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quinta-feira, 25 de junho de 2009

BIOL... QUIM.. PORT....

Como floresce e frutifica o ano todo, é possível encontrar na
mesma árvore, desde flores até frutos maduros do açaí
A sucuri, ou anaconda, Eunectes murinus, é a maior serpente
do mundo, podendo atingir até 10m de comprimento
• Química – Soluções
pg. 02
• Química – Isomeria espacial
pg. 04
• Biologia – Platelmintos
pg. 06
• Biologia – Genética – 1.ª lei de
Mendel
pg. 08
• Português – Perscrutando o texto
pg. 10
2
Chegamos ao fim de mais uma edição do
Aprovar, o pré-vestibular gratuito oferecido
pelo Governo do Estado por meio da
Universidade do Estado do Amazonas. Para
nós, da UEA, o Aprovar é a concretização
de uma das metas mais nobres da
Academia, qual seja a de inserir o homem
amazônico no contexto da universalização
do conhecimento. Isso porque, ao contribuir
para resgatar a dívida social histórica que o
Estado tem com nossos irmãos do interior, a
UEA tem por obrigação, ainda, oferecer aos
mais carentes sob o ponto de vista
econômico – sem esquecer dos portadores
de necessidades especiais – os meios para
o ingresso no ensino superior. Assim,
reafirma-se o compromisso da instituição
com a ampliação de formas de acesso da
juventude à nossa universidade.
Aliando modernas técnicas pedagógicas,
tecnologia e uma logística de distribuição
montada para atender todos os alunos
finalistas da Rede Pública de Ensino do
Estado, o Aprovar orgulha-se de seus
números. Nesses quatro anos de execução
do projeto, mais de 700 aulas transmitidas
pelo rádio e pela tevê. Mais de 14 milhões
de apostilas produzidas e distribuídas nas
escolas da rede pública, Postos de
Atendimento ao Cidadão (PAC´s) e
encartadas em jornais.
Mas o seu principal resultado é
personificado nos 1.896 alunos aprovados
nos últimos três concursos vestibulares, que
ingressaram na UEA e afirmaram ter
estudado utilizando as apostilas do Aprovar,
um índice de aprovação de 18,5%. Assim, o
Aprovar consolida-se como um processo de
inclusão social.
Esses números são a quantificação de que
novos cidadãos amazonenses aprenderão a
dar o melhor de si para a sociedade,
somando forças a um trabalho coletivo de
construção do futuro da humanidade, forças
coletivas essas que ajudam a movimentar e
construir a história.
É essa instituição, a Universidade, que ao
longo da história da civilização sobreviveu a
inúmeras crises, cresceu e multiplicou-se,
que o espera.
Estude! E não deixe de fazer o Simuladão
do Aprovar no próximo dia 11 de agosto,
sábado, a partir das 17h. Na página 11,
você vai encontrar uma ficha que deve ser
preenchida e entregue no dia do teste. A
entrada é gratuita. É a oportunidade de
você testar seus conhecimentos, pois é a
revisão final, com todas as disciplinas, num
teste que simula as condições do vestibular.
Boa sorte!
Palavra
da Reitora Soluções
Definimos dispersão como todo sistema no qual
uma determinada substância distribui-se
uniformemente em outra substância que está
em maior quantidade. A substância em menor
quantidade é chamada de disperso e a de maior
quantidade dispersante.
As dispersões dividem-se em três casos:
soluções, colóides e suspensões. A diferença
básica entre eles é o tamanho das partículas:
• Menores que 1 nm (nanômetro): soluções.
• Entre 1 e 100 nm: colóides.
• Maiores que 100 nm: suspensões.
Dentre os três tipos de suspensões serão
abordadas neste momento as soluções.
Chamamos de solução toda mistura
homogênea envolvendo duas ou mais
substâncias.
Assim, observe o exemplo abaixo:
Observamos na figura:
• Solvente: substância presente em maior
quantidade capaz de dissolver a outra.
Exemplo: água
• Soluto: substância presente em menor
quantidade que se dissolve.
Exemplo: açucar.
• Solução: mistura de solvente com soluto.
Logo:
SOLUÇÃO = SOLVENTE + SOLUTO
Classificação das Soluções
As soluções podem ser classificadas por meio
dos seguintes critérios:
• De acordo com o estado de agregação
As soluções podem ser sólidas, líquidas ou
gasosas. Observe a tabela:
Observação.: O estado físico de uma solução é
determinado pelo solvente.
• De acordo com a proporção entre soluto e
solvente:
– Soluções diluídas: quando o soluto é
pouco em relação ao solvente.
Exemplo: 1g de sal de cozinha em 1 litro
de água.
– Soluções concentradas: quando a
quantidade de soluto é grande.
Exemplo: 400g de sal de cozinha em 1 litro
de água.
Vale ressaltar que este conceito é meramente
comparativo, não sendo definidas faixas onde a
solução pode ser considerada diluída ou
concentrada. Assim, uma solução contendo 2g de
sal em 1 litro de água pode ser considera concentrada
quando comparada a uma solução contendo
1g em 1 litro de água.
• De acordo com a natureza do soluto
– Soluções moleculares ou não-eletrolíticas
São aquelas em que as partículas dispersas
são moléculas, ou seja, o soluto é um não
eletrólito.
As moléculas são eletricamente neutras e, por
isso, soluções moleculares não conduzem
corrente elétrica.
Exemplo: açúcar (C12H22O11) em água.
– Soluções iônicas ou eletrolíticas
São aquelas em que as partículas
dispersas são íons.
Os íons são carregados eletricamente e,
por isso, podem produzir um campo
eletrostático na água que possibilita o
fechamento da corrente.
Mas por que os íons de cargas opostas não
se unem novamente?
Durante o processo de ionização, as
moléculas de água aglomeram-se em torno
dos íons num processo conhecido por
solvatação. Isto impede o reagrupamento
dos íons.
Exemplo: sal comum (NaCl) em água.
Solubilidade
Definimos solubilidade em uma frase:
“Semelhante dissolve semelhante.”
Sendo assim, podemos dizer que uma substância
polar tende a se dissolver num solvente polar e
vice-versa.
Coeficiente de Solubilidade
Quando se adiciona gradativamente sal comum a
água, em temperatura constante, verifica-se que,
em dado momento, o sal não se dissolve mais.
A partir daí, toda quantidade de sal adicionada irá
depositar-se no fundo do recipiente. Dizemos
então que a solução está saturada ou que atingiu
o “ponto de saturação”.
O “ponto de saturação” é definido pelo coeficiente
de solubilidade.
Definindo:
Coeficiente de solubilidade é a máxima
quantidade de soluto A capaz de se dissolver
em uma quantidade padrão de solvente B a
uma determinada temperatura.
Curva de Solubilidade
É o gráfico que apresenta a variação do
coeficiente de solubilidade da substância em
função da temperatura.
Veja:
Observando o gráfico, podemos obter os
seguintes dados:
– A solubilidade de um determinado sal a uma
dada temperatura;
Exemplo: a 20°C a solubilidade do sal A é
aproximadamente de 10g/100g de H2O.
– Qual sal é mais ou menos solúvel a uma dada
temperatura.
Exemplo: a 10°C o sal C é o mais solúvel; já
a 60°C, o mais solúvel é o sal A.
– Como se comporta o coeficiente de solubilidade
frente ao aumento ou diminuição de
temperatura.
Exemplo: o sal A sofre grande aumento de
solubilidade com o aumento da temperatura.
Química
Professor CLÓVIS Barreto
3
Desafio
Químico
– Massa de precipitado em um problema.
Exemplo: Determine a massa de precipitado
formada quando se mistura 35g de sal A com
200g de água a 20°C.
Para cada 100g de água dissolve-se 10g de
sal A. Logo, em 200g de água dissolve-se
20g. Com isso, a massa de precipitado será
35g – 20g = 15g.
Classificação das soluções quanto à solubilidade
Solução Insaturada
Quando a massa de soluto dissolvida, a uma
dada temperatura, é menor que o coeficiente de
solubilidade, diz-se que a solução está
insaturada podendo ser dissolvida uma
quantidade maior de soluto.
md < Cs
sendo md = massa dissolvida
Cs = coeficiente de solubilidade
Solução Saturada
Quando a quantidade de soluto dissolvido, a
uma dada temperatura, é exatamente igual ao
coeficiente de solubilidade.
md = Cs
A solução pode apresentar corpo de fundo
(precipitado) ou não:
– Com corpo de fundo: a massa de soluto é
maior do que o coeficiente de solubilidade.
Logo, o excesso precipita.
– Sem corpo de fundo: a massa de soluto é
igual ao coeficiente de solubilidade.
Solução Supersaturada
Quando a quantidade de soluto dissolvido é
superior ao coeficiente de solubilidade.
A solução supersaturada é instável e a mínima
perturbação do sistema faz com que ela se torne
uma solução saturada com corpo de fundo.
Mas como é possível obter uma solução
supersaturada?
Quando se resfria lentamente e sob condições
especiais (sem variação de pressão ou ruídos)
uma solução saturada, é possível, em alguns
casos, manter uma massa dissolvida em
solução superior ao coeficiente de solubilidade,
supersaturando a solução.
Aplicações
01. Uma solução aquosa saturada de
acetato de chumbo, preparada a 18°C
com os cuidados necessários, pesou
45g e, por evaporação, forneceu um
resíduo sólido de 15g. Calcular o
coeficiente de solubilidade do sal a
18°C.
Resolução:
Admitindo que a massa da quantidade padrão
do solvente seja 100g, podemos calcular o Cs
da seguinte forma:
Massa do soluto: 15g
Massa da solução: 45g
Logo, Massa do solvente: 45 – 15 = 30g
15g de soluto –––––––– 30g de solvente
X –––––––– 100g de solvente
X = 50g/100g de solvente.
02. Foram agitados 39g de nitrato de
cálcio com 25g de água a 18°C. O
sistema resultou heterogêneo e, por
filtração, foram obtidos 57,5g de
solução saturada. Calcule o Cs do sal
a 18°C.
Solução:
Massa do soluto: 39g
Massa da solvente: 25g
Sistema heterogêneo Massa total: 64g
Massa da solução (saturada): 57,5g
Ficaram retidos no filtro 6,5g de soluto, portanto,
a 18°C, são dissolvidos 32,5g de soluto. Assim:
32,5g de soluto –––––––– 25g de água
X –––––––– 100g de água
X = 130g/ 100g de água
03. A uma determinada temperatura, o Cs
do iodeto de sódio é de 180g/100g.
Calcule a massa de água necessária
para preparar uma solução saturada
que contenha 12,6g deste sal na
temperatura considerada.
Solução:
Cs = 180g/ 100g
180g de NaI –––––––– 100g de água
12,6g de NaI –––––––– X
X = 7g
Concentração das Soluções
Densidade
Porcentagem
• Percentagem em massa (% m/m) ou Título
percentual (T%)
É a massa do soluto presente em 100g de
solução.
Exemplo: Uma solução 10% m/m é aquela que
possui 10g de soluto em 100g de solução.
Ou ainda:
m % m/m = –––s–o–lu–to–– x 100
m
Quando a grandeza não estiver definida (soluto,
solvente ou solução) admite-se que o valor se
refere a solução.
• Percentagem em volume (% V/V)
É o volume de soluto presente em 100m de
solução.
Exemplo: Uma solução 20% v/v é aquela que
possui 10m de soluto em 100m de solução.
Ou ainda:
Vsoluto % V/V = ––––––––– x 100
V
• Percentagem massa/volume (% m/v) ou
simplesmente percentagem (%)
É a massa de soluto presente em 100m de
solução (em cm3).
Exemplo: Uma solução 30% m/v é aquela
que possui 30g de soluto em 100m de
solução.
Ou ainda:
msoluto % m/v = –––––––– x 100
V
• Concentração comum (C ou g/ )
É o quociente da massa do soluto (em
gramas) pelo volume da solução (em litros).
msoluto C = –––––––––
V
Exemplo: Determine a concentração, em g/ ,
de uma solução de ácido nítrico que
apresenta 36g de soluto em água suficiente
para 500m de solução.
O volume deve estar em litros. Assim, 500m
= 0.5
C = 36/0,5 ... C = 72 g/
• Molaridade ou Concentração Molar (M ou
mol/ )
É o quociente do número de mols de soluto
pelo volume da solução (em litros).
nsoluto M = ––––––––
V
msoluto Porém: nsoluto = ––––––––––
molsoluto
msoluto Assim: M = –––––––––––––
molsoluto . V
Quando uma solução tiver, por exemplo,
molaridade igual a 2 mols/litro, diremos que a
solução é 2 molar; e quando M = 1 mol/litro,
diremos simplesmente que a solução é molar.
Dizemos que uma solução é decimolar
quando a sua molaridade vale 0,1 mol/litro.
01. Foram misturados e agitados 200g de
sulfato de amônio com 250g de água,
resultando um sistema heterogêneo que,
por filtração, forneceu 5g de resíduo.
Calcule o Cs do sal na temperatura em
que a experiência foi realizada.
02. O Cs de um sal, numa determinada temperatura,
é de 68g/ 100g. Calcule a massa de
uma solução saturada que contenha 17g
desse sal na temperatura considerada.
03. Foram misturados e agitados 400g de
sulfato de sódio com 750g de água a
18°C, resultando um sistema heterogêneo.
Por filtração desse sistema foram
obtidos 900g de solução saturada.
Calcule o Cs do sal a 18°C e a massa do
resíduo da filtração.
04. (PUC) A uma solução de cloreto de sódio
foi adicionado um cristal desse sal e
verificou-se que este não se dissolveu,
provocando, ainda, a formação de um
precipitado. Pode-se inferir que a solução
original era:
a) estável b) diluída c) saturada
d) concentrada e) supersaturada
05. A 30°C a solubilidade do nitrato de prata
em água é de 3000g por quilograma de
água. Adiciona-se, a 30°C, 2000g desse
sal a 500g de água, agita-se vigorosamente
e depois filtra-se. Qual a massa da
solução saturada obtida?
a) 1000g b) 1500g c) 2000g
d) 2500g e) 3000g
06. Para resolver as duas perguntas seguintes,
é necessário a tabela adiante reproduzida:
a) Que a massa de KNO3 pode ser
dissolvida em 50 gramas de água, a
40° C?
b) Calcule a percentagem em massa de
KNO3, numa solução saturada deste
soluto a 30°C.
07. Quantos equivalentes-gramas de HNO3
existem em 300 ml de solução N/10
deste ácido?
08. Calcular a molaridade de uma solução
0,3 normal de ácido fosforoso.
4
Desafio
Químico Isomeria espacial
Os isômeros apresentam mesma fórmula
molecular, mesma fórmula plana, mas diferentes
fórmulas estruturais espaciais.
Divide-se em:
Isomeria Geométrica (ou Cis-Trans)
Compostos de cadeia acíclica com dupla
ligação
Considere, com bastante atenção, os dois
exemplos que serão dados a seguir:
1.° exemplo – Seja o composto ClCH2 – CH2Cl;
podemos representá-lo pelo “modelo de bolas”
das seguintes maneiras:
No entanto as três representações indicam a
mesma coisa, pois trata-se da mesma estrutura
espacial, isto é, do mesmo composto; de fato , a
ligação simples entre os dois carbonos pode girar
livremente; desse modo, basta “rodar” o carbono
superior da estrutura “B” 120° para que ela
coincida com a estrutura “A”; bem como “rodando”
o carbono superior da estrutura “C” 120°, ela
coincide com “B”, e continuando o “giro” por mais
120°, ela coincide com “A” . Enfim, sempre que
houver superposição das figuras, elas estarão
representando o mesmo composto.
2.° exemplo – Seja o composto ClCH = CHCl;
usando-se o “modelo de bolas”, podemos ter as
seguintes “arrumações” espaciais:
Repare no seguinte:
• Na primeira figura, os dois átomos de cloro
estão do “mesmo lado” do plano que “divide”
a molécula ao meio; esta é a chamada forma
CIS (cis = mesmo lado).
• Na segunda figura, os dois átomos de cloro
estão de “lados opostos” do plano que
“divide” a molécula ao meio; esta é a chamada
forma TRANS (trans = através ou transversal) .
Acontece, porém, que a dupla ligação (o par
ligação σ + π) não pode “girar”, como ocorre
com a ligação simples; isto significa, em outras
palavras, que as duas figuras anteriores são
“rígidas”. Sendo assim, não há maneira de
superpor a forma cis sobre a forma trans, de
modo a coincidirem todos os seus átomos.
Conseqüentemente, as formas cis e trans
representam dois compostos diferentes.
Podemos representá-los abreviadamente do
seguinte modo:
cis - 1,2 - dicloro - trans - 1,2 - dicloro -
eteno eteno
Generalizando, podemos dizer que irá ocorrer
isomeria cis-trans em compostos contendo
dupla ligação e que apresentem a estrutura:
Sendo obrigatoriamente R1 ≠ R2 e R3 ≠ R4 e
podendo R1 (ou R2) ser igual ou diferente de R3
e R4.
Compostos de cadeia cíclica
Quando estudamos compostos cíclicos,
podemos observar o seguinte comportamento:
CIS – 1,2 – DICLORO TRANS – 1,2 – DICLORO
CICLOPROPANO CICLOPROPANO
Resumindo, o composto 1,2 dicloro ciclopropano
pode apresentar as suas ramificações “acima”
ou “abaixo” do plano que forma o núcleo do
composto sendo classificado como cis ou trans.
Isomeria Óptica
Os compostos que possuem mesma fórmula
molecular, porém diferentes atividades ópticas
são chamados de isômeros ópticos.
Atividade Óptica
Observe a figura abaixo:
Quando a luz prolongada (após passar pelo
prisma de Nicol - polarizador) atravessa o
composto orgânico em análise, observamos os
seguintes resultados:
No caso “a”, a luz polarizada que vibrava num
determinado plano, ao atravessar o composto
orgânico, continuou vibrando no mesmo plano.
Dizemos, então, que o composto em questão
não tem atividade sobre a luz; ele é
opticamente inativo.
No caso “b” , a luz polarizada, após atravessar o
composto orgânico, passou a vibrar em um
plano à direita daquele em que vibrava
anteriormente. Portanto o composto é
opticamente ativo. Por ter girado o plano da luz
polarizada para a direita, dizemos que é
dextrógiro.
No caso “c”, após atravessar o composto
orgânico, a luz polarizada passou a vibrar num
plano à esquerda do original. Concluímos que o
composto é opticamente ativo. Por ter girado o
plano de vibração da luz polarizada para a
esquerda, dizemos que é levógiro.
A atividade óptica de um composto está
relacionada diretamente com a assimetria de
suas moléculas.
Molécula assimétrica é a que nunca se
consegue dividir de modo que os dois lados
resultantes dessa divisão fiquem iguais. Essa
assimetria molecular pode ser expressa de dois
modos: presença de carbono assimétrico e
assimetria molecular propriamente dita (sem
carbono assimétrico).
Química
Professor MARCELO Monteiro
01. (UFF) A acrilonitrila, cuja estrutura está
escrita abaixo, é a matéria-prima para
obtenção de fibras que podem substituir
a lã natural.
CH2 = CH – C ≡ N
Com relação a esta molécula, é correto
afirmar que:
a) todos os carbonos apresentam
hibridização sp2;
b) pode apresentar dois isômeros ópticos;
c) apresenta a função amina;
d) não pode apresentar isômeros
geométricos;
e) sua cadeia é saturada.
02. O álcool primário de menor peso
molecular que apresenta isomeria
óptica é o:
a) butanol;
b) 2-metil-1-propanol;
c) 1-metiletanol;
d) 2-metil-2-butanol;
e) 2-metil-1-butanol.
03. No composto orgânico abaixo, podem
ocorrer os seguintes casos de isomeria:
a) óptica, de posição e cis-trans;
b) de cadeia, de posição e de função;
c) óptica, de posição e de função;
d) cis-trans, metameria e posição;
e) tautomeria, de cadeia e óptica.
04. Dos seguintes compostos orgânicos,
qual é formado por quatro elementos
químicos?
a) Diclorometano;
b) Cloroetanal;
c) Etanodial;
d) Ácido 2-hidróxipropanóico;
e) Cicloexanona.
05. Para o composto cujo nome é 1,3–dietilciclobutano,
a alternativa falsa é:
a) Possui 2 carbonos quaternários.
b) A hibridização dos átomos de carbono é
sp3.
c) Possui 4 átomos de carbono secundários.
d) Sua fórmula molecular é C8H16.
e) Apresenta cadeia carbônica saturada.
06.(UFRJ) Com base nos seus conhecimentos
de química orgânica, responda o
que é pedido nos itens a, b, c e d.
a) Nome do ácido isômero de função do
metanoato de metila.
b) Nome oficial de CH3 – CH2 – CH3.
c) Nome oficial do isômero de cadeia do
metilpropano.
d)Função química a que pertence o
composto mostrado na figura a seguir:
O

CH3 –– CH2 –– C –– CH2 –– CH3
5
Isomeria óptica com carbono assimétrico
Carbono assimétrico (ou quiral) é aquele que
possui quatro ligantes, todos diferentes entre si.
a ≠ b ≠ c ≠ d
Um exemplo comum é o ácido láctico (ou ácido
2 - hidroxi - propanóico), que é proveniente do
leite.
Ácido 2-hidroxi-propanóico
ou ácido lático
Todo composto que apresenta apenas um
carbono assimétrico na molécula terá dois
isômeros opticamente ativos, um dextrógiro e
outro levógiro. Observe:
Ácido 2-hidroxi-propanóico Ácido 2-hidroxi-propanóico
dextrógiro levógiro
Esses isômeros desviam a luz polarizada em
sentidos contrários. Por isso, são chamados
antípodas ópticos, enantiomorfos ou ainda de
moléculas quirais.
Mistura racêmica
Usando partes iguais de dois enantiomorfos
podemos formar uma mistura racêmica.
A mistura racêmica é opticamente inativa por
compensação externa, ou seja, como há um
número igual de moléculas provocando desvios
contrários na luz polarizada, uma cancela o
desvio da outra e o desvio final é nulo.
A partir de compostos cujas moléculas possuem
apenas 1 carbono assimétrico e, portanto, dois
isômeros ópticos ativos, podemos preparar uma
única mistura racêmica.
Fórmula de Van’t-Hoff
Quando uma molécula possui vários carbonos
assimétricos diferentes, podemos calcular o
número de isômeros pelas fórmulas abaixo:
Isômeros opticamente ativos = 2n
Isômeros Racêmicos = 2n – 1
n = n.° de carbonos assimétricos
Moléculas com dois carbonos assimétricos
iguais
2,3 - Butanodiol
Podemos afirmar que cada um dos carbonos
assimétricos irá desviar a luz de um mesmo
ângulo ∝ qualquer.
Teremos, então, as seguintes possibilidades:
Cada carbono desvia a luz polarizada de um
ângulo ∝ para a direita. O desvio final será à
direita e o composto será dextrógiro.
+∝ +∝ = +2∝
Cada carbono desvia a luz polarizada de um
ângulo ∝ para a esquerda. O desvio final será à
esquerda e o composto será levógiro.
–∝ –∝ = –2∝
Um dos carbonos desvia a luz polarizada de um
ângulo ∝ para a direita e o outro carbono
desvia a luz polarizada de um ângulo para a
esquerda. O desvio final será nulo e o
composto opticamente inativo por compensação
interna, ou seja, de dentro da molécula.
+∝–∝ = 0
A esse isômero inativo por compensação interna
damos o nome de meso.
Portanto, o 2,3 - butanodiol possui 4 isômeros
ópticos.
2,3 - butanodiol dextrógiro (ativo)
2,3 - butanodiol levógiro (ativo)
1 mistura racêmica
2,3 - butanodiol meso (inativo)
Observe o esquema:
Isomeria óptica sem carbono assimétrico
Existem moléculas orgânicas que são
assimétricas, sem possuírem carbonos
assimétricos. Vamos estudar os dois casos mais
comuns: os dos compostos alênicos e dos
compostos cíclicos.
Compostos alênicos (alcadienos acumulados)
O aleno é o mais simples dos alcadienos:
Seus derivados apresentarão atividade óptica
desde que:
R1≠R2 R3≠R4
Essas moléculas são assimétricas e nãosuperponíveis,
como imagens “ao espelho”.
Conseqüentemente, teremos os isômeros
dextrógiro, levógiro e o racêmico, que
podemos representar, abreviadamente, da
seguinte maneira :
Compostos cíclicos
Seja, por exemplo, o composto 1,2 - dicloro -
ciclo - propano. Lembrando que o anel do ciclopropano
é plano, teremos as seguintes
disposições:
Este é um caso interessante, no qual surgem,
simultaneamente, a isomeria óptica e a
geométrica: o isômero cis é inativo; na forma
trans, há isomeria óptica, aparecendo, então, os
isômeros dextrógiro, levógiro e o racêmico.
Anota
Aí!
Pontos de fusão e de ebulição
Nos estados sólido e líquido, as moléculas
encontram-se próximas umas das outras
apresentando ligações intermoleculares (Van der
Waals, dipolo-dipolo ou pontes de hidrogênio).
Ebulição é a passagem de uma substância do
estado líquido para o gasoso. Já a fusão é a
passagem do estado sólido para o estado líquido.
Nos dois processos, ocorre um afastamento das
moléculas que só será possível com o
rompimento das ligações intermoleculares.
Fatores que influenciam a mudança de
estado:
1. Tamanho da cadeia ou peso molecular
Quanto maior for a cadeia carbônica, maior será
a superfície de contato entre as moléculas e o
número de ligações intermoleculares. Com isso,
a energia necessária para a mudança de estado
(ruptura de ligações) será maior.
Exemplo:
2. Presença de ramificações
A presença de uma ramificação diminui o
contato entre as moléculas facilitando a ebulição
da substância.
Exemplo:
3. Polaridade
Quanto maior for a polaridade de uma
substância maior será a energia necessária para
o rompimento de suas interações. Com isso, o
ponto de ebulição aumenta.
Exemplo:
Para cadeias de mesmo tamanho
Platelmintos
Os platelmintos vermes de corpo achatado
dorsoventralmente, podem ter vida livre ou ser
parasitas. Aqueles que têm vida livre habitam
solos úmidos ou ambientes aquáticos marinhos
ou de água doce.
As tênias parasitam animais, inclusive o ser
humano, provocando a teníase.
Os esquistossomos provocam a esquistossomose.
A Fasciola hepática parasita carneiros.
Classificação
• Classe turbelária-Planária.
• Classe trematoda-Schistosoma mansoni,
Fasciola hepática.
• Classe cestoda-Taenia sp
Classe turbelária
Os Platyhelminthes de vida livre, membros da
classe Turbellaria, são provavelmente os mais
primitivos dentre todos os animais bilaterais.
Seu pequeno tamanho, baixo nível de cefalização,
condição acelomada, e a ausência de
um ânus são provavelmente características
primitivas. Além do mais, existem algumas
espécies com células epitélio-musculares e um
sistema nervoso na forma de uma rede nervosa.
Os turbelários são predadores e saprófagos. A
digestão é inicialmente extracelular e posteriormente
intracelular. As espécies pequenas
possuem um intestino simples com formato de
saco com uma faringe simples ou bulbosa. As
espécies grandes têm um intestino ramificado e
uma faringe plicada, usualmente tubular. A
reprodução pode ser feita de forma assexuada,
por bipartição longitudinal, ou sexuada por
fecundação cruzada. Todas as espécies de
planária são hermafroditas.
Planária
Classe cestoda
Classe com ausência de tubo digestório.
Teníase
A teníase pode ser causada pela Taenia solium
ou Taenia saginata.
Uma pessoa contaminada, ao defecar, elimina
no ambiente, com as fezes, ovos de tênia. Esses
ovos podem ser ingeridos por porcos ou por
gado, e chegar ao intestino. Os ovos rompemse
e liberam a oncosfera que perfura o intestino,
atinge a corrente-sangüínea e aloja-se nos
músculos, evoluindo para um cisto, o cisticerco.
O tecido muscular onde está o cisticerco forma
uma reação inflamatória granular, conhecida
popularmente como canjiquinha.
Se uma pessoa ingerir essa carne crua ou
malpassada, será contaminada. O cisticerco, ao
chegar ao duodeno, inverte-se, libera o escólex
e fixa-se no intestino delgado. Em dois meses, a
tênia começa a eliminar proglótides grávidas.
Esquema do ciclo de vida da Täenia solium
Cisticercose
A cisticercose ocorre quando o ser humano
ingere ovos de T. Solium, diretamente de água
ou de hortaliças contaminadas. Pode também
ser adquirida por reinfestsação, isto é, quando o
ser humano ingere ovos eliminados pela tênia
presente em seu intestino.
Os ovos rompem-se e evoluem para cisticercos.
Quando o cisticerco se aloja no cérebro, pode
causar dores de cabeça, convulsões e até a
morte. Nesse caso, a doença chama-se neurocisticercose.
Ambas as tênias causam teníase. A cisticercose
é mais comumente provocada pela T. Solium.
Hospedeiros
Hospedeiros são organismos nos quais os
parasitas se desenvolvem.
Eles são hospedeiros intermediários (HI)
quando o parasita neles se desenvolve até a
forma de larva e ocorre reprodução assexuada,
ou hospedeiros definitivos (HD) quando a larva
neles encontra ambiente favorável para desenvolver-
se até a fase adulta ocorrendo reprodução
sexuada.
Na teníase, porco e boi são hospedeiros
intermediários e o ser humano é o hospedeiro
definitivo. Na cisticercose, o ser humano
assume o lugar de hospedeiro intermediário.
Para prevenir teníase e cisticercose, é fundamental
educação sanitária, orientando as
pessoas para que eliminem fezes em locais
próprios, bebam água tratada, lavem bem as
hortaliças antes de come-las, não se alimentem
de carnes cruas ou malpassadas e lavem as
mãos antes das refeições.
O tratamento é feito com remédios denominados
vermífugos.
Classe Trematoda
Esquistossomose ou barriga d’água
A esquistossomose ou barriga d’água é causada
pelo Schistosoma mansoni.
Uma pessoa contaminada, ao defecar, elimina
ovos de esqsuistossomo. Esses ovos são carregados
para lagoas de águas calmas ou paradas.
Nessas águas, transformam-se em larvas ciliadas,
os miracídios, que permanecem na água até
penetrarem em caramujos dos gêneros
Biomphalaria ou Australorbis.
No caramujo, os miracídios fazem reprodução
assexuada, formando larvas ciliadas, as
cercarias. Quando o caramujo morre, as
cercarias são liberadas na água.
Lagoas de coceira e ascite
As lagoas que contêm cercárias são conhecidas
como lagoas de coceira, pois ao penetrar na
pele, as larvas causam reação alérgica com
intensa coceira.
Na esquistossomose há aumento do fígado e do
baço obstruindo, parcialmente, a passagem do
sangue. Essa obstrução aumenta a pressão no
interior das veias e faz o sangue procurar um
trajeto alternativo. O resultado é um grande
aumento das veias superficiais e o
extravasamento de plasma para dentro do
abdome. Daí o nome ascite ou barriga d’água.
Biologia
Professor JONAS Zaranza
Texto para as próximas 2 questões.
(Enem 98) Em uma aula de Biologia, o
seguinte texto é apresentado:
Lagoa azul está doente
Os vereadores da pequena cidade de
Lagoa Azul estavam discutindo a situação
da Saúde no Município. A situação era
mais grave com relação a três doenças:
Doença de Chagas, Esquistossomose e
Ascaridíase (lombriga). Na tentativa de
prevenir novos casos, foram apresentadas
várias propostas:
Proposta 1: Promover uma campanha
de vacinação.
Proposta 2: Promover uma campanha
de educação da população com relação
a noções básicas de higiene, incluindo
fervura de água.
Proposta 3: Construir rede de saneamento
básico.
Proposta 4: Melhorar as condições de
edificação das moradias e estimular o
uso de telas nas portas e janelas e
mosquiteiros de filó.
Proposta 5: Realizar campanha de
esclarecimento sobre os perigos de
banhos nas lagoas.
Proposta 6: Aconselhar o uso controlado
de inseticidas.
Proposta 7: Drenar e aterrar as lagoas
do município.
01. Em relação à Esquistossomose, a
situação é complexa, pois o ciclo de
vida do verme que causa a doença tem
vários estágios, incluindo a existência
de um hospedeiro intermediário, um
caramujo aquático que é contaminado
pelas fezes das pessoas doentes.
Analisando as medidas propostas, o
combate à doença terá sucesso se
forem implementadas:
a) 1 e 6, pois envolvem a eliminação do
agente causador da doença e de seu
hospedeiro intermediário.
b) 1 e 4, pois além de eliminarem o agente
causador da doença, também previnem o
contato do transmissor com as pessoas
sãs.
c) 4 e 6, pois envolvem o extermínio do
transmissor da doença.
d) 1, 4 e 6, pois atingirão todas as fases do
ciclo de vida do agente causador da
doença, incluindo o seu hospedeiro
intermediário.
e) 3 e 5, pois prevenirão a contaminação do
hospedeiro intermediário pelas fezes das
pessoas doentes e a contaminação de
pessoas sãs por águas contaminadas.
02. Crianças que freqüentavam um tanque
de areia do condomínio onde residiam,
apresentaram, praticamente ao mesmo
tempo, uma parasitose conhecida
popularmente como “bicho geográfico”
ou “larva migrans”, cujo agente
etiológico é o ‘Ancylostoma braziliense’.
Quais os animais a seguir relacionados
poderiam ter sido responsáveis pela
contaminação da areia?
a) Ratos e pássaros.
b) Ratos e pombos.
c) Morcegos e pombos.
d) Cachorros e gatos.
e) Papagaios e pombos.
Desafio
Biológico
6
7
Esquema do ciclo de vida do Schistosoma mansoni
Se alguém ingerir essa água contaminada ou
banhar-se nela, as cercárias irão penetrar pela
pele e se alojar em veias próximas ao fígado,
onde irão originar adultos.
Após a cópula, a fêmea coloca os ovos na
parede externa do intestino grosso. Os ovos
perfuram o intestino, atingem seu interior e são
eliminados com as fezes.
Na esquistossomose, o caramujo é o hospedeiro
intermediário e o ser humano é o hospedeiro
definitivo.
Nematelmintos
Os nematódeos têm corpo cilíndrico, alongado,
com extremidades afiladas e simetria bilateral.
Alguns são microscópicos e outros têm mais de
um metro de comprimento. O corpo é revestido
por epiderme e, externamente a ela, por uma
cutícula resistente.
São triblásticos, protostômios e pseudocelomados:
a mesoderme reveste parcialmente a
cavidade do corpo. Nessa cavidade estão os
órgãos e o líquido pseudocelômico.
Classe Nematoda
Ascaridíase
A ascaridíase é causada pelo áscaris (Ascaris
lumbricoides), nematódeo conhecido popularmente
como lombriga. Instala-se no intestino
delgado e reproduz-se. A fêmea coloca até 200
mil ovos por dia e esses são eliminados nas
fezes do hospedeiro.
No ambiente, esses ovos contaminam frutas,
verduras, legumes e a água. Ao serem ingeridos,
chegam ao intestino delgado, abrem-se e liberam
larvas que migram pela mucosa intestinal até os
vasos sangüíneos. Na corrente sangüínea,
chegam ao fígado, ao coração e, depois, aos
pulmões. Nos pulmões, provocam uma reação
alérgica, com tosse e dificuldade respiratória.
Perfuram os alvéolos, chegam aos bronquíolos,
aos brônquios e à laringe. Da laringe, passam à
faringe, são deglutidas e voltam ao intestino onde
evoluem até a fase adulta.
Vermes adultos podem ser eliminados nas fezes
ou durante acessos de tosse ou vômitos.
A ascaridíase causa fraqueza, dores de cabeça,
cólicas abdominais intensas e diarréia. Podem
ocorrer complicações como perfuração intestinal
pelo verme e o chamado bolo de áscaris, em
que dezenas de vermes impedem a passagem
das fezes.
A prevenção é a medida mais eficaz: eliminar
fezes em locais adequados, lavar bem os
alimentos, beber água tratada ou fervida e lavar
as mãos antes das refeições. O tratamento é
feito com vermífugos.
Ancilostomíase
Mais conhecida como amarelão ou opilação, a
ancilostomíase é causada pelo Ancylostoma
duodenale.
O animal fixa-se e desenvolve-se no intestino
delgado do ser humano e alimenta-se de
hemácias. O hospedeiro fica fraco e com cor
amarelada, daí o nome da doença.
Os ovos fertilizados são eliminados com as
fezes e, no ambiente, liberam larvas. As larvas
entram através da pele, chegam ao sangue e
vão aos pulmões, à faringe e, finalmente, ao
intestino.
Esquema do ciclo de vida do Ancylostoma duodeale
A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais
adequados e usar calçados. O tratamento é feito
com vermífugos.
Oxiuríase
O Enterobius vermicularis parasita o intestino grosso,
causando oxiurose ou enterobiose, inflamação
com intenso prurido na região do ânus.
Ovos de oxiúros, presentes em água e em
hortaliças contaminadas, quando ingeridos pelo
ser humano, eclodem no intestino delgado,
liberando larvas. Essas migram para o intestino
grosso e tornam-se adultas. As fêmeas fecundadas
dirigem-se para a região anal, onde colocam
ovos, que são eliminados com as fezes.
A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais
adequados e manter limpas e aparadas as
unhas. O tratamento é feito com vermífugos.
Elefantíase
A elefantíase ou filariose é uma doença causada
pela Wuchereria bancroti, que vive no interior do
mosquito Culex pipiens.
O ser humano picado pelo mosquito desenvolve
a doença. O verme adulto, em forma de linha,
parasita os vasos linfáticos, obstruindo-os. Com
isso, há intenso inchaço, e o membro ou órgão
parasitado torna-se enorme, daí o nome
elefantíase.
Medidas de prevenção: combate ao mosquito e
uso de telas e mosquiteiros em regiões onde a
doença é comum. Não existe tratamento eficaz.
Desafio
Biológico
01. (FGV) A falta de instalações sanitárias
adequadas está diretamente relacionada
com as seguintes doenças endêmicas:
a) doença de Chagas, malária, amarelão
b) esquistossomose, doença de Chagas,
malária
c) bócio endêmico, amarelão, teníase
d) esquistossomose, doença de Chagas,
malária
e) esquistossomose, teníase, amarelão
02. (Fuvest) O ‘Ancylostoma’ é um parasita
intestinal que provoca o “amarelão”,
doença que se pode adquirir:
a) por picada de um hemíptero (barbeiro).
b) comendo carne de porco mal cozida.
c) comendo carne bovina contaminada.
d) por picada de pernilongo.
e) andando descalço.
03. (Fuvest) Qual a característica comum
aos organismos: plasmódio,
tripanossomo e solitária?
a) São hematófagos.
b) São endoparasitas.
c) São decompositores.
d) Vivem no intestino humano.
e) São unicelulares.
04. (Fuvest) Boca e sistema digestivo
ausentes, cabeça com quatro ventosas
musculares e um círculo de ganchos,
cutícula permeável a água e nutrientes e
que protege contra os sucos digestivos
do hospedeiro, sistema reprodutor
completo e ovos com alta tolerância a
variações de pH.
O texto descreve adaptações das
a) lombrigas ao endoparasitismo.
b) tênias ao endoparasitismo.
c) lombrigas ao ectoparasitismo.
d) tênias ao ectoparasitismo.
e) tênias ao comensalismo.
05. (Fuvest) Uma criança foi internada em
um hospital com convulsões e
problemas neurológicos. Após vários
exames, foi diagnosticada cisticercose
cerebral. A mãe da criança iniciou,
então, um processo contra o açougue
do qual comprava carne todos os dias,
alegando que este lhe forneceu carne
contaminada com o verme causador da
cisticercose. A acusação contra o
açougue
a) não tem fundamento, pois a cisticercose é
transmitida pela ingestão de ovos de tênia
eliminados nas fezes dos hospedeiros.
b) não tem fundamento, pois a cisticercose não
é transmitida pelo consumo de carne, mas,
sim, pela picada de mosquitos vetores.
c) não tem fundamento, pois a cisticercose é
contraída quando a criança nada em
lagoas onde vivem caramujos hospedeiros
do verme.
d) tem fundamento, pois a cisticercose é
transmitida pelo consumo de carne
contaminada por larvas encistadas, os
cisticercos.
e) tem fundamento, pois a cisticercose é
transmitida pelo consumo dos ovos da
tênia, os cisticercos, que ficam alojados na
carne do animal hospedeiro.
Genética – 1.a lei de Mendel
1. Uma das experimentações de Mendel e a
Primeira Lei
Em suas experimentações, Mendel procurava
cruzar sempre plantas que pertenciam a
linhagens que ele chamava de puras. Essas
linhagens eram aquelas que produziam sempre
descendentes com características que não
variavam de uma geração para outra. A obtenção
de linhagens puras em ervilhas é facilitada, pois a
autofecundação é o processo natural de
reprodução nessa espécie.
Vamos considerar, como exemplo, apenas uma
das sete características que Mendel analisou: a
forma da semente. Com relação a essa característica,
existem duas variedades: lisa e rugosa.
Mendel cruzou plantas puras de ervilha que
produziam sementes lisas com plantas puras que
produziam sementes rugosas. Essas plantas, que
dão início à experimentação, constituem a
geração de pais, ou geração parental,
representada pela letra P. Os descendentes dessa
geração P constituem a geração F, ou primeira
geração de filhos. Os descendentes de F1
constituirão a geração F2, e assim por diante.
Mendel observou que na geração F1, desse
cruzamento, todos os indivíduos produziam
sementes lisas. A variedade rugosa não aparecia
em F2. A seguir, Mendel deixou ocorrer a
autofecundação das plantas de F1 e analisou os
descendentes (geração F2). Ele pôde constatar
que em F2 cerca de 75% das sementes eram lisas
e 25% eram rugosas, o que dá uma proporção de
3 sementes lisas para 1 rugosa (3 : 1).
2. Alguns conceitos fundamentais em
Genética
No item anterior, introduzimos alguns termos
importantes para a compreensão dos mecanismos
de transmissão das características hereditárias.
Vamos, agora, apresentar outros termos.
2.1 Fenótipo e genótipo
A palavra característica ou caráter é utilizada
em Genética para designar qualquer
particularidade de um indivíduo. A cor de uma
flor é um caráter de uma planta; o tipo de
cabelos, a cor de olhos e o grupo sanguíneo
são caracteres de uma pessoa.
Um mesmo caráter pode apresentar duas ou
mais variáveis, sendo que a variável de cada
caráter é denominada fenótipo. Assim, para o
caráter "grupo sangüíneo do sistema ABO",
pode haver quatro fenótipos: grupo A, grupo B,
grupo AB e grupo O.
O termo fenótipo pode ser aplicado tanto ao
conjunto das variáveis dos caracteres manifestados
em um organismo como à variável de cada
caráter em particular. Os caracteres nem sempre
são visíveis, como é o caso do grupo sangüíneo
a que um indivíduo pertence. Para determiná-lo, é
necessário realizar testes especiais.
O termo genótipo pode ser aplicado tanto ao
conjunto total de genes de um indivíduo como a
cada par de genes em particular.
Os filhos herdam dos pais um certo genótipo,
que tem a potencialidade de expressar um
fenótipo. Um mesmo genótipo pode expressarse
por diferentes fenótipos, dependendo de sua
interação com o meio.
2.3 Dominância e recessividade
Quando, no indivíduo diplóide, uma vez
presente o alelo, o fenótipo por ele determinado
manifesta-se, diz-se que esse alelo é
dominante. No caso de o alelo precisar estar
em dose dupla para se manifestar, pois sozinho
não se manifesta, ele é chamado de recessivo.
Alelo dominante: é aquele que determina o
mesmo fenótipo, tanto em homozigose como
em heterozigose.
Alelo recessivo: é aquele que só se expressa
quando está em homozigose.
3. Genes letais
Em 1905, logo após o redescobrimento dos
trabalhos de Mendel, o geneticista francês
Cuénot estudava a herança da cor do pêlo de
camundongos, que é determinada por um par
de alelos com relação de dominância completa.
Verificou que todos os camundongos amarelos
eram heterozigotos, que os 'agutis" (selvagens)
eram homozigotos recessivos e que não havia
camundongos amarelos homozigotos. Ao cruzar
camundongos amarelos entre si, Cuénot sempre
obtinha uma proporção fenotípica de 2 amarelos
para 1 aguti (2 : 1), não se verificando a
proporção mendeliana esperada de 3 : 1. Para
explicar esse resultado, Cuénot propôs que o
espermatozóide portador do gene dominante
(A) não fecundava o óvulo portador do gene A.
Posteriormente, outros pesquisadores
verificaram que o indivíduo AA chegava a se
formar, mas morria no útero antes de nascer.
Propôs-se, então, que o gene A em dose dupla
era letal, ou seja, provocava a morte dos
indivíduos. Assim, esse gene, apesar de
dominante para cor do pêlo, é recessivo para a
letalidade, pois apenas em homozigose
determina a morte do indivíduo.
Genes que em homozigose determinam a morte
do indivíduo são denominados letais recessivos.
Identificar no livro do Amabis 3 (genética) codominância
e colocar a imagem das flores com
cores vermelhas, brancas e rosas. E a tabela
que mostra os frangos de cores brancas, pretas
e azuis.
8
Desafio
Biológico
Biologia
Professor GUALTER Beltrão
01. (UFSM) Em vários cultivos, o que se
deseja é a produção de sementes. Para
a produção de milho, por exemplo, é
necessário que ocorra a polinização. Se
o pólen de uma planta heterozigota para
um determinado loco gênico fecundar
os óvulos de uma planta também
heterozigota para esse loco, espera-se
que a F1 seja
a) 100% heterozigota.
b) 50% dominante e 50% recessiva.
c) 50% heterozigota, 25% homozigota
dominante e 25% homozigota recessiva.
d) formada por homozigotos para o alelo
dominante.
e) formada por homozigotos recessivos.
02. (PUC–MG) Em “Mirabilis jalapa” (maravilha),
o caráter tonalidade da cor das
folhas e ramos é transmitido geneticamente
através do citoplasma dos óvulos.
Três fenótipos são observados: verde;
verde pálido; variegadas (pigmentação
irregular). A tabela abaixo apresenta o
resultado de seis possíveis cruzamentos.
De acordo com a tabela e com seus
conhecimentos, é INCORRETO afirmar:
a) A propagação vegetativa de uma planta
verde deve produzir plantas verdes.
b) Genes estão envolvidos na determinação
dos fenótipos.
c) É uma herança ligada ao sexo em
vegetais.
d) O fenótipo pode ser influenciado por
fatores ambientais.
03. (Puccamp) Em aves, existe uma
anomalia que se caracteriza pelo
encurtamento das asas. Quando aves
anômalas heterozigóticas são cruzadas,
originam uma descendência com
indivíduos anômalos e normais numa
proporção de 2 :1, respectivamente. A
partir desses dados, é possível deduzir
que o alelo que condiciona a anomalia é
a) letal em homozigose. b) letal recessivo.
c) pleiotrópico. d) hipostático.
e) epistático.
04. (UERJ) Em determinado tipo de
camundongo, a pelagem branca é
condicionada pela presença do gene
“A”, letal em homozigose. Seu alelo
recessivo “a” condiciona pelagem
preta.
Para os filhotes vivos de um cruzamento
de um casal de heterozigotos, esperamse
as seguintes proporções de camundongos
de pelagem branca e preta,
respectivamente:
a) 1/2 e 1/2 b) 1/4 e 3/4
c) 2/3 e 1/3 d) 3/4 e 1/4
9
As Árvores genealógicas
Árvores genealógicas, heredogramas, ou
pedigrees são representações de famílias por
meios de diagramas. Com elas identificam-se as
relações entre pai e filho considerando-se um ou
mais caracteres genéticos estudados. Através
delas e usando-se a genética mendeliana podese
determinar o genótipo dos indivíduos
representados. Além disso, as genealogias não
só úteis para compreender o passado, como
também permite predizer a presença de
determinada característica em gerações futuras e
estimar a probabilidade de sua ocorrência.
Alguns dos símbolos usados na construção de heredogramas.
Exercícios
01. (PUC–MG) Analise o heredograma
para um fenótipo recessivo esquematizado
a seguir e assinale a afirmativa
INCORRETA.
a) As pessoas afetadas possuem pelo
menos um dos pais obrigatoriamente
afetado.
b) Aproximadamente 1/4 das crianças de
pais não-afetados pode ser afetado.
c) O fenótipo ocorre igualmente em ambos
os sexos.
d) Se um dos pais é heterozigoto, o alelo
recessivo pode ser herdado por
descendentes fenotipicamente normais.
02. (UFRS) João e Maria estão pensando
em ter um filho. João tem um irmão
albino e uma irmã com pigmentação
normal. Seus pais não são albinos,
porém João tem uma tia paterna
albina e um primo, por parte de mãe,
com a mesma característica. Já Maria
tem um avô materno e uma irmã
albinos e um irmão com pigmentação
normal. Os pais de Maria também têm
pigmentação normal.
Que informações permitem avaliar
com maior precisão as chances de
João e Maria terem um filho albino?
a) O fenótipo da irmã de João e o genótipo
do avô de Maria.
b) O genótipo da tia de João e o genótipo
do irmão de Maria.
c) O fenótipo do irmão de João e o
fenótipo da irmã de Maria.
d) O genótipo do primo de João e o
fenótipo da mãe de Maria.
e) O fenótipo do pai de João e o genótipo
do pai de Maria.
03. (UFRS) Leandro, preocupado com a
possiblidade de vir a ser calvo,
consultou um amigo que estava
estudando genética.Contou que,
embora seus pais não fossem calvos,
sua avó materna era. Na família do avô
materno, não havia histórico de calvície.
Seu amigo explicou que a calvície é
uma característica influenciada pelo
sexo e que se expressa nos homens
em homo e heterozigose e nas
mulheres, somente em homozigose.
Assim concluiu que a chance de
Leandro vir a ser calvo era de 50%.
Essa conclusão baseia-se no fato de
a) sua mãe ser heterozigota.
b) seu avô paterno ser calvo.
c) sua avó paterna ser heterozigota.
d) seu pai ser heterozigoto.
e) sua avó materna ser heterozigota.
01. (PUC–RS) Qual dos heredogramas a
seguir ilustra uma condição
biologicamente IMPOSSÍVEL?
02. (Ufmg) Analise o heredograma.
Em relação à característica representada
no heredograma, todas as alternativas
são possíveis, EXCETO
a) A herança pode ser autossômica.
b) A herança pode ser ligada ao sexo.
c) A herança pode representar uma família
de hemofílicos.
d) I-1 e I-2 podem ser heterozigotos.
e) II-2, II-5 e III-1 podem ser homozigotos
dominantes.
03. (UFMG) As pessoas podem detectar a
substância química feniltiocarbamida –
PTC – como um gosto amargo ou,
mesmo, não sentir qualquer sabor.
Observe este heredograma para a
capacidade de sentir o gosto dessa
substância:
Com base nesse heredograma e em
outros conhecimentos sobre o assunto,
é INCORRETO afirmar que
a) o alelo para a capacidade de sentir o
gosto do PTC é dominante.
b) o loco do gene em estudo está situado
em um cromossomo autossômico.
c) o risco de III.3 nascer incapaz de sentir o
gosto do PTC é de 50%.
d) os indivíduos I.1 e II.1 são heterozigotos.
04. (Mackenzie) Em drosófilas, o caráter asa
vestigial é recessivo em relação ao
caráter asa longa. Um macho puro de
asa longa é cruzado com uma fêmea de
asa curta. Um indivíduo de F1 é
retrocruzado com a fêmea parental e se
obtém 480 larvas. Supondo que todas
sofram metamorfose, o número
esperado de indivíduos de asa curta é
de:
a) 480. b) 120. c) 180.
d) 360. e) 240.
Desafio
Biológico
Desafio
Gramatical Texto
POÉTICA
Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de
ponto expediente
[protocolo e manifestações de apreço
[ao Sr. diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai
averiguar no dicionário o
[cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os
[barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as
[sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer
[que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos
[secretário do amante exemplar com
[cem modelos de cartas e as diferentes
[maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clown de Shakespeare
– Não quero mais saber do lirismo que não
[é libertação.
Perscrutando o texto
01. No verso 1, comedido significa:
a) medido em sílabas métricas;
b) prudente, moderado;
c) afoito;
d) fraco;
e) irresponsável.
02. No verso 4, a expressão “cunho
vernáculo de um vocábulo” significa:
a) feição genuína ou correta da palavra;
b) origem da palavra;
c) significado da palavra;
d) todos os sinônimos de um termo;
e) a etimologia da palavra.
03. No verso 5, puristas significa:
a) puro de alma ou de espírito;
b) simples;
c) pessoas que defendem as criaturas puras;
d) pessoas que pregam a pureza d’alma
para uma vida melhor;
e) pessoas exageradas quanto à pureza ou
à correção da linguagem.
04. Opte pela letra em que só existem
formas corretas do verbo averiguar
(verso 4) no presente do subjuntivo.
a) averígue, averígues, averiguemos,
averigueis, averíguem
b) averígüe, averígües, averigüemos,
averigüeis, averígüem
c) averigue, averigues, averigüemos,
averigüeis, averiguem
d) averigúe, averigúes, averigüemos,
averigüeis, averigúem
e) averigúe, averigúes, averiguemos,
averigueis, averigúem
05. No verso 6, barbarismo significa:
a) barbárie;
b) condição da gente bárbara;
c) erro de pronúncia, grafia, forma
gramatical ou significação;
d) pensamento globalizado;
e) linguagem arcaica.
06. Entende-se por “lirismo raquítico”
(verso 11):
a) lirismo inexpressivo;
b) lirismo que não é brasileiro;
c) lirismo que não é romântico;
d) lirismo fora do texto poético;
e) lirismo aplicado à prosa.
07. Entende-se por “lirismo sifilítico” (verso
12):
a) lirismo contaminado pela influência
romântica;
b) lirismo defeituoso, doente;
c) lirismo contagioso;
d) lirismo que veio de geração para geração;
e) lirismo insólito.
08. Na estrofe seguinte, pode-se notar:
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clown de Shakespeare
a) aliteração;
b) eufemismo;
c) animismo;
d) anáfora;
e) hipérbato.
09. Na verso seguinte, o vocábulo pára
está graficamente acentuado:
“Estou farto do lirismo que pára e vai
averiguar no dicionário o cunho vernáculo
de um vocábulo”
a) por ser verbo;
b) por ser forma do verbo parar;
c) por ser uma palavra tônica (acento
diferencial de tonicidade);
d) por ser uma palavra de som fechado
(acento diferencial de timbre);
e) por ser terceira pessoa do singular
(acento diferencial morfológico).
10. Sobre o verso seguinte, assinale a
afirmativa incorreta.
“Estou farto do lirismo que pára e vai
averiguar no dicionário o cunho vernáculo
de um vocábulo”
a) Trata-se de um período composto por
coordenação e por subordinação, com
três orações.
b) Há, no período, exemplo de oração
subordinada adjetiva.
c) A expressão “do lirismo” é complemento
nominal.
d) O substantivo lirismo é o sujeito de pára.
e) A expressão “no dicionário” é adjunto
adverbial de lugar.
11. Julgue o que se afirma sobre o trecho
seguinte:
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer
[que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos
[secretário do amante exemplar com
[cem [modelos de cartas e as diferentes
[maneiras de agradar às mulheres, etc.
Português
Professor João BATISTA Gomes
PRÓCLISE ESPECIAL
A base para se usar próclise (pronome átono
antes do verbo) está na presença de palavras
atrativas. Casos existem, entretanto, em que a
próclise é legítima sem a dependência de palavras
com poder de atração.
1. Prep “em” + “gerúndio”
As preposições não funcionam como palavras
atrativas. Mas a seqüência “em + verbo
no gerúndio” requer próclise.
Veja construções certas e erradas:
a. Em tratando-se de Zona Franca, há
poucos políticos bem informados.
(errado)
b. Em se tratando de Zona Franca, há
poucos políticos bem informados.
(certo)
c. Em tratando-se de língua, tinha preferência
pelo inglês. (errado)
d. Em se tratando de língua, tinha preferência
pelo inglês. (certo)
2. Orações optativas
Nas orações optativas (que exprimem desejo)
ou iniciadas por palavras
exclamativas, impõe-se a próclise.
Observe que, nesse caso, os substantivos
que precedem o verbo (Deus, diabo,
ventos, olhos, raios, macacos) não são
palavras atrativas.
Veja construções certas e erradas:
a. Deus ajude-o. (errado)
b. Deus o ajude. (certo)
c. Bons ventos levem-no! (errado)
d. Bons ventos o levem! (certo)
e. Que Deus o abençoe! (certo)
f. Bons olhos o vejam! (certo)
g. Raios o partam! (certo)
h. Macacos me mordam! (certo)
i. O diabo leve-te para bem longe
(errado)
j. O diabo te leve para bem longe (certo)
3. Pronomes interrogativos
Nas orações iniciadas com pronomes interrogativos
(quem, como, por que) a próclise
é obrigatória.
Veja construções certas e erradas:
a. Quem pronuncia-se a favor? (errado)
b. Quem se pronuncia a favor? (certo)
c. Como o indiciaram sem provas?
(certo)
d. Por que imputam-me estes crimes
todos? (errado)
e. Por que me imputam estes crimes
todos? (certo)
f. Quem me dará apoio neste pleito?
(certo)
g. Quem dar-me-á apoio neste pleito?
(errado)
h. Como se atrevem a dizer isso de mim?
(certo)
10
a. ( ) O vocábulo namorador tem função
de adjunto adnominal.
b. ( ) Há erro na grafia do vocábulo
co-senos.
c. ( ) Na construção “De todo lirismo que
capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo”, o sujeito de capitula
é o substantivo lirismo.
d. ( ) A construção com o verbo agradar
agride a norma culta da língua.
e. ( ) Há, na estrofe, exemplo de gradação.
12. No verso “– Não quero mais saber do
lirismo que não é libertação”, a
partícula “que” é:
a) conjunção subordinativa integrante (sem
função sintática);
b) conjunção subordinativa integrante (com
função de sujeito);
c) pronome relativo (com função de
sujeito);
d) pronome relativo (sem função sintática);
e) pronome relativo (com função de objeto
direto).
13. Escolha a frase em que o emprego do verbo
“querer” contraria a norma culta da língua.
a) Quero antes o lirismo dos loucos.
b) Quero-a muito, mas não lhe quero para
esposa.
c) Quero-lhe muito, mamãe!
d) O casal queira muito àquele filho.
e) O casal queira muito aquele filho.
Colocação Pronominal
1. PALAVRAS ATRATIVAS
Palavras existem que, dentro da frase, têm
poder de atração sobre os pronomes
pessoais oblíquos átonos (o, a, os, as; me,
te, se, nos, vos; lhe, lhes). É o que se
chama de caso de próclise.
A seguir, vamos expor as principais palavras
atrativas de nossa língua. Além de conhecêlas,
você aproveita para reforçar o conhecimento
sobre classe de palavras.
a) ADVÉRBIOS – Acaso, agora, ainda, ali,
antes, aqui, assim, bem, cá, depois,
então, já, lá, mal, muito, não, nunca,
sempre, somente, talvez, também.
Observação – Se houver pausa depois
do advérbio, expressa obrigatoriamente
pela vírgula, o pronome átono ficará
depois do verbo (ênclise).
Veja construções certas e erradas:
1. Aqui se faz o melhor pirarucu da
cidade. (certo)
2. Aqui faz-se o melhor pirarucu da
cidade. (errado)
3. Aqui, faz-se o melhor pirarucu da
cidade. (certo)
4. Agora me diga: existe prazer maior
que remar canoa por esses rios?
(certo)
5. Agora, diga-me: existe prazer maior
que remar canoa por esses rios?
(certo)
b) PRONOMES INDEFINIDOS – Algo,
alguém, algum, certo, muito, nada,
nenhum, ninguém, pouco, qualquer,
tanto, tudo, outrem, outro.
Veja construções certas e erradas:
1. Ninguém me incentivou para o bem;
talvez por isso eu seja mau. (certo)
2. Ninguém incentivou-me para o bem;
talvez por isso eu seja mau. (errado)
c) PRONOMES RELATIVOS – Que (= qual),
qual, quem, cujo, onde, quanto.
Veja construções certas e erradas:
1. As pessoas que me cercam são de
confiança. (certo)
2. As pessoas que cercam-me são de
confiança. (errado)
d) PRONOMES INTERROGATIVOS – Que,
qual, quem, onde, como, quanto.
Veja construções certas e erradas:
1. Quem te ensinou o segredo dos rios?
(certo)
2. Quem ensinou-te o segredo dos rios?
(errado)
e) CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS –
Que, quando, porque, embora, se, caso,
como, quanto, conquanto, segundo,
consoante, conforme.
Veja construções certas e erradas:
1. Quando nos aproximamos, notamos
que o barco estava cheio de
tartarugas (certo)
2. Quando aproximamo-nos, notamos
que o barco estava cheio de
tartarugas (errado)
f) PRONOMES DEMONSTRATIVOS –
Este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele,
aquela, aquilo.
Veja construções certas e erradas:
1. No interior, as pessoas matam araras
pelo simples prazer de matá-las. Isso
me deixa intrigado. (certo)
2. No interior, as pessoas matam araras
pelo simples prazer de matá-las. Isso
me deixa intrigado. (errado)
g) CONJUNÇÕES COORDENATIVAS – Têm
poder de atração apenas as seguintes:
ou, já, ora, quer (coordenativas alternativas),
porque (coordenativa explicativa).
Veja construções certas e erradas:
1. Ou se corrige o erro, ou se fica
calado. Algo tem que ser feito. (certo)
2. Ou corrige-se o erro, ou fica-se
calado. Algo tem que ser feito. (errado)
3. Quer se case, quer não se case, ela
terá que deixar a casa dos pais. (certo)
4. Quer case-se, quer não se case, ela
terá que deixar a casa dos pais.
(errado)
01. Os itens seguintes exibem trechos
modificados do livro Capítães da Areia,
de Jorge Amado. Escolha o item em
que a colocação pronominal não condiz
com a norma culta da língua.
a) A Entre os Capitães da Areia, quando
se é amigo, serve-se ao amigo.
b) A chuva curvava-os sob o grande
guarda-chuva branco da mãe-de-santo.
c) Quando a deixaram, rodeada das suas
filhas-de-santo, que lhe beijavam a mão,
Pedro Bala prometeu-lhe recuperar Ogum.
d) A maior parte dos meninos amontovamse
nos cantos onde ainda havia telhado.
e) O homem não gostou do desenho, se
deixou possuir de uma grande raiva,
levantou-se da cadeira e deu dois pontapés
no Professor.
02. (FGV) Assinale a alternativa em que o
pronome oblíquo átono NÃO está
devidamente colocado:
a) Nada disse-me meu chefe.
b) Meu chefe não me disse nada.
c) Nunca me deixe falando sozinha.
d) Jamais me deixe falando sozinha.
e) Quem me disse tudo isso foi a secretária
do chefe.
03. (FGV) “Nunca lhe prometi nada.” O
pronome pessoal oblíquo está em
a) ênclise, por força do modo verbal;
b) ênclise, por força do tempo verbal
c) próclise, por força da conjunção
subordinativa;
d) próclise, por força do advérbio;
e) próclise, por força da frase negativa.
04. (FGV) “Eu ...... visitei, depois ......
convidei para uma entrevista, mas não
...... vi mais.”
A alternativa que completa
corretamen-te as lacunas é
a) lhe, o, lhe b) lhe, lhe, lhe c)o, o, o
d) o, o, lhe e) o, lhe, o
05. Escolha a alternativa sem erro gramatical.
a) Acredita em mim: fazer-te-ei muito feliz.
b) Cristina, dizer-te-ei toda a verdade: eu
te traí duas vezes.
c) Se me fosse possível, trazer-te-ia para
bem perto de mim.
d) Dize-me a verdade: tu te importas com
o meu bem-estar?
e) Por que me desprezas? Só por que sou
apaixonado por ti?
Desafio
Gramatical
RESPOSTA APROVAR 31
EXERCÍCIO (p. 3)
01.CH3

a) H3C –– O –– C –– CH3;

CH3 CH3

b) H3C –– O –– CH2 –– CH

CH3
02. A; 03.
a) H2C = CH –– CH3 (1-Propeno);
CH3

b) H3C –– C –– CH3 (2-Metil-2-
propanal)
OH
04. E; 05. B; 06. A; 07. B; 08. C;
09. E; 10. E; 11. A;
DESAFIO QUÍMICO (p. 3)
01.C;
02. a) cadeia; b) não existe;
c) tautomeria, d) posição;
e) não existe; f) não existe;
g) compensação; h) função;
03.D; 04. B; 05. D;
DESAFIO QUÍMICO (p. 4)
01.
a) [H4] = 10-2 mol/L
[A-] = 10-2 mol/L
[HÁ] = 0,04 mol/L
[OH-] = 10-12 mol/L
b) 2,5 x 10-3
02.a) NaOH + CH3COOH
CH3COONa + H2O
b) 2%
03.a) 5,1 x 10-15
[H+] laranja
b) ––––––––––––– =10
[H+] maçã
04. D; 05. C (10.000);
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5)
01.A; 02. A; 03. D; 04. D; 05. D;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)
01.B; 02. B; 03. C;
EXERCÍCIO (p. 7)
01.B;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 7)
01.D; 02. A; 03. B; 04. D;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 8)
01.C; 02. B; 03. E; 04. B; 05. B;
06. A;
EXERCÍCIO (p. 9)
01.D; 02. B; 03. A;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 9)
01.A; 02. C; 03. B; 04. B; 05. D;
PERSCRUTANDO O TEXTO (p.10)
01.D; 02. E; 03. D; 04. E; 05. E;
06. C; 07. D; 08. E
EXERCÍCIO (p. 11)
01.F, F, V, V e V; 02. F, V, F, V e F;
03. C;
EXERCÍCIO (p. 11)
01.F, F, F, V e V; 02. B; 03. B;
DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)
01.E; 02. D; 03. C; 04. E; 05. E;
Governador
Eduardo Braga
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitora
Marilene Corrêa da Silva Freitas
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias Rocha
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30); sábados: reprise às 23h Postos de distribuição:
• Amazon Sat (21h30 às 22h)
• RBN (13h às 13h30) reprise: 5h30 e 7h (satélite) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(8h às 9h e reprise de 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.°
• Rádio Panorama de Itacoatiara (11h às 11h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (8h às 8h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(10h às 10h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e reprise de 12h às 12h30)
• Centros e Núcleos da UEA (12h às 12h30)
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar – Reitoria da UEA – Av. Djalma Batista,
3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM

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