
Os nematódeos têm corpo cilíndrico, alongado,
com extremidades afiladas e simetria bilateral.
Alguns são microscópicos e outros têm mais de
um metro de comprimento. O corpo é revestido
por epiderme e, externamente a ela, por uma
cutícula resistente.
São triblásticos, protostômios e pseudocelomados:
a mesoderme reveste parcialmente a
cavidade do corpo. Nessa cavidade estão os
órgãos e o líquido pseudocelômico.
Classe Nematoda
Ascaridíase
A ascaridíase é causada pelo áscaris (Ascaris
lumbricoides), nematódeo conhecido popularmente
como lombriga. Instala-se no intestino
delgado e reproduz-se. A fêmea coloca até 200
mil ovos por dia e esses são eliminados nas
fezes do hospedeiro.
No ambiente, esses ovos contaminam frutas,
verduras, legumes e a água. Ao serem ingeridos,
chegam ao intestino delgado, abrem-se e liberam
larvas que migram pela mucosa intestinal até os
vasos sangüíneos. Na corrente sangüínea,
chegam ao fígado, ao coração e, depois, aos
pulmões. Nos pulmões, provocam uma reação
alérgica, com tosse e dificuldade respiratória.
Perfuram os alvéolos, chegam aos bronquíolos,
aos brônquios e à laringe. Da laringe, passam à
faringe, são deglutidas e voltam ao intestino onde
evoluem até a fase adulta.
Vermes adultos podem ser eliminados nas fezes
ou durante acessos de tosse ou vômitos.
A ascaridíase causa fraqueza, dores de cabeça,
cólicas abdominais intensas e diarréia. Podem
ocorrer complicações como perfuração intestinal
pelo verme e o chamado bolo de áscaris, em
que dezenas de vermes impedem a passagem
das fezes.
A prevenção é a medida mais eficaz: eliminar
fezes em locais adequados, lavar bem os
alimentos, beber água tratada ou fervida e lavar
as mãos antes das refeições. O tratamento é
feito com vermífugos.
Ancilostomíase
Mais conhecida como amarelão ou opilação, a
ancilostomíase é causada pelo Ancylostoma
duodenale.
O animal fixa-se e desenvolve-se no intestino
delgado do ser humano e alimenta-se de
hemácias. O hospedeiro fica fraco e com cor
amarelada, daí o nome da doença.
Os ovos fertilizados são eliminados com as
fezes e, no ambiente, liberam larvas. As larvas
entram através da pele, chegam ao sangue e
vão aos pulmões, à faringe e, finalmente, ao
intestino.
Esquema do ciclo de vida do Ancylostoma duodeale
A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais
adequados e usar calçados. O tratamento é feito
com vermífugos.
Oxiuríase
O Enterobius vermicularis parasita o intestino grosso,
causando oxiurose ou enterobiose, inflamação
com intenso prurido na região do ânus.
Ovos de oxiúros, presentes em água e em
hortaliças contaminadas, quando ingeridos pelo
ser humano, eclodem no intestino delgado,
liberando larvas. Essas migram para o intestino
grosso e tornam-se adultas. As fêmeas fecundadas
dirigem-se para a região anal, onde colocam
ovos, que são eliminados com as fezes.
A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais
adequados e manter limpas e aparadas as
unhas. O tratamento é feito com vermífugos.
Elefantíase
A elefantíase ou filariose é uma doença causada
pela Wuchereria bancroti, que vive no interior do
mosquito Culex pipiens.
O ser humano picado pelo mosquito desenvolve
a doença. O verme adulto, em forma de linha,
parasita os vasos linfáticos, obstruindo-os. Com
isso, há intenso inchaço, e o membro ou órgão
parasitado torna-se enorme, daí o nome
elefantíase.
Medidas de prevenção: combate ao mosquito e
uso de telas e mosquiteiros em regiões onde a
doença é comum. Não existe tratamento eficaz.
Desafio
Biológico
01. (FGV) A falta de instalações sanitárias
adequadas está diretamente relacionada
com as seguintes doenças endêmicas:
a) doença de Chagas, malária, amarelão
b) esquistossomose, doença de Chagas,
malária
c) bócio endêmico, amarelão, teníase
d) esquistossomose, doença de Chagas,
malária
e) esquistossomose, teníase, amarelão
02. (Fuvest) O ‘Ancylostoma’ é um parasita
intestinal que provoca o “amarelão”,
doença que se pode adquirir:
a) por picada de um hemíptero (barbeiro).
b) comendo carne de porco mal cozida.
c) comendo carne bovina contaminada.
d) por picada de pernilongo.
e) andando descalço.
03. (Fuvest) Qual a característica comum
aos organismos: plasmódio,
tripanossomo e solitária?
a) São hematófagos.
b) São endoparasitas.
c) São decompositores.
d) Vivem no intestino humano.
e) São unicelulares.
04. (Fuvest) Boca e sistema digestivo
ausentes, cabeça com quatro ventosas
musculares e um círculo de ganchos,
cutícula permeável a água e nutrientes e
que protege contra os sucos digestivos
do hospedeiro, sistema reprodutor
completo e ovos com alta tolerância a
variações de pH.
O texto descreve adaptações das
a) lombrigas ao endoparasitismo.
b) tênias ao endoparasitismo.
c) lombrigas ao ectoparasitismo.
d) tênias ao ectoparasitismo.
e) tênias ao comensalismo.
05. (Fuvest) Uma criança foi internada em
um hospital com convulsões e
problemas neurológicos. Após vários
exames, foi diagnosticada cisticercose
cerebral. A mãe da criança iniciou,
então, um processo contra o açougue
do qual comprava carne todos os dias,
alegando que este lhe forneceu carne
contaminada com o verme causador da
cisticercose. A acusação contra o
açougue
a) não tem fundamento, pois a cisticercose é
transmitida pela ingestão de ovos de tênia
eliminados nas fezes dos hospedeiros.
b) não tem fundamento, pois a cisticercose não
é transmitida pelo consumo de carne, mas,
sim, pela picada de mosquitos vetores.
c) não tem fundamento, pois a cisticercose é
contraída quando a criança nada em
lagoas onde vivem caramujos hospedeiros
do verme.
d) tem fundamento, pois a cisticercose é
transmitida pelo consumo de carne
contaminada por larvas encistadas, os
cisticercos.
e) tem fundamento, pois a cisticercose é
transmitida pelo consumo dos ovos da
tênia, os cisticercos, que ficam alojados na
carne do animal hospedeiro.
Genética – 1.a lei de Mendel
1. Uma das experimentações de Mendel e a
Primeira Lei
Em suas experimentações, Mendel procurava
cruzar sempre plantas que pertenciam a
linhagens que ele chamava de puras. Essas
linhagens eram aquelas que produziam sempre
descendentes com características que não
variavam de uma geração para outra. A obtenção
de linhagens puras em ervilhas é facilitada, pois a
autofecundação é o processo natural de
reprodução nessa espécie.
Vamos considerar, como exemplo, apenas uma
das sete características que Mendel analisou: a
forma da semente. Com relação a essa característica,
existem duas variedades: lisa e rugosa.
Mendel cruzou plantas puras de ervilha que
produziam sementes lisas com plantas puras que
produziam sementes rugosas. Essas plantas, que
dão início à experimentação, constituem a
geração de pais, ou geração parental,
representada pela letra P. Os descendentes dessa
geração P constituem a geração F, ou primeira
geração de filhos. Os descendentes de F1
constituirão a geração F2, e assim por diante.
Mendel observou que na geração F1, desse
cruzamento, todos os indivíduos produziam
sementes lisas. A variedade rugosa não aparecia
em F2. A seguir, Mendel deixou ocorrer a
autofecundação das plantas de F1 e analisou os
descendentes (geração F2). Ele pôde constatar
que em F2 cerca de 75% das sementes eram lisas
e 25% eram rugosas, o que dá uma proporção de
3 sementes lisas para 1 rugosa (3 : 1).
2. Alguns conceitos fundamentais em
Genética
No item anterior, introduzimos alguns termos
importantes para a compreensão dos mecanismos
de transmissão das características hereditárias.
Vamos, agora, apresentar outros termos.
2.1 Fenótipo e genótipo
A palavra característica ou caráter é utilizada
em Genética para designar qualquer
particularidade de um indivíduo. A cor de uma
flor é um caráter de uma planta; o tipo de
cabelos, a cor de olhos e o grupo sanguíneo
são caracteres de uma pessoa.
Um mesmo caráter pode apresentar duas ou
mais variáveis, sendo que a variável de cada
caráter é denominada fenótipo. Assim, para o
caráter "grupo sangüíneo do sistema ABO",
pode haver quatro fenótipos: grupo A, grupo B,
grupo AB e grupo O.
O termo fenótipo pode ser aplicado tanto ao
conjunto das variáveis dos caracteres manifestados
em um organismo como à variável de cada
caráter em particular. Os caracteres nem sempre
são visíveis, como é o caso do grupo sangüíneo
a que um indivíduo pertence. Para determiná-lo, é
necessário realizar testes especiais.
O termo genótipo pode ser aplicado tanto ao
conjunto total de genes de um indivíduo como a
cada par de genes em particular.
Os filhos herdam dos pais um certo genótipo,
que tem a potencialidade de expressar um
fenótipo. Um mesmo genótipo pode expressarse
por diferentes fenótipos, dependendo de sua
interação com o meio.
2.3 Dominância e recessividade
Quando, no indivíduo diplóide, uma vez
presente o alelo, o fenótipo por ele determinado
manifesta-se, diz-se que esse alelo é
dominante. No caso de o alelo precisar estar
em dose dupla para se manifestar, pois sozinho
não se manifesta, ele é chamado de recessivo.
Alelo dominante: é aquele que determina o
mesmo fenótipo, tanto em homozigose como
em heterozigose.
Alelo recessivo: é aquele que só se expressa
quando está em homozigose.
3. Genes letais
Em 1905, logo após o redescobrimento dos
trabalhos de Mendel, o geneticista francês
Cuénot estudava a herança da cor do pêlo de
camundongos, que é determinada por um par
de alelos com relação de dominância completa.
Verificou que todos os camundongos amarelos
eram heterozigotos, que os 'agutis" (selvagens)
eram homozigotos recessivos e que não havia
camundongos amarelos homozigotos. Ao cruzar
camundongos amarelos entre si, Cuénot sempre
obtinha uma proporção fenotípica de 2 amarelos
para 1 aguti (2 : 1), não se verificando a
proporção mendeliana esperada de 3 : 1. Para
explicar esse resultado, Cuénot propôs que o
espermatozóide portador do gene dominante
(A) não fecundava o óvulo portador do gene A.
Posteriormente, outros pesquisadores
verificaram que o indivíduo AA chegava a se
formar, mas morria no útero antes de nascer.
Propôs-se, então, que o gene A em dose dupla
era letal, ou seja, provocava a morte dos
indivíduos. Assim, esse gene, apesar de
dominante para cor do pêlo, é recessivo para a
letalidade, pois apenas em homozigose
determina a morte do indivíduo.
Genes que em homozigose determinam a morte
do indivíduo são denominados letais recessivos.
Identificar no livro do Amabis 3 (genética) codominância
e colocar a imagem das flores com
cores vermelhas, brancas e rosas. E a tabela
que mostra os frangos de cores brancas, pretas
e azuis.
8
Desafio
Biológico
Biologia
Professor GUALTER Beltrão
01. (UFSM) Em vários cultivos, o que se
deseja é a produção de sementes. Para
a produção de milho, por exemplo, é
necessário que ocorra a polinização. Se
o pólen de uma planta heterozigota para
um determinado loco gênico fecundar
os óvulos de uma planta também
heterozigota para esse loco, espera-se
que a F1 seja
a) 100% heterozigota.
b) 50% dominante e 50% recessiva.
c) 50% heterozigota, 25% homozigota
dominante e 25% homozigota recessiva.
d) formada por homozigotos para o alelo
dominante.
e) formada por homozigotos recessivos.
02. (PUC–MG) Em “Mirabilis jalapa” (maravilha),
o caráter tonalidade da cor das
folhas e ramos é transmitido geneticamente
através do citoplasma dos óvulos.
Três fenótipos são observados: verde;
verde pálido; variegadas (pigmentação
irregular). A tabela abaixo apresenta o
resultado de seis possíveis cruzamentos.
De acordo com a tabela e com seus
conhecimentos, é INCORRETO afirmar:
a) A propagação vegetativa de uma planta
verde deve produzir plantas verdes.
b) Genes estão envolvidos na determinação
dos fenótipos.
c) É uma herança ligada ao sexo em
vegetais.
d) O fenótipo pode ser influenciado por
fatores ambientais.
03. (Puccamp) Em aves, existe uma
anomalia que se caracteriza pelo
encurtamento das asas. Quando aves
anômalas heterozigóticas são cruzadas,
originam uma descendência com
indivíduos anômalos e normais numa
proporção de 2 :1, respectivamente. A
partir desses dados, é possível deduzir
que o alelo que condiciona a anomalia é
a) letal em homozigose. b) letal recessivo.
c) pleiotrópico. d) hipostático.
e) epistático.
04. (UERJ) Em determinado tipo de
camundongo, a pelagem branca é
condicionada pela presença do gene
“A”, letal em homozigose. Seu alelo
recessivo “a” condiciona pelagem
preta.
Para os filhotes vivos de um cruzamento
de um casal de heterozigotos, esperamse
as seguintes proporções de camundongos
de pelagem branca e preta,
respectivamente:
a) 1/2 e 1/2 b) 1/4 e 3/4
c) 2/3 e 1/3 d) 3/4 e 1/4
9
As Árvores genealógicas
Árvores genealógicas, heredogramas, ou
pedigrees são representações de famílias por
meios de diagramas. Com elas identificam-se as
relações entre pai e filho considerando-se um ou
mais caracteres genéticos estudados. Através
delas e usando-se a genética mendeliana podese
determinar o genótipo dos indivíduos
representados. Além disso, as genealogias não
só úteis para compreender o passado, como
também permite predizer a presença de
determinada característica em gerações futuras e
estimar a probabilidade de sua ocorrência.
Alguns dos símbolos usados na construção de heredogramas.
Exercícios
01. (PUC–MG) Analise o heredograma
para um fenótipo recessivo esquematizado
a seguir e assinale a afirmativa
INCORRETA.
a) As pessoas afetadas possuem pelo
menos um dos pais obrigatoriamente
afetado.
b) Aproximadamente 1/4 das crianças de
pais não-afetados pode ser afetado.
c) O fenótipo ocorre igualmente em ambos
os sexos.
d) Se um dos pais é heterozigoto, o alelo
recessivo pode ser herdado por
descendentes fenotipicamente normais.
02. (UFRS) João e Maria estão pensando
em ter um filho. João tem um irmão
albino e uma irmã com pigmentação
normal. Seus pais não são albinos,
porém João tem uma tia paterna
albina e um primo, por parte de mãe,
com a mesma característica. Já Maria
tem um avô materno e uma irmã
albinos e um irmão com pigmentação
normal. Os pais de Maria também têm
pigmentação normal.
Que informações permitem avaliar
com maior precisão as chances de
João e Maria terem um filho albino?
a) O fenótipo da irmã de João e o genótipo
do avô de Maria.
b) O genótipo da tia de João e o genótipo
do irmão de Maria.
c) O fenótipo do irmão de João e o
fenótipo da irmã de Maria.
d) O genótipo do primo de João e o
fenótipo da mãe de Maria.
e) O fenótipo do pai de João e o genótipo
do pai de Maria.
03. (UFRS) Leandro, preocupado com a
possiblidade de vir a ser calvo,
consultou um amigo que estava
estudando genética.Contou que,
embora seus pais não fossem calvos,
sua avó materna era. Na família do avô
materno, não havia histórico de calvície.
Seu amigo explicou que a calvície é
uma característica influenciada pelo
sexo e que se expressa nos homens
em homo e heterozigose e nas
mulheres, somente em homozigose.
Assim concluiu que a chance de
Leandro vir a ser calvo era de 50%.
Essa conclusão baseia-se no fato de
a) sua mãe ser heterozigota.
b) seu avô paterno ser calvo.
c) sua avó paterna ser heterozigota.
d) seu pai ser heterozigoto.
e) sua avó materna ser heterozigota.
01. (PUC–RS) Qual dos heredogramas a
seguir ilustra uma condição
biologicamente IMPOSSÍVEL?
02. (Ufmg) Analise o heredograma.
Em relação à característica representada
no heredograma, todas as alternativas
são possíveis, EXCETO
a) A herança pode ser autossômica.
b) A herança pode ser ligada ao sexo.
c) A herança pode representar uma família
de hemofílicos.
d) I-1 e I-2 podem ser heterozigotos.
e) II-2, II-5 e III-1 podem ser homozigotos
dominantes.
03. (UFMG) As pessoas podem detectar a
substância química feniltiocarbamida –
PTC – como um gosto amargo ou,
mesmo, não sentir qualquer sabor.
Observe este heredograma para a
capacidade de sentir o gosto dessa
substância:
Com base nesse heredograma e em
outros conhecimentos sobre o assunto,
é INCORRETO afirmar que
a) o alelo para a capacidade de sentir o
gosto do PTC é dominante.
b) o loco do gene em estudo está situado
em um cromossomo autossômico.
c) o risco de III.3 nascer incapaz de sentir o
gosto do PTC é de 50%.
d) os indivíduos I.1 e II.1 são heterozigotos.
04. (Mackenzie) Em drosófilas, o caráter asa
vestigial é recessivo em relação ao
caráter asa longa. Um macho puro de
asa longa é cruzado com uma fêmea de
asa curta. Um indivíduo de F1 é
retrocruzado com a fêmea parental e se
obtém 480 larvas. Supondo que todas
sofram metamorfose, o número
esperado de indivíduos de asa curta é
de:
a) 480. b) 120. c) 180.
d) 360. e) 240.
Desafio
Biológico
Desafio
Gramatical Texto
POÉTICA
Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de
ponto expediente
[protocolo e manifestações de apreço
[ao Sr. diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai
averiguar no dicionário o
[cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os
[barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as
[sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer
[que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos
[secretário do amante exemplar com
[cem modelos de cartas e as diferentes
[maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clown de Shakespeare
– Não quero mais saber do lirismo que não
[é libertação.
Perscrutando o texto
01. No verso 1, comedido significa:
a) medido em sílabas métricas;
b) prudente, moderado;
c) afoito;
d) fraco;
e) irresponsável.
02. No verso 4, a expressão “cunho
vernáculo de um vocábulo” significa:
a) feição genuína ou correta da palavra;
b) origem da palavra;
c) significado da palavra;
d) todos os sinônimos de um termo;
e) a etimologia da palavra.
03. No verso 5, puristas significa:
a) puro de alma ou de espírito;
b) simples;
c) pessoas que defendem as criaturas puras;
d) pessoas que pregam a pureza d’alma
para uma vida melhor;
e) pessoas exageradas quanto à pureza ou
à correção da linguagem.
04. Opte pela letra em que só existem
formas corretas do verbo averiguar
(verso 4) no presente do subjuntivo.
a) averígue, averígues, averiguemos,
averigueis, averíguem
b) averígüe, averígües, averigüemos,
averigüeis, averígüem
c) averigue, averigues, averigüemos,
averigüeis, averiguem
d) averigúe, averigúes, averigüemos,
averigüeis, averigúem
e) averigúe, averigúes, averiguemos,
averigueis, averigúem
05. No verso 6, barbarismo significa:
a) barbárie;
b) condição da gente bárbara;
c) erro de pronúncia, grafia, forma
gramatical ou significação;
d) pensamento globalizado;
e) linguagem arcaica.
06. Entende-se por “lirismo raquítico”
(verso 11):
a) lirismo inexpressivo;
b) lirismo que não é brasileiro;
c) lirismo que não é romântico;
d) lirismo fora do texto poético;
e) lirismo aplicado à prosa.
07. Entende-se por “lirismo sifilítico” (verso
12):
a) lirismo contaminado pela influência
romântica;
b) lirismo defeituoso, doente;
c) lirismo contagioso;
d) lirismo que veio de geração para geração;
e) lirismo insólito.
08. Na estrofe seguinte, pode-se notar:
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clown de Shakespeare
a) aliteração;
b) eufemismo;
c) animismo;
d) anáfora;
e) hipérbato.
09. Na verso seguinte, o vocábulo pára
está graficamente acentuado:
“Estou farto do lirismo que pára e vai
averiguar no dicionário o cunho vernáculo
de um vocábulo”
a) por ser verbo;
b) por ser forma do verbo parar;
c) por ser uma palavra tônica (acento
diferencial de tonicidade);
d) por ser uma palavra de som fechado
(acento diferencial de timbre);
e) por ser terceira pessoa do singular
(acento diferencial morfológico).
10. Sobre o verso seguinte, assinale a
afirmativa incorreta.
“Estou farto do lirismo que pára e vai
averiguar no dicionário o cunho vernáculo
de um vocábulo”
a) Trata-se de um período composto por
coordenação e por subordinação, com
três orações.
b) Há, no período, exemplo de oração
subordinada adjetiva.
c) A expressão “do lirismo” é complemento
nominal.
d) O substantivo lirismo é o sujeito de pára.
e) A expressão “no dicionário” é adjunto
adverbial de lugar.
11. Julgue o que se afirma sobre o trecho
seguinte:
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer
[que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos
[secretário do amante exemplar com
[cem [modelos de cartas e as diferentes
[maneiras de agradar às mulheres, etc.
Português
Professor João BATISTA Gomes
PRÓCLISE ESPECIAL
A base para se usar próclise (pronome átono
antes do verbo) está na presença de palavras
atrativas. Casos existem, entretanto, em que a
próclise é legítima sem a dependência de palavras
com poder de atração.
1. Prep “em” + “gerúndio”
As preposições não funcionam como palavras
atrativas. Mas a seqüência “em + verbo
no gerúndio” requer próclise.
Veja construções certas e erradas:
a. Em tratando-se de Zona Franca, há
poucos políticos bem informados.
(errado)
b. Em se tratando de Zona Franca, há
poucos políticos bem informados.
(certo)
c. Em tratando-se de língua, tinha preferência
pelo inglês. (errado)
d. Em se tratando de língua, tinha preferência
pelo inglês. (certo)
2. Orações optativas
Nas orações optativas (que exprimem desejo)
ou iniciadas por palavras
exclamativas, impõe-se a próclise.
Observe que, nesse caso, os substantivos
que precedem o verbo (Deus, diabo,
ventos, olhos, raios, macacos) não são
palavras atrativas.
Veja construções certas e erradas:
a. Deus ajude-o. (errado)
b. Deus o ajude. (certo)
c. Bons ventos levem-no! (errado)
d. Bons ventos o levem! (certo)
e. Que Deus o abençoe! (certo)
f. Bons olhos o vejam! (certo)
g. Raios o partam! (certo)
h. Macacos me mordam! (certo)
i. O diabo leve-te para bem longe
(errado)
j. O diabo te leve para bem longe (certo)
3. Pronomes interrogativos
Nas orações iniciadas com pronomes interrogativos
(quem, como, por que) a próclise
é obrigatória.
Veja construções certas e erradas:
a. Quem pronuncia-se a favor? (errado)
b. Quem se pronuncia a favor? (certo)
c. Como o indiciaram sem provas?
(certo)
d. Por que imputam-me estes crimes
todos? (errado)
e. Por que me imputam estes crimes
todos? (certo)
f. Quem me dará apoio neste pleito?
(certo)
g. Quem dar-me-á apoio neste pleito?
(errado)
h. Como se atrevem a dizer isso de mim?
(certo)
10
a. ( ) O vocábulo namorador tem função
de adjunto adnominal.
b. ( ) Há erro na grafia do vocábulo
co-senos.
c. ( ) Na construção “De todo lirismo que
capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo”, o sujeito de capitula
é o substantivo lirismo.
d. ( ) A construção com o verbo agradar
agride a norma culta da língua.
e. ( ) Há, na estrofe, exemplo de gradação.
12. No verso “– Não quero mais saber do
lirismo que não é libertação”, a
partícula “que” é:
a) conjunção subordinativa integrante (sem
função sintática);
b) conjunção subordinativa integrante (com
função de sujeito);
c) pronome relativo (com função de
sujeito);
d) pronome relativo (sem função sintática);
e) pronome relativo (com função de objeto
direto).
13. Escolha a frase em que o emprego do verbo
“querer” contraria a norma culta da língua.
a) Quero antes o lirismo dos loucos.
b) Quero-a muito, mas não lhe quero para
esposa.
c) Quero-lhe muito, mamãe!
d) O casal queira muito àquele filho.
e) O casal queira muito aquele filho.
Colocação Pronominal
1. PALAVRAS ATRATIVAS
Palavras existem que, dentro da frase, têm
poder de atração sobre os pronomes
pessoais oblíquos átonos (o, a, os, as; me,
te, se, nos, vos; lhe, lhes). É o que se
chama de caso de próclise.
A seguir, vamos expor as principais palavras
atrativas de nossa língua. Além de conhecêlas,
você aproveita para reforçar o conhecimento
sobre classe de palavras.
a) ADVÉRBIOS – Acaso, agora, ainda, ali,
antes, aqui, assim, bem, cá, depois,
então, já, lá, mal, muito, não, nunca,
sempre, somente, talvez, também.
Observação – Se houver pausa depois
do advérbio, expressa obrigatoriamente
pela vírgula, o pronome átono ficará
depois do verbo (ênclise).
Veja construções certas e erradas:
1. Aqui se faz o melhor pirarucu da
cidade. (certo)
2. Aqui faz-se o melhor pirarucu da
cidade. (errado)
3. Aqui, faz-se o melhor pirarucu da
cidade. (certo)
4. Agora me diga: existe prazer maior
que remar canoa por esses rios?
(certo)
5. Agora, diga-me: existe prazer maior
que remar canoa por esses rios?
(certo)
b) PRONOMES INDEFINIDOS – Algo,
alguém, algum, certo, muito, nada,
nenhum, ninguém, pouco, qualquer,
tanto, tudo, outrem, outro.
Veja construções certas e erradas:
1. Ninguém me incentivou para o bem;
talvez por isso eu seja mau. (certo)
2. Ninguém incentivou-me para o bem;
talvez por isso eu seja mau. (errado)
c) PRONOMES RELATIVOS – Que (= qual),
qual, quem, cujo, onde, quanto.
Veja construções certas e erradas:
1. As pessoas que me cercam são de
confiança. (certo)
2. As pessoas que cercam-me são de
confiança. (errado)
d) PRONOMES INTERROGATIVOS – Que,
qual, quem, onde, como, quanto.
Veja construções certas e erradas:
1. Quem te ensinou o segredo dos rios?
(certo)
2. Quem ensinou-te o segredo dos rios?
(errado)
e) CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS –
Que, quando, porque, embora, se, caso,
como, quanto, conquanto, segundo,
consoante, conforme.
Veja construções certas e erradas:
1. Quando nos aproximamos, notamos
que o barco estava cheio de
tartarugas (certo)
2. Quando aproximamo-nos, notamos
que o barco estava cheio de
tartarugas (errado)
f) PRONOMES DEMONSTRATIVOS –
Este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele,
aquela, aquilo.
Veja construções certas e erradas:
1. No interior, as pessoas matam araras
pelo simples prazer de matá-las. Isso
me deixa intrigado. (certo)
2. No interior, as pessoas matam araras
pelo simples prazer de matá-las. Isso
me deixa intrigado. (errado)
g) CONJUNÇÕES COORDENATIVAS – Têm
poder de atração apenas as seguintes:
ou, já, ora, quer (coordenativas alternativas),
porque (coordenativa explicativa).
Veja construções certas e erradas:
1. Ou se corrige o erro, ou se fica
calado. Algo tem que ser feito. (certo)
2. Ou corrige-se o erro, ou fica-se
calado. Algo tem que ser feito. (errado)
3. Quer se case, quer não se case, ela
terá que deixar a casa dos pais. (certo)
4. Quer case-se, quer não se case, ela
terá que deixar a casa dos pais.
(errado)
01. Os itens seguintes exibem trechos
modificados do livro Capítães da Areia,
de Jorge Amado. Escolha o item em
que a colocação pronominal não condiz
com a norma culta da língua.
a) A Entre os Capitães da Areia, quando
se é amigo, serve-se ao amigo.
b) A chuva curvava-os sob o grande
guarda-chuva branco da mãe-de-santo.
c) Quando a deixaram, rodeada das suas
filhas-de-santo, que lhe beijavam a mão,
Pedro Bala prometeu-lhe recuperar Ogum.
d) A maior parte dos meninos amontovamse
nos cantos onde ainda havia telhado.
e) O homem não gostou do desenho, se
deixou possuir de uma grande raiva,
levantou-se da cadeira e deu dois pontapés
no Professor.
02. (FGV) Assinale a alternativa em que o
pronome oblíquo átono NÃO está
devidamente colocado:
a) Nada disse-me meu chefe.
b) Meu chefe não me disse nada.
c) Nunca me deixe falando sozinha.
d) Jamais me deixe falando sozinha.
e) Quem me disse tudo isso foi a secretária
do chefe.
03. (FGV) “Nunca lhe prometi nada.” O
pronome pessoal oblíquo está em
a) ênclise, por força do modo verbal;
b) ênclise, por força do tempo verbal
c) próclise, por força da conjunção
subordinativa;
d) próclise, por força do advérbio;
e) próclise, por força da frase negativa.
04. (FGV) “Eu ...... visitei, depois ......
convidei para uma entrevista, mas não
...... vi mais.”
A alternativa que completa
corretamen-te as lacunas é
a) lhe, o, lhe b) lhe, lhe, lhe c)o, o, o
d) o, o, lhe e) o, lhe, o
05. Escolha a alternativa sem erro gramatical.
a) Acredita em mim: fazer-te-ei muito feliz.
b) Cristina, dizer-te-ei toda a verdade: eu
te traí duas vezes.
c) Se me fosse possível, trazer-te-ia para
bem perto de mim.
d) Dize-me a verdade: tu te importas com
o meu bem-estar?
e) Por que me desprezas? Só por que sou
apaixonado por ti?
Desafio
Gramatical
RESPOSTA APROVAR 31
EXERCÍCIO (p. 3)
01.CH3

a) H3C –– O –– C –– CH3;

CH3 CH3

b) H3C –– O –– CH2 –– CH

CH3
02. A; 03.
a) H2C = CH –– CH3 (1-Propeno);
CH3

b) H3C –– C –– CH3 (2-Metil-2-
propanal)
OH
04. E; 05. B; 06. A; 07. B; 08. C;
09. E; 10. E; 11. A;
DESAFIO QUÍMICO (p. 3)
01.C;
02. a) cadeia; b) não existe;
c) tautomeria, d) posição;
e) não existe; f) não existe;
g) compensação; h) função;
03.D; 04. B; 05. D;
DESAFIO QUÍMICO (p. 4)
01.
a) [H4] = 10-2 mol/L
[A-] = 10-2 mol/L
[HÁ] = 0,04 mol/L
[OH-] = 10-12 mol/L
b) 2,5 x 10-3
02.a) NaOH + CH3COOH
CH3COONa + H2O
b) 2%
03.a) 5,1 x 10-15
[H+] laranja
b) ––––––––––––– =10
[H+] maçã
04. D; 05. C (10.000);
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5)
01.A; 02. A; 03. D; 04. D; 05. D;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)
01.B; 02. B; 03. C;
EXERCÍCIO (p. 7)
01.B;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 7)
01.D; 02. A; 03. B; 04. D;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 8)
01.C; 02. B; 03. E; 04. B; 05. B;
06. A;
EXERCÍCIO (p. 9)
01.D; 02. B; 03. A;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 9)
01.A; 02. C; 03. B; 04. B; 05. D;
PERSCRUTANDO O TEXTO (p.10)
01.D; 02. E; 03. D; 04. E; 05. E;
06. C; 07. D; 08. E
EXERCÍCIO (p. 11)
01.F, F, V, V e V; 02. F, V, F, V e F;
03. C;
EXERCÍCIO (p. 11)
01.F, F, F, V e V; 02. B; 03. B;
DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)
01.E; 02. D; 03. C; 04. E; 05. E;
Governador
Eduardo Braga
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitora
Marilene Corrêa da Silva Freitas
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias Rocha
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30); sábados: reprise às 23h Postos de distribuição:
• Amazon Sat (21h30 às 22h)
• RBN (13h às 13h30) reprise: 5h30 e 7h (satélite) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(8h às 9h e reprise de 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.°
• Rádio Panorama de Itacoatiara (11h às 11h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (8h às 8h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(10h às 10h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e reprise de 12h às 12h30)
• Centros e Núcleos da UEA (12h às 12h30)
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar – Reitoria da UEA – Av. Djalma Batista,
3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM

QUIM.. BIOL.. PORT...

Produção de borracha
no Amazonas atingiu o
ápice entre 1905 e
1912
Gases superaquecidos em câmaras
de combustão produzem empuxo
para o deslocamento dos
foguetes espaciais
• Química – Isomeria
pg. 02
• Química – Estudo dos gases
pg. 04
• Biologia – Protozoários
pg. 06
• Biologia – Fotossíntese
pg. 08
• Português – Perscrutando o texto
pg. 10
2
Mais um passo foi dado na última semana de
maio para viabilização da Rede Metropolitana
de Ensino e Pesquisa do Amazonas, com o
curso para configuração dos equipamentos
da rede, que interligará 36 pontos através de
fibra ótica. A rede metropolitana é o núcleo
embrionário da Rede Estadual de Pesquisa e
Ensino do Amazonas (Repam), um programa
executado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia,
apoiado pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia e por um consórcio de instituições.
Os testes iniciais foram feitos durante o mês
de junho, uma vez que a SECT, através da
Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Amazonas), já havia adquirido
os computadores e os roteadores. O
lançamento da fibra ótica interligando as
instituições já foi realizado. Fazem parte da
rede metropolitana as seguintes instituições:
Universidade do Estado do Amazonas
(Escola Superior de Tecnologia), Ufam, Inpa,
Fapeam, Sipam/Censipam, Cefet, Prefeitura
de Manaus, Manaus Energia, Embrapa,
CPRM, CBA, CT-PIM, Hemoam, Prodam,
Fiocruz, Embrapa, Cetam e Suframa.
A rede vai interligar as principais instituições
de ensino, pesquisa e desenvolvimento e
órgãos governamentais associados através
de uma moderna rede de computadores de
alta velocidade, proporcionando o uso de
aplicações com banda larga como:
educação a distância, vídeo-conferência,
telemedicina, TV digital e transmissão de
link de dados. Serão 36 pontos de rede e
quatro pontos de concentração: UEA, Ufam,
Prodam e Prefeitura de Manaus.
Para a gerente de rede da UEA, Cláudia
Suzane, o projeto é fundamental, pois
possibilita às unidades o compartilhamento
de informações de forma mais rápida. O
Aprovar é um exemplo de projeto que
funciona na modalidade de ensino a
distância ou teleensino, veiculando aulas
pela tevê, rádio e internet. Ainda nessa
modalidade de educação a distância, a UEA
criou um sistema concebido especialmente
para alcançar a população do interior do
Estado. Trata-se do Sistema Presencial
Mediado, que consiste na transmissão de
das aulas em tempo real, via satélite, por
professores titulares, acompanhadas nas
salas de aula distribuídas em todas as
sedes municipais por alunos, sob a
orientação de professores assistentes.
Funcionam por este sistema o Proformar,
projeto de capacitação de professores da
rede pública, e os cursos de Licenciatura
em Matemática, Ciência Política (concluído
no primeiro semestre de 2007) e Tecnologia
em Análise e Processamento de Sistemas.
Rede Metropolitana
de Ensino e Pesquisa
começa a ser testada Isomeria
Definição
Isômeros são compostos que possuem fórmulas
moleculares iguais, mas propriedades químicas
diferentes, devido às fórmulas estruturais
diferentes.
O fenômeno da isomeria, na Química, é
semelhante ao fenômeno da existência de
palavras diferentes pela permutação de letras,
como por exemplo: AMOR e ROMA (mesmas
letras, “iguais” fórmulas moleculares; diferentes
arrumações, “diferentes” fórmulas estruturais).
A isomeria divide-se em isomeria plana e
isomeria espacial.
ISOMERIA PLANA
Os isômeros apresentam mesma fórmula
molecular, mas diferentes fórmulas planas.
Dividem-se em:
1. Isomeria de Cadeia
Os isômeros têm cadeias carbônicas diferentes.
Exemplos:
a) Cadeia aberta X cadeia fechada:
H3C –– CH == CH –– CH3
BUTENO -2 CICLOBUTANO
b) Cadeia normal X cadeia ramificada:
H3C –– CH2 –– CH2 –– CH3 CH3 –– CH –– CH3

CH3
BUTANO METIL PROPANO
c) Cadeia homogênea X cadeia heterogênea:
CH3 –– CH2 –– NH2 CH3 –– NH –– CH3
ETILAMINA DIMETILAMINA
2. Isomeria de Posição
Os isômeros têm a mesma cadeia carbônica,
mas diferem pela posição de radicais, ligações
duplas ou triplas.
Exemplos:
a) Diferente posição do radical:
CH3 –– CH –– CH2 –– CH2 –– CH3

CH3
2 - METIL PENTANO
CH3 –– CH2 –– CH –– CH2 –– CH3

CH3
3 - METIL PENTANO
b) Diferente posição de um grupo funcional:
OH OH

CH3 –– CH2 –– CH2 CH3 –– CH –– CH3
1 – PROPANOL 2 – PROPANOL
c) Diferente posição de uma insaturação:
H2C == CH –– CH2 –– CH3
1 - BUTENO
CH3 –– CH == CH –– CH3
2 – BUTENO
Neste caso, é importante ter bastante atenção
no exemplo. Observe:
HO –– CH2 –– CH2 –– CH3
OH

CH2 –– CH2 –– CH3
CH2 –– CH2 –– CH3

OH
Não ocorre isomeria de posição, uma vez que
as três valências do carbono são equivalentes
entre si.
3. Isomeria de Compensação (ou Metameria)
Os isômeros diferem pela posição de um
heteroátomo na cadeia carbônica.
Exemplos:
a) CH3 –– O –– CH2 –– CH2 –– CH3
METOXI-PROPANO
e CH3 –– CH2 –– O –– CH2 –– CH3
ETOXI-ETANO
b) CH3 –– NH –– CH2 –– CH2 –– CH3
METIL-PROPILAMINA
e CH3 –– CH2 –– NH –– CH2 –– CH3
DIETILAMINA
O O
c) H –– C e CH3 –– C
N –– CH2 –– CH3 O –– CH3
METANOATO DE ETILA ETANOATO DE METILA
4. Isomeria de Função
Os isômeros pertencem a funções químicas
diferentes. Os casos mais comuns são:
Álcoois e éteres
Exemplo:
CH3 –– CH2 –– OH e CH3 –– O –– CH3
ETANOL METOXI-METANO
(ÁLCOOL) (ÉTER)
ÁLCOOL ÉTER FENOL
5.1 Aldeído e cetona
Exemplo:
O
O
CH3 –– CH2 –– C e CH3 –– C –– CH3
H
PROPANAL PROPANONA
(ALDEÍDO) (CETONA)
Ácidos carboxílicos e ésteres
Exemplo:
O O
CH3 –– CH2 –– C e CH3 –– C
OH O –– CH3
PROPANÓICO ETANOATO DE METILA
(ÁCIDO CARBOXÍLICO) (ÉSTER)
5. Tautomeria
Os dois isômeros ficam em equilíbrio químico
dinâmico.
Os casos mais comuns de tautomeria são:
Aldeído e enol
Consideremos, como primeiro exemplo, o caso
do etanal ou aldeído acético (CH3 – CHO):
ENOL ALDEÍDO
TAUTÔMEROS
Espontaneamente, um hidrogênio do primeiro
carbono do enol (en = dupla ligação; ol =
álcool) “desloca-se” para o carbono (dizemos
que o oxigênio sofreu uma “transposição”);
simultaneamente, a dupla ligação que estava
entre o primeiro e o segundo carbono “deslocase”,
ficando agora entre o primeiro carbono e o
oxigênio (dizemos que o composto todo sofreu
um “rearranjo molecular”). No entanto a reação é
Química
Professor MARCELO Monteiro
3
Desafio
Químico
01. A união dos radicais metil e n-propil dá
origem ao:
a) butano; b) metil propano; c) pentano;
d) dimetil propano; e) metil butano.
02. Complete o quadro abaixo:
03. "O tuoluol e a naftalina são X
aromáticos, enquanto o propeno e o 2-
butino são hidrocarbonetos acíclicos Y
de cadeia normal".
Completa-se corretamente o texto
acima substituindo-se X e Y,
respectivamente, por:
a) álcoois – saturados
b) álcoois – insaturados
c) ácidos carboxílicos – insaturados
d) hidrocarbonetos – insaturados
e) hidrocarbonetos – saturados
04. O nome do composto abaixo é:
O

CH3 – C – CH2 – CH2 – CH2 – CH3
a) 2-hexanal
b) 2-hexanona
c) 4-pentanóico
d) acetona
e) 2-hexol
05. Observe as fórmulas abaixo:
C8H16 C6H16 C4H10O
(I) (II) (III)
Assinale a única alternativa que as
correlaciona corretamente com funções
orgânicas que podem ser por elas
representadas:
a) I, alcano; II, alceno; III, álcool
b) I, alcano; II, Alcino; III, álcool
c) I, alceno; II, Alcino; III, éter
d) I, alceno; II, composto aromático; III, éter
e) I, Alcino; II, composto aromático; III,
aldeído
reversível, isto é, o aldeído volta a transformar-se
no enol inicial. Ora, sabemos que toda reação
reversível tende para um equilíbrio dinâmico; é
o que acontece com o paraldeído-enol mostrado
antes, surgindo, então, o chamado equilíbrio
aldo-enólico. Medidas feitas em laboratório
mostram que, nesse equilíbrio, a maior
porcentagem é sempre de aldeído, pois ele é o
composto mais estável.
5.2 Cetona e enol
Como segundo exemplo, citamos o caso de
equilíbrio entre uma cetona e um enol, que, na
verdade, é totalmente idêntico ao caso anterior:
ENOL CETONA
TAUTÔMEROS
Exercícios
01. (UEA) Um aditivo usado no álcool para
veículos automotivos é o MTE, sigla do
metil-térciobutil-éter ou metóximetilpropano-
2.
a) Escreva a fórmula estrutural desse
éter.
b) Escreva a fórmula estrutural de um
álcool isômero desse éter.
02. (UEA) O timol (A), o carvacrol (B) e o
metanol (C) são produtos naturais
empregados em dentifrícios, devido à
sua ação antisséptica e sabor
agradável.
Assinale a opção que indica corretamente
a relação entre esses
compostos:
a) A e B são isômeros de posição.
b) B e C são isômeros de cadeia.
c) A, B e C possuem ligação pi e são
aromáticos.
d) Os compostos C e A são fenóis.
e) A e C são isômeros de função.
03. (UEA) O ciclopropano e o éter etílico
(etóxi etano) foram muito utilizados, no
passado, como anestésicos de
inalação.
a) Escreva a fórmula estrutural e o
nome do isômero de cadeia do
ciclopropano.
b) Escreva a fórmula estrutural e o
nome do álcool terciário que é
isômero do éter etílico.
04. (UEA) Dados os compostos:
I. CH3 –– CH = CH –– CH3
II. CH2 = CH –– CH2 –– CH3
III. CH3CH –– (CH3) –– CH3
IV. CH3 –– CH2 –– CH2 –– CH3
Podemos afirmar que:
a) I e II são isômeros geométricos;
b) I e III são isômeros de posição;
c) I e IV são isômeros funcionais;
d) III e IV são isômeros de posição;
e) III e IV são isômeros de cadeia.
05. A etilamina e a dimetilamina são pares
isômeros de:
a) função;
b) cadeia;
c) compensação;
d) posição;
e) não são isômeros.
06. Pode-se encontrar pares de isômeros
funcionais nos:
a) Álcoois e éteres.
b) Álcoois e hidrocarbonetos.
c) Hidrocarbonetos e cetonas.
d) Éteres e aminas.
e) n.d.a.
07. Aldeído e enol formam equilíbrio tipo:
a) Ceto-enólico.
b) Aldo-enólico.
c) Iônico.
d) Aldo-cetólico.
e) n.d.a.
08. Na estrutura molecular:
CH3

HO –– C* –– H

..C2H5
O átomo de carbono assinalado é dito:
a) radioativo;
b) metálico;
c) assimétrico;
d) terciário;
e) grafítico.
09. A propanona é um solvente conhecido
comercialmente como acetona e cuja
venda vem sendo proibida por ser
usada na purificação de drogas como
a cocaína. A acetona é um isômero
funcional de:
a) butanona;
b) propanol;
c) butano;
d) butanal;
e) propanal.
10. As substâncias de fórmula CH3–CH2 –
CH2–OH e CH3–O–CH2–CH3 têm
diferentes:
a) fórmulas moleculares;
b) fórmulas mínimas;
c) composições centesimais;
d) massas molares;
e) cadeias carbônicas.
11. Considere as afirmações:
I. Propanal é um isômero de propana.
II. Etil-metil-éter é um isômero do
2–propanol.
III. 1-Propilamina é um isômero da
trimetilamina.
Estão corretas:
a) Todas
b) Apenas I, II e III;
c) Apenas I e II;
d) Apenas II e IV;
e) Apenas III e IV.
4
01. (FUVEST) Quando 0,050 mol de um
ácido HA foi dissolvido em quantidade
de água suficiente para obter 1,00 litro
de solução, constatou-se que o pH
resultante foi igual a 2,00.
a) Qual a concentração total de íons na
solução?
b) Qual o valor da constante Ka do
ácido HA?
02. (UERJ) Em alguns laboratórios, dentre
os materiais de primeiros socorros está
o vinagre, que corresponde a uma
solução aquosa que contém etanóico
em concentração aproximadamente
igual a 0,05mol . –1 e apresenta pH =
3. Se uma solução aquosa de soda
cáustica (solução de hidróxido de
sódio) entrar em contato com a pele de
um laboratorista, ela pode ser
neutralizada lavando-se a região
atingida com vinagre.
a) Escreva a equação química que
corresponde à neutralização da soda
cáustica pelo vinagre.
b) O etanóico, ao ser dissolvido em
água, sofre ionização. Calcule o
rendimento percentual da ionização
(grau de ionização) do etanóico
considerando sua concentração no
vinagre e o pH desta solução
(vinagre).
03. (UERJ) O ácido cítrico (H3C6H5O7) é
triprótico e pode ser encontrado nas
frutas cítricas, como por exemplo, a
laranja e a maça.
As constantes de ionização do referido
ácido são:
K1 = 7,5 x 10–4; K2 = 1,7 x 10–5;
K3 = 4,0 x 10–7
a) Calcule o valor de K para reação
H3C6H5O7(aq) 3H+
(aq)+
C6H5O3–
7(aq)
b) Considere os sucos de laranja (pH =
3,0) e de maça (pH = 4,0). Determine
a relação entre as respectivas
concentrações de cátions hidrogênio
nos referidos sucos.
04. (UNIRIO) O pH de uma solução de um
diácido, que se encontra 10% ionizado,
sabendo-se que 20,0ml dessa solução
são neutralizados por 40,0ml de
solução 0,5N de uma base, é,
aproximadamente:
a) 0,25 b) 0,50
c) 0,75 d) 1,00 e) 2,00
05. (UnB) – O pH de uma solução é 6. Se
reduzirmos o valor do pH da mesma
solução para 2, a concentração de íons
hidrogênio será:
a) 10.000 vezes maior que a inicial;
b) 1.000 vezes maior que a inicial;
c) 10.000 vezes menor que a inicial;
d) 4 vezes menor que a inicial;
e) 2 vezes maior que a inicial.
Desafio
Químico Estudo dos gases
Introdução
É um caso especial de equilíbrio químico em
que aparecem íons.
Observe a ionização do ácido cianídrico:
HCN H+ + CN–
Ocorrem neste fenômeno:
• “quebra” das moléculas de HCN produzindo
H+ e CN– → Ionização ou reação direta.
• reagregação dos íons H+ e CN–, refazendo a
molécula de HCN → Reação inversa.
Com isso, podemos concluir que a ionização
é um processo tipicamente reversível e que
tende a um equilíbrio iônico.
Observação: Bases fortes e sais são compostos
iônicos por suas próprias naturezas, sendo
assim, não podemos falar em reversibilidade e
equilíbrio para os mesmos.
Constante de Ionização Ki
A constante de ionização pode ser escrita,
partindo-se da reação abaixo, da seguinte
forma:
HCN H+ + CN-
[H+][CN–]
Ki = –––––––––––
[HCN]
Para ácidos, podemos simbolizar a constante de
ionização por Ka:
Ki = Ka
Assim:
HNO2 H+ + NO2

[H+][NO2
–]
Ka = –––––––––––
[HNO2]
Analogamente, para bases podemos representar
Ki por Kb:
Ki = Kb
Assim:
NH4OH NH4
+ + OH–
[NH4
+][OH–]
Kb = –––––––––––––
[NH4OH]
Importante !!!!!
1. Quanto maior o valor de Ka, maior a ionização
do ácido, portanto, maior a sua força.
2. Quanto maior o valor de Kb, maior a
dissociação da base, portanto, maior a sua
força.
3. Os valores de Ka e Kb variam somente com a
temperatura.
Grau de Ionização (α)
O grau de ionização (ou dissociação) indica a
força de um determinado ácido ou base.
Quanto maior o α, mais forte será o ácido ou
a base, e vice-versa.
A expressão que fornece o valor de α é:
α = –n–ú––m–e–r–o– –d–e– –m–o––lé–c–u–l–a–s– i–o–n–i–z–a–d–a–s––
número de moléculas iniciais
Lei da Diluição de Ostwald
“O grau de ionização de um eletrólito aumenta,
à medida que se dilui a solução.”
Considere o exemplo abaixo:
BA B+ + A–
Molaridade inicial: M
Assim:
[B+][A–] Mα.Mα M2α2 Mα2
Ki = –––––––– = ––––––––– = ––––––––– = ––––
[BA] M – Mα M(1 – α) 1 – α
Mα2
Ki = ––––––
1 – α
Esta última fórmula é a Lei de Diluição de Ostwald.
Observe ainda que para os eletrólitos muito
fracos α é muito pequeno e podemos admitir
1– α ≅ 1. A lei de Ostwald fica, então:
Ki = M α2
Ionização de poliácidos e polibases
A ionização de um poliácido ou a dissociação
de uma polibase ocorre em várias etapas, tantas
quantos forem os hidrogênios (prótons, H+) ou
os grupos hidróxidos (OH1–) a serem liberados.
Para cada etapa de ionização ou dissociação,
calcula-se um valor de Ki e de α.
Considere, por exemplo, o seguinte ácido
energético H3A, com 3 hidrogênios ionizáveis. A
ionização desse ácido ocorrerá segundo as
etapas:
Etapa 1: H3A + H2O H3O1+ + H2A1–
(K1, α1)
Etapa 2: H2A1– + H2O H3O1+ + HA2–
(K2, α2)
Etapa 3: HA2– + H2O H3O1+ + A3–
(K3, α3)
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
reação
global: H3A + 3H2O 3H3O1+ + A3–
(K, α)
A etapa 1 parte do H3A, uma molécula neutra. O
primeiro hidrogênio é liberado na forma de um
próton (H1+) para a água , com certa facilidade.
A etapa 2 parte do H2A1–, um ânion
monovalente. O segundo hidrogênio é mais
difícil de ser liberado, pois existe atração elétrica
entre o ânion e o próton (H1+) .
A etapa 3 parte do HA2–, um ânion bivalente. O
terceiro hidrogênio é muito mais difícil de ser
liberado, pois a atração elétrica entre esse ânion
e o próton (H1+) é bem mais intensa.
Desse modo, concluímos:
Ki1
>>> Ki2
>>> Ki3
e α1 >>> α2 >>> α3
Efeito do Íon Comum
É a diminuição da ionização de um ácido ou
base fraca, por influência de um sal seu.
O efeito do íon comum corresponde a uma
aplicação do Princípio de Le Chatelier aos
equilíbrios iônicos.
Seja, por exemplo, um ácido fraco, em solução
aquosa:
[H+][A–]
HA H+ + A– Ka = –––––––––
[HA]
Vamos supor que, a seguir, seja adicionado à
solução o sal BA, derivado do próprio ácido:
BA → B+ + A–
Essa dissociação é total, pois todo sal é
eletrólito forte e produz o íon A–, que é comum
ao ácido. Ora, o aumento de [A-] deslocará o
equilíbrio HA H+ + A– no sentido do HA
(Princípio de Le Chatelier), isto é, irá diminuir a
dissociação do ácido HA.
O mesmo iria acontecer a uma solução de uma
base fraca, se a ela fosse adicionado um sal da
própria base.
Equilíbrio iônico na água: pH e pOH
Produto iônico da água
Sabe-se que a água sofre auto-ionização em
escala muito pequena, ou seja, a água é um
eletrólito muito fraco. A equação que representa
a auto-ionização da água é a seguinte:
H2O H+ + OH–
Expressando Ki para essa reação, teremos:
[H+][OH–]
Ki = –––––––––––
[H2O]
Podemos então desenvolver e chegar a:
Ki . [H2O] = [H+] [OH–]
Kw = [H+] [OH–]
Química
Professor CLÓVIS Barreto
5
Sabemos também, que em condições
ambientais, determina-se experimentalmente
que:
• grau de ionização (α) é aproximadamente
igual a 1,81 x 10–19;
• valor de Kc é de aproximadamente 1,81 x
10–16 a partir desses valores, a realização dos
devidos cálculos nos leva a:
[H+] = 10–7 M
[OH–] = 10–7 M
Kw = 10–14
Vejamos agora o que acontece com os valores
[H+] e [OH–]:
1. Em água pura
Temos, evidentemente: [H+] = [OH–]
e como: Kw = [H+] . [OH–] = 10-14
[H+] = [OH–] = 10–7
2. Em soluções aquosas ácidas
Juntando-se à água um ácido, como, por
exemplo, HCl, teremos a seguinte situação:
• HCl sendo forte, se ioniza bastante:
HCl → H+ + Cl–;
• os H+ do ácido, que são muito numerosos, vão
se “confundir” com os poucos H+ da água;
• aumento da quantidade total de H+ “força” o
equilíbrio
H2O H+ + OH– ,
no sentido do H2O (efeito do íon comum, ou
seja, Princípio de Le Chatelier);
• com o deslocamento do equilíbrio “para a
esquerda”, o processo consome OH–.
Resumindo:
[H+] aumenta ⇒ [H+] > 10–7;
[OH-] diminui ⇒ [OH–] < 10–7;
o produto [H+] [OH–] mantém-se constante
(10–14).
Por exemplo:
Com um ácido fraco, o efeito é análogo, porém
menos pronunciado.
3. Em soluções aquosas básicas
Adicionando à água uma base, podemos
concluir, com idêntico raciocínio, que:
• a [OH-] aumenta ⇒ [OH–] > 10–7;
• a [H+] diminui ⇒ [H+] < 10–7;
• produto [H+] [OH–] continua constante (10-14).
Em resumo:
Potencial Hidrogêniônico (pH) e Potencial
Hidroxiliônico (pOH)
O cálculo do pH e pOH
Em função dos valores experimentais baixos de
Kw, [H+] e [OH–] na água pura, os químicos
decidiram que seria conveniente expressar a
concentração desse íons através do uso de
logarítmos.
Assim, convencionou-se que:
pH = – log [H+] ou pH = log –––1––
[H+]
1
pOH = – log [OH-] ou pOH = log ––––––
[OH–]
Observação: É importante o conhecimento dos
principais conceitos e propriedades dos
logarítmos, estudados pela Matemática, para o
aprendizado desta parte da matéria.
É importante observar que:
da expressão [H+] [OH–] = 10–14;
extraindo os logarítmos:
log [H+] + log [OH-] = –14
e trocando os sinais: –log [H+] – log [OH–] = 14
chegamos a: pH + pOH = 14
Sem dúvida, esta última expressão é mais
simples que a primeira.
Podemos também concluir que:
• em água pura: pH = pOH = 7
• em soluções ácidas:
[H+] > 10–7⇒ log [H+] > –7 ⇒ – log [H+] <– 7
⇒ pH < 7
[OH–] <> –7
⇒ pOH > 7
• em soluções básicas:
[H+] <> –7
⇒ pH > 7
[OH–] > 10–7 ⇒ log [OH–] > –7 ⇒ –log [OH–] < –7
⇒ pOH < 7
Em resumo:
Escala de pH
– – – – – – – – – – – – – – – – – – –– – – – – – – – – – – – – – – – – –
0 7 14
Ácido Neutro Básico
Indicadores Ácido-base
São substâncias orgânicas, de fórmulas
complexas e possuidoras de um caráter de
ácido fraco (ou base fraca). Se, por exemplo, o
indicador for um ácido fraco, teremos:
HIn + OH– In– + H2O
ácido base
(1.a cor) (2.a cor)
–––––– – – – – – – – – – – – – –––––
conjugados
neste equilíbrio são exigidos os seguintes
requisitos:
• indicador (ácido HIn) e sua base conjugada
(In–) devem ter duas cores bem diferentes
para que se possa perceber, com facilidade, a
mudança de cor;
• a mudança de cor deve ser rápida, isto é,
um excesso de uma base qualquer (OH–)
deve deslocar o equilíbrio facilmente “para a
direita”, produzindo a segunda cor; ao
contrário, um excesso de um ácido qualquer
(H+) deve deslocar o equilíbrio facilmente
“para a esquerda”, produzindo a primeira cor.
Dependendo do indicador escolhido, a mudança
da cor – chamada VIRAGEM DO INDICADOR –
irá ocorrer numa faixa de pH diferente.
Por outro lado, podemos usar a “viragem do
indicador” para avaliar o pH de uma solução. É
comum o uso dos chamados INDICADORES
UNIVERSAIS, que são misturas de vários indicadores,
cuja cor vai variando gradativamente e
mostrando qual é o pH da solução.
Resumindo os principais indicadores ácido-base
teremos:
INDICADOR MEIO MEIO BÁSICO
FENOLFTALEÍNA INCOLOR AVERMELHADO
PAPEL DE
TORNASSOL
VERMELHO AZUL
água pura H = 7p OH = 7
soluções ácidas pH <> 7
soluções
básicas
H > 7 pOH < 7
água pura [H+] = 10–7 [OH–] = 10-7
soluções ácidas [H
+
] > 10
–7
[OH

] < 10
–7
soluções
básicas
[H
+
] < 10
–7 [OH–] > 10–7
água pura [H+]=10–7 [OH–]=10-7 [H+] [OH–]
solução HCl
0,0001M
[H+]=10
–4
[OH-]=10
–10
[H
+
] [OH

]
solução HCl
0,1 M
[H+]=10
–1
[OH–]=10
-13 [H
+
] [OH

]
=10
–14
Desafio
Químico
01. Dadas as afirmações:
1. O grau de ionização varia com a temperatura.
2. A constante de ionização varia com a
temperatura.
3. O grau de ionização varia com a
concentração.
Está (estão) correta(s):
a) 1, 2 e 3. b) 1 e 3, somente.
c) 2 e 4, somente. d) 2, somente.
e) 4, somente.
02. (UFMG) Certa água mineral tem pH =
4,6, segundo informação no rótulo.
Todas as afirmações sobre essa água
estão corretas, exceto:
a) Contém excesso de íons positivos.
b) Contém H+ numa concentração entre 1 .
10–4 mol/L e 1 . 10–5 mol/L.
c) Contém mais íons H+ do que OH–.
d) É levemente ácida.
e) É uma solução.
03. (Fuvest–SP) Dada amostra de vinagre foi
diluída com água até se obter uma
solução de pH = 3. Nessa solução as
concentrações, em mol/L, de CH3COO–1 e
de CH3COOH são, respectivamente, da
ordem de:
(Dado: valor numérico da constante de
ionização do ácido igual a 1,8 . 10–5).
a) 3 . 10–1 e 5 . 10–10 b) 3 . 10–1 e 5 . 10–2
c) 1 . 10–3 e 2 . 10–5 d) 1 . 10–3 e 5. 10–2
e) 1 . 10–3 e 5 . 10–2
04. (Fuvest–SP) Em água líquida, o produto
iônico da água (Kw) vale:
Kw = 1,0 . 10–14– temperatura da água
25°C.
Kw = 5,3 . 10–14– temperatura da água
50°C.
Assim sendo, um litro de água a 50°C é,
em relação a um litro de água a 25°C:
a) menos condutor de corrente elétrica.
b) menos ionizado.
c) mais rico em moléculas não dissociadas.
d) mais rico em cátions e ânions.
e) mais rico em íons positivos do que em
negativos.
05. (UFMG) Alguns valores do produto
iônico da água estão no quadro.
Considerando esses dados, todas as
alternativas estão corretas, exceto:
a) A concentração de íons H+ é igual à de
íons OH– em qualquer temperatura.
b) A dissolução da água é um processo
endotérmico.
c) A elevação da temperatura aumenta o pH
da água pura.
d) O pH da água pura a 10 °C é maior do que
7.
e) O pH da água pura a 25 °C é igual a 7.
Protozoários
Pertencem ao reino protista e ao filo protozoa,
são seres unicelulares, eucariontes e heterótrofos
apresentando espécies parasitas, comensais e
mutualísticas.
Classificação
Classe dos Flagelados ou mastigóforos
Leishmania brasiliensis
A leishmaniose, úlcera de Bauru ou leishmaniose
tegumentar sul-americana, é uma doença
causada pelo flagelado Leishmania brasiliensis.
A transmissão é feita pela picada da fêmea do
mosquito-palha ou mosquito birigui, infectada
com a L. Brasliensis. No sangue, o protozoário
instala-se na pele e nas mucosas do nariz, da
orelha ou da boca e causa úlceras. A prevenção
é feita pelo combate ao transmissor.
Leishmania dunovani causa a leishmaniose visceral ou calazar
transmitido também pela picada da fêmea do mosquito palha ou
Flebotomus.
Giardia lamblia
O flagelado Giárdia lamblia instala-se no intestino
delgado do ser humano, provocando fortes
cólicas, diarréia e vômitos, doença conhecida
como giardíase.
A transmissão ocorre por meio das fezes com
cistos de G. Lamblia. Ao serem liberadas no
ambiente, podem contaminar alimentos e
águas, transmitindo a doença a outras pessoas.
Trypanosoma cruzi
A tripanosomíase ou doença de Chagas é
causada pelo flagelado Trypanosoma cruzi. O T.
Cruzi está presente em animais como tatus,
morcegos, gambás e raposas, chamados
reservatórios naturais. O barbeiro (Triatoma
infestans), inseto que vive em frestas de casas
de pau-a-pique, paióis, chiqueiros, ao picar um
desses animais, aloja o T. Cruzi no intestino.
Ao picar uma pessoa enquanto dorme, o barbeiro
elimina o protozoário com as fezes. Ao coçar o
lugar, a pessoa permite a entrada do T. Cruzi (pelo
ferimento e ele alcança o sangue. No corpo
humano, os protozoários podem parasitar o
coração, o intestino grosso e o esôfago. Como
conseqüência, esses órgãos tornam-se dilatados.
No caso do coração, a pessoa pode morrer,
repentinamente.
Representação do ciclo da doença de Chagas
Não há vacinas ou remédios eficazes contra
essa doença. A prevenção é feita com a erradicação
do barbeiro, caiação de chiqueiros, paiós,
estábulos, melhoria das condições habitacionais,
proteção de janelas e portas com telas e o uso
de mosquiteiros sobre as camas.
Tricomonas vaginalis
O parasito tem como habitat a vagina, bem
como a uretra e a próstata do homem. O
Trichomonas vaginalis não possui a forma
cística, apenas a trofozoítica, e é transmitido
durante o ato sexual e através de fômites, já que
o protozoário pode sobreviver durante horas em
uma gota de secreção vaginal ou na água. O
trofozoíto alimenta-se de açúcares em
anaerobiose e produz ácidos que irritam a
mucosa vaginal. Os sintomas aparecem entre
três e nove dias após o contato com o parasito.
A tricomoníase costuma atingir mulheres entre
16 e 35 anos de idade e se manifesta, no sexo
feminino, por: corrimento esbranquiçado
espumoso, edema, prurido, queimação,
escoriações, ulcerações e sangramento após
relações sexuais. Já nos homens, a parasitíase
geralmente é assintomática ou subclínica, o que
justifica o fato da parasitíase ser mais
diagnosticada em mulheres. A infecção por
Trichomonas pode acarretar diversas doenças
graves nas vias geniturinárias. As características
clínicas do doente podem ser sugestivas da
tricomoníase, sendo que na mulher esta
parasitíase deve ser diferenciada das vaginoses
bacteriana e fúngica. O diagnóstico laboratorial é
feito pela visualização direta de trofozoítos em
amostra de secreção vaginal, uretral e prostática.
Entretanto, o isolamento e cultivo do protozoário
é o método mais sensível para o diagnóstico da
tricomoníase.
O uso de preservativos, o cuidado com os
fômites (instrumentos ginecológicos, toalhas,
roupas íntimas) e o tratamento do doente e de
todos os seus parceiros são as formas de
prevenção da tricomoníase. Só o tratamento
medicamentoso adequado não garante a
eliminação da doença, visto que mesmo após ter
obtido a cura o paciente deve tomar os mesmos
cuidados de quem nunca foi infectado, porque
os medicamentos não impedem a reinfecção.
Tricomonas vaginalis
Biologia
Professor JONAS Zaranza
01. No século XXI, observa-se um crescimento
da malária na região amazônica
como um todo, com concentração dos
casos na Amazônia ocidental. O exemplo
mais alardante é o do estado do Acre,
com aumento de 153% de 2003 para
2004, e de 63% de 2004 para 2005.
(Scientific American Brasil, março de
2006)
A malária é uma doença típica de regiões
tropicais e pode ser evitada com diversas
providências. Entre elas é correto citar:
a) construção de casas de alvenaria e
telhado de telhas de barro plásticas;
b) aplicação de telas nas portas e janelas;
c) construção de rede de esgoto ou fossa
séptica;
d) fornecimento de água tratada à população;
e) combate ao inseto barbeiro transmissor.
02. (FGV) Devido ao surgimento, em vários
Estados brasileiros, de surtos de doenças
relacionadas ao acúmulo de água em
pneus abandonados, depósitos de ferro
velho e quintais, têm sido utilizada a televisão
e vários outros meios de comunicação
para alertar a população sobre os
riscos dos objetos, vasos e plantas que
possam servir de depósito de água,
considerando ser esta condição propícia
ao aparecimento de várias doenças.
Indique a alternativa correta:
a) Pneumonia, dengue, esquistossomose.
b) Febre amarela, dengue e malária.
c) Dengue, amebíase e esquistossomose.
d) Febre amarela, giardíase e doença de
Chagas.
e) Febre amarela, giardíase e
cryptosporidiose.
03. (Fuvest) O protozoário parasita cujo
ciclo de vida está esquematizado a
seguir é
a) o plasmódio, transmitido por um
mosquito.
b) a leishmânia, transmitida por um
mosquito.
c) o tripanossomo, transmitido pelo barbeiro.
d) o esquistossomo, transmitido pelo
barbeiro.
e) a filária, transmitida por um mosquito.
Desafio
Biológico
6
7
Classe sarconidea ou rizópodes
Entamoeba histolytica
A Entamoeba histolytica é um tipo de ameba
parasita e causa a amebíase ou disenteria
amebiana.
A doença ocorre pela ingestão de água ou
alimentos contaminados com cistos da
Entamoeba histolytica. No intestino, os cistos se
rompem e liberam o protozoário, que se
multiplica e passa a parasitar as células e os
vasos intestinais, englobando hemácias,
causando cólicas e diarréia sanguinolenta. A
perda de sangue provoca anemia e fraqueza.
A prevenção é feita lavando bem os alimentos e
as mãos antes das refeições, ingerindo água
tratada ou fervida e defecando em locais
próprios.
Classe dos Esporozoários
A malária ou maleita é provocada por esporozoários
do gênero Plasmodium e transmitida pela
fêmea do mosquito do gênero Anopheles,
conhecido como mosquito prego. Ao sugar o
sangue de uma pessoa, o mosquito injeta a
saliva e, com ela, os protozoários, na forma de
esporozoítos. No fígado, os esporozoítos
adquirem uma uma forma arredondada, os
trofozoítos. Daí migram, novamente, para o
sangue e penetram nas hemácias, onde se
reproduzem por divisão múltipla, dando origem
aos merozoítos. As hempacias rompem-se,
liberando os merozoítos e substâncias tóxicas. O
rompimento das hemácias é acompanhado de
mal-estar e febre alta.
No interior das hemácias, alguns merozoítos
formam gametócitos masculinos ou femininos.
Ao picar uma pessoa doente, o mosquito ingere
esses gametócitos, que, no estômago,
transformam-se em gametas masculinos e
femininos. A união deles formará o zigoto, que se
desenvolve na parede do estômago do mosquito
e origina o oocisto. Dentro do oocisto, por
divisão múltipla, formam-se esporozoítos, que
migram para as glândulas salivares do inseto.
O intervalo entre as febres identifica a espécie
do protozoário. Existem três tipos:
Plasmodium vivax: malária terçã benigna com
febre a cada dois dias.
Plasmodium malariae: malária quartã benigna
com febre a cada três dias.
Plasmodium falciparum: malária terçã maligna
com febre a cada um ou dois dias.
O tratamento é à base de quinino, que destrói
os protozoários que estão no sangue, mas não
aqueles que estão no fígado. Desse modo, a
pessoa pode voltar a ter a doença.
A prevenção em áreas atingidas é feita com o
uso de quinino; combate ao mosquito,
destruindo criadouros como lagoas e poças
d’água; proteção das casas com telas e uso de
mosquiteiros sobre as camas.
Classe dos Ciliados
São um dos mais importantes grupos de
protozoários, com cerca de 7000 espécies
conhecidas e representantes em praticamente
todos os ecossistemas aquáticos, marinhos e de
água doce e no solo. Várias são parasitas ou
comensais de vários invertebrados e outras
ainda vivem no tubo digestivo dos mamíferos
herbívoros, aos quais ajudam a estabilizar as
enormes populações de bactérias simbióticas
que digerem a celulose de que eles se
alimentam, podendo considerar-se igualmente
seus simbiontes. Conhece-se apenas uma
espécie que é parasita do homem, o Balantidium
coli, o agente da balantidíase ou disenteria
balantídica. A maioria dos ciliados alimenta-se
por fagocitose, embora haja alguns que se
alimentam por absorção de nutrientes através da
membrana celular. Os que realizam a fagocitose
possuem normalmente um poro na sua
membrana por onde entram as partículas de
alimento – o citostoma ou “boca celular” – com
a ajuda de cílios modificados. Em algumas
formas, como a paramécia, a “boca” encontrase
no fundo de um sulco oral. As partículas de
alimento passam da boca para vacúolos
digestivos que migram dentro da célula,
digerindo e passando o alimento para o
citoplasma, até que descarregam a parte não
absorvida num outro poro da célula chamado o
citoprocto ou “ânus celular”. reprodução, quer
por fissão binária, quer por conjugação, mas
também são responsáveis pela formação e
regeneração do macronúcleo.
Exercício
01. (UEA)“Laudo do Instituto Evandro
Chagas do Pará confirma que 29
pessoas se contaminaram com a
doença de Chagas no Amapá depois
de comerem açai. A transmissão
tradicional é pela picada do inseto
barbeiro, mas a exemplo do que
ocorreu em Santa Catarina – onde seis
pessoas morreram da doença após
tomarem caldo de cana contaminado –
também no Amapá se deu pela
ingestão de alimento. Desde 2004
houve um aumento no número de
casos no Amapá de 1450%. Em 2004
apenas dois casos foram confirmados
no estado.”
(O Globo, 31 de março de 2005)
A doença de Chagas é causada pelo
protozoário Trypanosoma cruzi.
Sobre a transmissão tradicional referida
na noticia acima, é correto afirmar que:
a) o barbeiro injeta os tripanossomos na
corrente sanguínea durante a picada;
b) os tripanossomos presentes nas fezes
do barbeiro penetram ativamente pelo
ferimento causado pela picada;
c) a saliva dos barbeiros, rica em
tripanossomos, espalha-se sobre a pele,
por onde os parasitas penetram;
d) os tripanossomosinjetados na corrente
sanguínea durante a picada alojam-se
no coração;
e) além dos barbeiros, outros mosquitos
podem transmitir tripanossomos.
Desafio
Biológico
01. (Fuvest) Que doenças poderiam ser
evitadas com a eliminação de reservatórios
de água parada onde se reproduzem
insetos vetores?
a) Cólera, dengue o esquistossomose.
b) Cólera, dengue e malária.
c) Cólera, esquistossomose e febre amarela.
d) Dengue, febre amarela e malária.
e) Esquistossomose, febre amarela a malária.
02. (FGV) Nos países em desenvolvimento,
devido às precárias condições de saneamento
e à má qualidade das águas para
consumo humano, as doenças de
veiculação hídrica têm sido responsáveis
por vários surtos epidêmicos e pelas
elevadas taxas de mortalidade infantil por
infecções intestinais. Segundo a Organização
Mundial da Saúde, órgão da
Organização das Nações Unidas – ONU –
ocorreram, na América Latina e Caribe,
seis milhões de mortes por infecções
intestinais, no período de 1965 a 1990.
Indique a alternativa que apresenta
maior número de doenças diarréicas
veiculadas por água contaminada.
a) Febre tifóide, shigelose, cólera e giardíase.
b) Sarampo, tuberculose, cólera e giardíase.
c) Sarampo, filariose, pneumonia e salmonelose.
d) Meningite, hepatite B, malária e caxumba.
e) Febre tifóide, amebíase, hepatite B e
meningite.
03. (Fuvest) Qual a característica comum
aos organismos: plasmódio, tripanossomo
e solitária?
a) São hematófagos.
b) São endoparasitas.
c) São decompositores.
d) Vivem no intestino humano.
e) São unicelulares.
04. (Fuvest) Uma pessoa pretende processar
um hospital com o argumento de que a
doença de Chagas, da qual é portadora,
foi ali adquirida em uma transfusão de
sangue. A acusação
a) não procede, pois a doença de Chagas é
causada por um verme platelminto que se
adquire em lagoas.
b) não procede, pois a doença de Chagas é
causada por um protozoário transmitido
pela picada de mosquitos.
c) não procede, pois a doença de Chagas
resulta de uma malformação cardíaca
congênita.
d) procede, pois a doença de Chagas é
causada por um protozoário que vive no
sangue.
e) procede, pois a doença de Chagas é
causada por um vírus transmitido por
contato sexual ou por transfusão
sangüínea.
Fotossíntese
As unidades morfológicas do sistema endócrino
são as glândulas endócrinas. Elas produzem
A fotossíntese é o principal processo autotrófico
e é realizada pelos seres clorofilados. Nos
eucariontes a organela responsável por essa
função é o cloroplasto. Os pigmentos fotossintéticos,
representados principalmente pela
clorofila, ficam imersos na membrana dos
tilacóides, formando os chamados complexosantena.
Estes são responsáveis por captar a
energia luminosa.
A equação geral da fotossíntese é:
Energia
luminosa
6 CO2 + 6H2O C6H12O6 + 6 O2
Clorofila
Essa equação mostra que, na presença de luz e
clorofila, o gás carbônico e a água são
convertidos numa hexose, a glicose, havendo
liberação de oxigênio. Este último fato é de
grande importância para a vida em nosso
Planeta, pois por meio da atividade
fotossintética são mantidas condições
adequadas de O2 para a sobrevivência dos
seres vivos.
A análise dessa equação pode nos dar a
impressão de que o oxigênio liberado na
fotossíntese provém do gás carbônico (CO2).
Durante muito tempo, acreditou-se que tal fato
fosse verdadeiro. No entanto, há algumas
décadas, foram realizadas experimentações em
que se fornecia à planta água com O18 (oxigênio
marcado), em vez de O16, como o da água
comum. Verificou-se que o oxigênio liberado era
o O18, esclarecendo, assim, que o oxigênio
liberado na fotossíntese provém da água. Se
quisermos dar ênfase a essa questão,
deveremos substituir a equação geral
simplificada da fotossíntese por uma equação
mais detalhada, como a apresentada a seguir:
Energia
luminosa
6 CO2+12H2O C6H12O6+6H2O+6O2
Clorofila
Etapas da fotossíntese
Apesar de ser apresentada em apenas uma
equação, a fotossíntese não ocorre em apenas
uma reação química. Existem várias reações que
podem ser agrupadas em duas etapas
interligadas: a primeira, fotoquímica, em que há
necessidade de energia luminosa, e a segunda
química, na qual não há necessidade de luz. As
reações que ocorrem na etapa fotoquímica são
chamadas reações de claro e as que ocorrem
na etapa química são chamadas reações de
escuro.
A etapa fotoquímica ocorre nos tilacóides, e a
etapa química ocorre no estroma dos
cloroplastos.
Etapa fotoquímica
Na etapa fotoquímica, ocorrem dois processos
básicos: a fotólise da água e a fotofosforilação.
Na fotólise da água (foto = luz; lise = quebra),
como o próprio nome diz, ocorre a quebra da
molécula de água sob a ação da luz. Nesse
processo, há liberação do oxigênio para a
atmosfera e transferência dos átomos de
hidrogênio para transportadores de hidrogênio.
Essa reação foi descrita por Hill, em 1937. Esse
pesquisador, no entanto, não sabia qual era a
substância receptora de hidrogênio. Hoje, sabese
que é o NADP (nicotinamida-adeninadinucleotídeo
+ ácido fosfórico).
É importante repetir que o oxigênio liberado
pela fotossíntese provém da água e não do
CO2, como se pensava anteriormente.
Fotólise da água
Luz
2 H2O 4H+ + 4e- +Oo2
Clorofila
4 H+ + 2 NADP 2 NADPH2
Fotofosforilação significa adição de fosfato
(fosforilação) em presença de luz (foto). A
substância que sofre fosforilação na fotossíntese
é o ADP, formando ATP.
Deste modo, é por meio de processos de
fotofosforilação, que pode ser acíclica ou cíclica,
que a energia luminosa do Sol é transformada
em energia química, que fica armazenada nas
moléculas de ATP.
Nos processos fotofosforilativos, há participação
da clorofila.
Na etapa fotoquímica, portanto, são produzidas
moléculas de oxigênio, que são liberadas para a
atmosfera, e moléculas de NADPH2 e de ATP,
que serão utilizadas nas reações da etapa
química da fotossíntese.
Etapa química
Essa etapa ocorre no estroma dos cloroplastos
sem necessidade direta de luz. As reações que
ocorrem nessa etapa compõem o ciclo das
pentoses. Esse ciclo foi elucidado por Melvin
Calvin na década de 1940.
O ciclo começa com a união do CO2 do ar
atmosférico com moléculas orgânicas já presentes
no cloroplasto. É a que se chama de fixação do
carbono. Em seguida, ocorre a incorporação de
hidrogênios às moléculas de carbono, formando
carboidratos. Quem fornece esses hidrogênios são
os NADPH2 formados na etapa fotoquímica. Nesse
processo, há necessidade de energia, que é
fornecida pelas moléculas de ATP, produzidas
também nas reações de claro.
Assim, é no ciclo das pentoses que o açúcar é
formado. Esse ciclo, apesar de não depender
8
01. (CFTMG) As funções das folhas e dos
caules são, respectivamente,
a) fotossíntese e troca de gases.
b) transpiração e troca de gases.
c) fotossíntese e condução da seiva.
d) condução da seiva e transpiração.
02. (CFTMG) A fotossíntese, principal
processo autotrófico, é dividida em
várias etapas e realizada pelos seres
clorofilados.
Com relação a esse fenômeno, é
INCORRETO afirmar que
a) a etapa fotoquímica ocorre nos tilacóides.
b) a fotofosforilação cíclica se processa no
escuro.
c) a fotólise da água libera oxigênio para o
meio ambiente.
d) os produtos originados na fase clara são
empregados na fase escura.
03. (CFTCE) A organela que apresenta
estroma e tilacóides é:
a) ribossomo b) lisossomo c) mitocôndria
d) nucléolo e) cloroplasto
04. (CFTCE) Os plastos são organelas
citoplasmáticas encontradas apenas
em organismos:
a) procariontes fotossintetizantes
b) eucariontes fotossintetizantes
c) procariontes fermentadores
d) eucariontes fermentadores
e) procariontes não-fermentadores
05. (CFTMG) O envoltório celular, presente
em todos os tipos de células, é a
membrana plasmática ou membrana
celular onde ocorrem vários
fenômenos, EXCETO na
a) condução de substâncias para o interior
das células.
b) realização de fotossíntese em seres
procariontes aquáticos.
c) difusão de gases ou substâncias do
exterior para o interior da célula.
d) adesão especial entre algumas células
por meio de desmossomos.
06. (CFTMG) Dentre os processos
diretamente dependentes da água,
encontra-se a fotossíntese. Nessa
reação, a água tem como função
a) ser doadora de elétrons para a
construção de moléculas orgânicas.
b) solubilizar o amido, necessário para a
realização da fotossíntese.
c) dissipar o excesso de calor ao qual a
planta fica exposta durante o dia.
d) ser doadora de átomos de carbono para
a formação de moléculas orgânicas.
Desafio
Biológico
Biologia
Professor GUALTER Beltrão
9
diretamente da luz, depende das reações da
fase fotoquímica, pois precisa dos ATPs e dos
NADPH2 formados na presença da luz.
Podemos representar os destinos finais do CO2,
do NADPH2 e do ATP no ciclo das pentoses por
meio desta equação extremamente simplificada:
Fatores que influenciam a Fotossíntese
Influência da luz
A luz é uma pequena parte da energia radiante
que chega à Terra. É a parte visível do espectro
eletromagnético, que vai desde as ondas de
rádio até os raios X e raios gama. A faixa de luz
visível (espectro luminoso) é de interesse
especial para a fotossíntese. Compreende luz de
diferentes cores: violeta, azul, verde, amarelo,
alaranjado e vermelho.
Verificando o espectro de absorção da clorofila
em álcool metílico, observou-se, que o máximo
de absorção ocorre nas radiações azul e
vermelha e que a mínima absorção ocorre nas
radiações verde e amarela.
Ponto de compensação
Na determinação do ponto de compensação
luminoso de uma planta, devemos estabelecer
uma comparação entre a fotossíntese e sua
respiração em função da variação de intensidade
luminosa.
Definição
Ponto de compensação é uma intensidade
luminosa, no qual a razão de fotossíntese é
igual à razão de respiração.
Observe as reações de fotossíntese e de
respiração, e note que são fenômenos opostos.
Fotossíntese
12H2O + 6CO2 C6H12O6 + CH2O + 6O2
Respiração
Quando uma planta recebe luz no seu ponto de
compensação fótico, toda a glicose produzida na
fotossíntese será consumida na respiração; assim
como todo o O2 produzido na fotossíntese será
gasto na respiração e todo o CO2 produzido na
respiração será utilizado na fotossíntese.
Exercícios
Texto para proxima questão
01. (Uel 2006) "Se o Sol é o imenso reator
energético, então a terra do sol passa a
ser o locus por excelência da energia
armazenada. De onde se conclui que o
Brasil, o continente dos trópicos, é o
lugar da energia verde. Energia vegetal.
Terra da biomassa. Terra da energia".
(VASCONCELLOS, Gilberto Felisberto.
"Biomassa: a eterna energia do futuro". São
Paulo: Senac, 2002. p. 21.)
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o metabolismo das plantas,
é correto afirmar:
a) Os açúcares produzidos pelas plantas
são componentes minoritários da
biomassa e dependem do oxigênio e da
luz do sol para sua síntese.
b) Os seres heterotróficos se apropriam,
para seu metabolismo, do nitrogênio
produzido pelas plantas verdes.
c) A autotrofia atribuída às plantas está
relacionada ao fato de elas serem
capazes de fixar nitrogênio do ar e
produzir oxigênio.
d) Para a síntese dos carboidratos que
integram a biomassa é necessária, além
da luz do sol, a utilização de água e de
gás carbônico como substratos.
e) A biomassa de que trata o autor do texto
é o conjunto de moléculas orgânicas de
todos os seres vivos, animais e vegetais,
de um determinado "habitat".
02. (PUC–SP) O gráfico a seguir mostra o
espectro de absorção de luz pelas
clorofilas a e b em função dos
diferentes comprimentos de onda que
compõem a luz branca:
Comprimento de onda (mμ)/luz
390 – 430 → violeta
430 – 470 → azul
470 – 540 → verde
540 – 600 → amarela
600 – 650 → laranja
650 – 760 → vermelha
Três plantas da mesma espécie são
colocadas em um mesmo ambiente e
passam pelo seguinte tratamento
luminoso:
planta I: recebe exclusivamente luz
verde;
planta II : recebe exclusivamente luz
vermelha;
planta III: recebe exclusivamente luz
amarela.
Com relação a essas plantas, pode-se
prever que
a) I produzirá mais oxigênio que II e III.
b) II produzirá mais oxigênio que I e III.
c) III produzirá mais oxigênio que I e II.
d) apenas a planta III produzirá oxigênio.
e) I, II e III produzirão a mesma quantidade
de oxigênio.
03. (FEI) Considerando-se os principais
processos energéticos que ocorrem
nos seres vivos, podemos corretamente
afirmar que:
a) o autotrofismo é uma característica dos
seres clorofilados;
b) o heterotrofismo impossibilita a
sobrevivência dos seres aclorofilados;
c) a fotossíntese e a respiração aeróbica
são processos que produzem sempre as
mesmas substâncias químicas;
d) a fermentação é um processo
bioquímico que não produz qualquer
forma de energia;
e) apenas a fermentação alcoólica, produz
ácido pirúvico.
01. (FGV) O espectro da luz visível, ou luz
branca, compreende comprimentos de
onda no intervalo de 390 a 760
nanômetros, da luz violeta à luz
vermelha. No entanto, as radiações do
espectro visível não são igualmente
absorvidas pela clorofila.
O gráfico apresenta a eficiência de
absorção da luz visível pelas clorofilas
dos tipos A e B.
Pode-se dizer que uma planta apresentará
maior taxa fotossintética quando
iluminada com luz
a) branca; b) violeta; c) azul;
d) verde; e) vermelha.
02. (Fuvest) Considerando os grandes
grupos de organismos vivos no planeta –
bactérias, protistas, fungos, animais e
plantas –, em quantos deles existem
seres clorofilados e fotossintetizantes?
a) um; b) dois; c) três;
d) quatro; e) cinco.
03. (CFTCE) Com relação ao processo
fotossintético, é INCORRETA a afirmação
do item:
a) Existe uma etapa de reações, que não
necessita de luz para ocorrer, chamada
etapa de escuro.
b) As reações de claro não necessitam de
clorofila.
c) O objetivo da fotossíntese é a síntese de
compostos ricos em energia.
d) A água é fundamental no processo de
fotossíntese.
e) Nos vegetais, a fotossíntese ocorre nos
cloroplastos.
04. (CFTMG) A solução de substâncias
orgânicas derivadas do processo
fotossintético denomina-se
a) seiva bruta. b) seiva elaborada.
c) micronutrientes. d) macronutrientes.
05. (UEL) O macronutriente essencial ao
desenvolvimento das plantas por fazer
parte da molécula de clorofila é o:
a) ferro; b) cobre; c) zinco;
d) magnésio; e) manganês.
Desafio
Biológico
Texto poético
MÃOS DADAS
Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus
[companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes
[esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos
[afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos
[dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma
[história.
não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem
[vista da janela.
não distribuirei entorpecentes ou cartas de
[suicida.
não fugirei para ilhas nem serei raptado por
[serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo
[presente, os homens presentes, a vida
[presente.
Perscrutando o texto
01. Os dois primeiros versos do poema
Mãos Dadas, abaixo transcritos,
sugerem que:
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
a) o poeta está preso a compromissos
temporais;
b) o poeta tem um compromisso poético
com o momento presente, mas não se
envolverá futuramente com música;
c) o fator tempo não importa ao poeta;
d) o poeta é atemporal;
e) o poeta não comporá poemas que
valorizem acontecimentos passados.
02. Os versos 7 e 8 do poema Mãos Dadas,
abaixo transcritos, sugerem que:
Não nos afastemos muito, vamos de mãos
[dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma
[história.
a) Drummond nega a solidão e o isolamento,
recusando-se a sonhar com o
futuro.
b) Drummond ressalta o medo da solidão e
confessa sua aversão às mulheres.
c) Drummond prega a aproximação entre
as pessoas, mas recusa-se a acreditar
no amor.
d) Drummond enfatiza a necessidade de
amor e repele o sentimentalismo pessoal.
e) Drummond incita o leitor à solidariedade,
mas nega a poesia lírico-amorosa.
03. Tomando o poema Mãos Dadas, de
Carlos Drummond de Andrade, como
um todo, assinale a afirmativa correta.
a) Quando se recusa a cantar mundos
futuros ou passados, o poeta está recusando,
na verdade, o próprio tempo.
b) O poeta recusa qualquer forma de
sentimento.
c) As recusas do poeta são, na verdade, as
mesmas de qualquer poeta modernista,
cuja preocupação temporal é obsessiva.
d) O poeta recusa o tempo passado e o
tempo futuro, mas elege o tempo
presente; recusa certos sentimentos,
mas elege outros.
e) O poeta condiciona a solidariedade à
compreensão de sua mensagem
poética.
04. Sobre a seqüência “Também não
cantarei o mundo futuro”, assinale a
afirmativa incorreta.
a) Contém dois advérbios.
b) Contém dois adjuntos adnominais.
c) O substantivo mundo é núcleo do
complemento verbal.
d) Substituindo-se o complemento verbal
por pronome conveniente resulta em
“Também não o contarei”.
e) O adjetivo futuro tem função de predicativo
do objeto.
05. Sobre a seqüência “O presente é tão
grande, não nos afastemos”, assinale
a afirmativa incorreta.
a) Contém um advérbio.
b) Contém um pronome pessoal oblíquo
átono.
c) Contém um predicativo do sujeito.
d) Contém exemplo de pronome proclí-tico.
e) A idéia subordinada expressa causa.
06. Opte pela letra em que se mudou para
a voz ativa, com coerência, a construção
“não serei raptado por
serafins”.
a) Os serafins não serão raptados por mim.
b) Eu não raptarei os serafins.
c) Os serafins não me raptarão.
d) Raptar-se-ão os serafins.
e) Os serafins não me devem raptar.
07. Opte pela letra em que a substituição
do complemento verbal pelo pronome
átono fere a norma culta da língua.
a) “olho meus companheiros”
Olho-os.
b) “considero a enorme realidade”
Considero-a.
c) “não direi suspiros ao anoitecer”
Não os direi ao anoitecer.
d) “não distribuirei entorpecentes”
Não distribuí-los-ei.
e) “Também não cantarei o mundo futuro”
Também não o cantarei.
08. Uma das críticas associado ao verso
do poema Mãos Dadas não procede.
Identifique-a.
a) “Não serei o cantor de uma mulher” –
Crítica à poesia lírico-amorosa.
b) “não direi suspiros ao anoitecer” –
Crítica à solidão e à tristeza.
c) “paisagem vista da janela” – Crítica à
poesia descritiva.
d) “não fugirei para ilhas” – Crítica ao
escapismo.
e) “nem serei raptado por serafins” –
Crítica ao Romantismo.
Português
Professor João BATISTA Gomes
PRECAVER-SE
01. Ficha técnica:
a) Defectivo – Só pode ser conjugado
nas formas arrizotônicas (sílaba tônica
fora da raiz ou radical), ou seja, com
os pronomes nós e vós.
b) Sinônimos – Acautelar-se, precatar-se,
prevenir-se.
c) Verbo pronominal – Convém usá-lo
sempre na forma pronominal:
precaver-se.
02. Presente do indicativo:
Eu me (...)
Tu te (...)
Ele se (...)
Nós nos precavemos
Vós vos precaveis
Eles se (...)
Palavras que não existem: precavo,
precavejo, precavês, precavê,
precavêem, precavenho, precavens,
precavém, precavêm.
03. Presente do subjuntivo:
Que eu me (...)
Que tu te (...)
Que ele se (...)
Que nós nos (...)
Que vós vos (...)
Que eles se (...)
Palavras que não existem: precava,
precaveja, precavejas, precavejamos,
precavejais, precavejam,
precavenha, precavenhas,
precavenha, precavenhamos,
precavenhais, precavenha.
04. Pretérito perfeito (= vender)
Vendi precavi
Vendeste precaveste
Vendeu precaveu
Vendemos precavemos
Vendestes precavestes
Venderam precaveram
05. Pretérito mais-que-perfeito
(= vender)
Vendera precavera
Venderas precaveras
Vendera precavera
Vendêramos precavêramos
Vendêreis precavêreis
Venderam precaveram
06. Futuro do subjuntivo (= vender)
vender precaver
venderes precaveres
vender precaver
vendermos precavermos
venderdes precaverdes
venderem precaverem
Anota
Aí!
10
11
Conjugação verbal 1
1. VER E DERIVADOS
a) Significado – Ver significa enxergar;
divisar; distinguir; avistar.
b) Regência – Verbo transitivo direto (exige
complemento sem preposição).
c) Conjugação – Por ver, conjugam-se
antever, entrever, prever, rever, prover
(no presente), mas não precaver
(defectivo no presente; no passado e no
futuro, segue a conjugação de vender) e
reaver (segue a conjugação de haver).
PRESENTE DO INDICATIVO
Eu vejo Nós vemos
Tu vês Vós vedes
Ele vê Eles vêem
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Que eu veja Que nós vejamos
Que tu vejas Que vós vejais
Que ele veja Que eles vejam
PRETÉRITO PERFEITO
Eu vi Nós vimos
Tu viste Vós vistes
Ele viu Eles viram
FUTURO DO SUBJUNTIVO
Quando eu vir Quando nós virmos
Quando tu vires Quando vós virdes
Quando ele vir Quando eles virem
Exercícios
1. Julgue as construções seguintes:
a. ( ) Cristina, quando veres o Renato,
diga-lhe que me telefone.
b. ( ) Cristina, quando vires o Renato,
diga-lhe que me telefone.
c. ( ) Cristina, quando vires o Renato,
dize-lhe que me telefone.
d. ( ) Cristina, quando vir o Renato,
diga-lhe que me telefone.
e. ( ) Quando eu a vir, dar-lhe-ei a
informação.
2. Julgue as construções seguintes:
a. ( ) Quando o governo rever as metas
inflacionárias, é possível que os
juros baixem.
b. ( ) Quando o governo revir as metas
inflacionárias, é possível que os
juros baixem.
c. ( ) Quando os professores reverem
as provas, sua nota aumentára.
d. ( ) Quando os professores revirem as
provas, sua nota aumentára.
e. ( ) Quando o avião fez escla em
Fortaleza, eles se entreveram.
3. Complete coerentemente:
I Se os governos ............ as catástrofes,
muitas vidas seriam poupadas.
II Havia sinais claros de insatisfação
entre os presos, mas ninguém ............
a tragédia que se desenhava.
II Só veicule o anúncio se o professor
............. todos os textos.
a) prevessem – preveu – rever
b) previssem – previu – rever
c) previssem – previu – revir
d) prevessem – preveu – revir
e) prevessem – previu – rever
2. PROVER
a) Significado – Prover significa tomar
providências acerca de; providenciar;
abastecer.
b) Regência – Verbo transitivo direto (exige
complemento sem preposição).
c) Conjugação – No presente (do indicativo
e do subjuntivo) segue ver, do qual
deriva. No passado e no futuro, conjugase
imitando a grafia de vender.
PRESENTE DO INDICATIVO (= ver)
Eu provejo Nós provemos
Tu provês Vós provedes
Ele provê Eles provêem
PRETÉRITO PERFEITO (= vender)
Eu provi Nós provemos
Tu proveste Vós provestes
Ele proveu Eles proveram
FUTURO DO SUBJUNTIVO (= ver)
Vender prover
Venderes proveres
Vender prover
Vendermos provermos
Venderdes proverdes
Venderem proverem
3. PRECAVER, REAVER E FALIR
a) Significados – Precaver: acautelar,
prevenir. Reaver: haver de novo,
recuperar. Falir: ser malsucedido;
malograr-se, fracassar.
b) Conjugação – No presente (do indicativo
e do subjuntivo) são defectivos
(defeituosos): só se conjugam com os
pronomes nós e vós. No passado e no
futuro, são normais: precaver = vender;
reaver = haver; falir = partir.
Exercícios
1. Julgue as construções seguintes:
a. ( ) Diante do perigo iminente, é necessário
que todos se precavenham.
b. ( ) Diante do perigo iminente, é necessário
que todos se precavejam.
c. ( ) Diante do perigo iminente, é
necessário que todos se precavam.
d. ( ) Diante do perigo iminente, é
necessário que todos se previnam.
e. ( ) Diante do perigo iminente, é
necessário que todos procurem
precaver-se.
2. Complete coerentemente:
I Demorou um pouco, mas ela ............ o
dinheiro desviado da conta bancária.
II Agindo com honestidade, é possível
que ............ a confiança de todos.
II Quando ............ o carro, é possível
que esteja depredado..
a) reouve – reavejas – reaveres
b) reouve – recuperes – reouveres
c) reaveu – reavejas – reouveres
d) reaveu – recuperes – reouveres
e) reaviu – reavejas – reaveres
3. Opte construção gramaticalmente certa.
a) Venha agora ou não me encontrarás.
b) Se lhe fores contar a verdade, faze-o
sutilmente.
c) Se eles o verem aqui, vão desconfiar.
d) Vem à noite e traga todo o dinheiro.
e) Contra malfeitores, não há quem se
precaveja.
01. Opte construção gramaticalmente
certa.
a) Estou arruinado; se você não me emprestar
o dinheiro, eu falo.
b) Quando reveres o processo, dá logo o
teu parecer.
c) Se não reaveres o prestígio da
empresa, como irás participar de
licitações?
d) Se reavisse o tempo perdido, eu faria
tudo de maneira diferente.
e) Vá lá fora e apazigúe os ânimos dos
grevistas.
02. Opte construção gramaticalmente
certa.
a) Conta-se nos dedos servidores públicos
concursados.
b) Jamais houveram tantos crimes como
os há agora.
c) A mulher estava meia pálida, quis dizer
qualquer coisa e arriou o corpo.
d) Espera-se que todos os camponeses
da região adiram ao movimento dos
sem-terra.
e) – Eu já estou velho e nada valho.
Mesmo assim, requero o meu direito de
morar nestas terras.
03. Escolha a única construção que não
condiz com a norma culta da língua.
a) Ainda jovem, ela deu à luz trigêmeos.
b) Não deve haver segredos entre você e
mim.
c) Nunca foi fácil para eu responder com
honestidade às perguntas feitas por
crianças.
d) Foi difícil para mim aceitar que, embora
jovem, estava cheia de estrias.
e) As sucessivas gravidezes deixaram-na
cheia de varizes.
04. Escolha a única construção que
condiz com a norma culta da língua.
a) Minha filha, precavê-te contra a
maldade do mundo e dos homens.
b) Minha filha, precavém-te contra a
maldade do mundo e dos homens.
c) Minha filha, precavenha-se contra a
maldade do mundo e dos homens.
d) Minha filha, precaveja-se contra a
maldade do mundo e dos homens.
e) Minha filha, precavei-vos contra a
maldade do mundo e dos homens.
05. Todas as formas verbais estão
corretas em.
a) adira, adiras, adiremos, adiram
b) caiba, caibas, cabamos, caibam
c) valha, valhas, valamos
d) requeira, requeiras, requeramos
e) ceie, ceies, ceie, ceemos, ceiem
Desafio
Gramatical
AMABIS, José Mariano; MARTHO,
Gilberto Rodrigues. Conceitos de
Biologia das células: origem da vida.
São Paulo: Moderna, 2001.
CARVALHO, Wanderley. Biologia em
foco. Vol. Único. São Paulo: FTD, 2002.
COVRE, Geraldo José. Química Geral:
o homem e a natureza. São Paulo:
FTD, 2000.
FELTRE, Ricardo. Química: físicoquímica.
Vol. 2. São Paulo: Moderna,
2000.
LEMBO, Antônio. Química Geral:
realidade e contexto. São Paulo: Ática,
2000.
LEVINE, Robert Paul. Genética. São
Paulo: Livraria Pioneira, 1973.
LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol.
Único. 11.a ed. São Paulo: Saraiva.
2000.
MARCONDES, Ayton César;
LAMMOGLIA, Domingos Ângelo.
Biologia: ciência da vida. São Paulo:
Atual, 1994.
REIS, Martha. Completamente Química:
físico-química. São Paulo: FTD, 2001.
SARDELLA, Antônio. Curso de Química:
físico-química. São Paulo: Ática, 2000.
EXERCÍCIO (p. 3)
01. E;
02. A;
03. B;
DESAFIO QUÍMICO (p. 3)
01. a) 3 - Fenil Propano nitrila;
b) Trifenilamina;
c) Ácido 2 Butenóicio;
d) 2 Butenoato de sódio;
e) Ácido 2,3 Dimetil 2 Butenóico;
02. C;
03. C;
04. B;
05. E;
DESAFIO QUÍMICO (p. 4)
01. B;
02. A;
03. C;
04. D;
05. C;
06. B;
07. E;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)
01. C;
02. D;
03. B;
04. A;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 7)
01. A;
02. C;
03. C;
04. D;
05. D;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 8)
01. B;
02. D;
03. B;
EXERCÍCIOS (p. 9)
01. C; 02. A; 03. A; 04. C;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 9)
01. B; 02. D; 03. A;
DESAFIO LITERÁRIO (p. 10)
01. C; 02. A; 03. D;
Governador
Eduardo Braga
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitora
Marilene Corrêa da Silva Freitas
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias Rocha
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
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Produção
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Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
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Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30); sábados: reprise às 23h Postos de distribuição:
• Amazon Sat (21h30 às 22h)
• RBN (13h às 13h30) reprise: 5h30 e 7h (satélite) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(8h às 9h e reprise de 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.°
• Rádio Panorama de Itacoatiara (11h às 11h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (8h às 8h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(10h às 10h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e reprise de 12h às 12h30)
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