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quinta-feira, 25 de junho de 2009

QUIM.. BIOL.. LITER..

Região da Indonésia devastada por tsunami, onda gigante
gerada por distúrbios sísmicos ou na superfície do mar
Vista aérea da praia de Ponta Negra, cartão postal da capital amazonense
• Química – Química orgânica
pg. 02
• Química – Oxidorredução
pg. 04
• Biologia – Ciclo celular
pg. 06
• Biologia – Ciclos biogeoquímicos
pg. 08
• Literatura – Pré-modernismo
pg. 10
2
Ministrado em 13 municípios do interior do
Estado, o curso de Ciência Política da
Universidade do Estado do Amazonas
completa, até o fim de junho, o ciclo de
formatura de seus novos bacharéis, ao
todo, mais de 700. Inédito na região, o
curso foi o mais procurado no vestibular de
2002, com mais de 12 mil candidatos
inscritos.
Oferecido em caráter especial para atender
à necessidade específica de formação de
recursos humanos no interior do Amazonas,
o curso teve início em agosto de 2002, e
agora forma líderes e empreendedores
políticos capazes de desenvolver um novo
estilo de gestão pública, com vistas à
geração de novos conhecimentos e à
introdução de procedimentos e técnicas
inovadoras nos diversos organismos do
Estado.
O curso foi ministrado nos municípios de
Tabatinga, Tefé, Maués, Boca do Acre,
Itacoatiara, Humaitá, Manacapuru, Eirunepé,
Carauari, Coari, São Gabriel da Cachoeira,
Manicoré e Parintins com a mesma
metodologia do Programa Especial de
Formação de Professores (Proformar):
transmissão simultânea, via satélite, a partir
de um estúdio equipado com modernos
recursos tecnológicos.
Nesse Sistema Presencial Mediado, as
aulas são ministradas por professores, a
partir de um estúdio montado em Manaus e
transmitidas, ao vivo, via satélite, para todas
as salas de aula dos municípios, que são
equipadas com TV, linha telefônica, fax,
computador e Internet.
As disciplinas do curso, oferecido em
módulos, são preparadas por um grupo de
especialistas, mestres e doutores de várias
áreas, como Direito, Administração,
Contabilidade, Economia e Ciências Sociais.
Depois, são roteirizadas por uma equipe de
produção e levadas ao ar com a
participação da mesma equipe.
Nas salas de aula, localizadas nas unidades
da UEA, no interior, um professor
especialista, que recebeu treinamento
especial, acompanha o aluno, tirando
dúvidas, controlando a freqüência, a
utilização dos recursos de comunicação e
fazendo avaliações preliminares. Para obter
aprovação, cada aluno teve que atingir
média 6 e 75% de freqüência.
As dúvidas que não podem ser esclarecidas
pelo professor local são encaminhadas para
Manaus por telefone ou Internet. Um
sistema “call center”, com 16 atendentes,
está preparado para receber as perguntas e
encaminhar aos professores, que
respondem em tempo real.
UEA gradua mais de
700 bacharéis em
Ciência Política Química orgânica
Química Orgânica é a parte da química que
estuda os compostos do carbono.
Vale ressaltar que nem todos os compostos
formados por carbono são orgânicos, devido às
características inorgânicas presentes em alguns
deles. Ex.: CO2, H2CO3, CO, HCN, etc.
O átomo de carbono
• É Tetravalente
• Forma Múltiplas Ligações.
Sigma (σ) – É a primeira ligação entre dois átomos.
Ocorre, neste caso, uma superposição de orbitais.
Pi (π) – São as segundas e terceiras ligações
entre dois átomos. Agora, o que ocorre é uma
aproximação entre os orbitais.
Exemplo:
C – C C = C C C
1 ligação σ 1 ligação σ 1 ligação σ
1 ligação π 2 ligações π
• O carbono liga-se a várias classes de
elementos químicos.
• Forma cadeias.
• Classifica-se em:
Primário: quando está ligado somente a um
outro carbono.
Secundário: quando está ligado a dois outros
carbonos.
Terciário: quando está ligado a três outros
carbonos.
Quaternário: quando está ligado a quatro outros
carbonos.
Hibridização do carbono
sp3 (tetraédrica)
• é a fusão de quatro orbitais (um do tipo s e
três do tipo p) formando quatro orbitais do tipo
sp3;
• forma somente ligações simples;
• ângulo entre as valências: 109° 28’;
• é característica dos alcanos;
• carbono liga-se a outros quatro átomos.
sp2 (trigonal)
• é a fusão de um orbital s com dois orbitais p
formando três orbitais do tipo sp2;
• forma duas ligações simples e uma dupla;
• ângulo entre as valências: 120°;
• é característica dos alcenos;
• carbono liga-se a outros três átomos.
sp (linear)
• é a fusão de um orbital s com um p formando
dois orbitais do tipo sp;
• pode formar:
– duas ligações simples e uma tripla;
– duas ligações duplas;
• ângulo entre as valências: 180°;
• é característica dos alcinos e alcadienos;
• carbono liga-se a outros dois átomos.
Tipos de cadeias carbônicas
• Aberta, acíclica ou alifática:
Exemplo:
H H H H

...–– C –– C –– C –– C ––...

H H H H
• Fechada ou cíclica:
Exemplo:
CH2
CH2 CH2

CH2 ––––– CH2
Quanto à disposição dos átomos
• Normal: quando o encaminhamento segue
uma seqüência única.
Exemplo:
H H H H

...–– C –– C –– C –– C ––...

H H H H
• Ramificada: quando na cadeia surgem
“ramos” ou “ramificações”.
Exemplo:
CH3 –– CH2 –– CH –– CH2 –– CH2 –– CH3

CH2
ramificação
CH3
Quanto aos tipos de ligações
• Saturada: quando existem apenas ligações
sigmas.
Exemplo:
H H H H

...–– C –– C –– C –– C ––...

H H H H
• Insaturada: quando existe pelo menos uma
ligação pi entre os átomos de carbono.
• Exemplo:
CH3 –– CH == CH –– CH2 –– CH3
Quanto à natureza dos átomos
• Homogênea: quando, na cadeia, só existem
átomos de carbono.
H H H H

...–– C –– C –– C –– C ––...

H H H H
Exemplo:
CH3 –– CH2 –– CH –– CH2 –– CH3

O ––
• Heterogênea: quando, na cadeia, além dos
átomos de carbono, existem átomos de outro
elemento (heteroátomos).
Exemplo:
CH3 –– CH2 –– O –– CH2 –– CH3
CLASSES FUNCIONAIS
ALCANOS
São hidrocarbonetos acíclicos e saturados, isto
é, têm cadeias abertas e apresentam apenas
ligações simples entre seus carbonos.
Nomenclatura: prefixo + ANO
Prefixos: Observe abaixo a tabela de prefixos
que servirá para determinar a nomenclatura de
todos os compostos orgânicos.
Fórmula Geral: CnH2n+2
Exemplo: CH3 – CH2 – CH3 – propano
ALCENOS
São hidrocarbonetos acíclicos, contendo uma
única dupla ligação.
Nomenclatura: prefixo + ENO
• A cadeia principal é a mais longa, contendo,
porém, a dupla ligação.
• A numeração da cadeia principal ocorre a
partir do carbono mais próximo da insaturação.
Fórmula Geral: CnH2n
Exemplos: CH2 = CH – CH3 – propeno
ALCINOS
São hidrocarbonetos acíclicos, contendo uma
única ligação tripla.
Nomenclatura: prefixo + INO
As regras de nomenclatura seguem a dos
alcenos.
Fórmula Geral: CnH2n - 2
Exemplo: CH ≡ C – CH3 – propino
Nº de
carbonos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Prefixo MET ET PROP BUT PENT HEX HEPT OCT NON DEC
Química
Professor MARCELO Monteiro
3
Desafio
Químico
01. AZT (3–azido–3–deoxitimidina), que
possui a capacidade de inibir a
infecção e os efeitos citopáticos do
vírus da imunodeficiência humana do
tipo HIV–1, o agente causador da AIDS,
apresenta a seguinte estrutura:
a) Quantos átomos de carbono estão
presentes em uma molécula de AZT?
b) E de oxigênio?
02. Um composto é representado pela seguinte
fórmula estrutural:
H H H

H –– C –– C –– C –– C –– H

H O H H
As hibridizações dos átomos de
carbono do composto, contados da
esquerda para a direita, são:
a) sp3, sp, sp2, sp3. b) sp3, sp2, sp, sp3.
c) sp3, sp2, sp3, sp3. d) sp2, sp, sp2, sp2.
e) sp3, sp2, sp2, sp3.
03. (PUC) Quantas ligações π, no total,
existem no composto representado
pela fórmula abaixo?
CH ≡ C – C = C = CH – C ≡ CH

CH3
a) 2 b) 3 c) 4
d) 5 e) 6
04. (UFF) O indol, uma substância formada
durante o processo de decomposição
de proteínas, contribui para o odor
característico das fezes:
A fórmula molecular e o número de
ligações π, presentes na estrutura do
indol, são, respectivamente:
a) C8H7N; quatro. b) C8H3N; uma.
c) C8H7N; três. d) C9H5N; quatro.
e) C6H9N; uma.
05. (UERJ) Na composição de corretores
do tipo Liquid Paper, além de
hidrocarbonetos e dióxido de titânio,
encontra-se a substância isocianeto de
alila, cuja fórmula estrutural plana é
representada por:
CH2 = CH – CH2 – N = C = O
Com relação a esta molécula, é correto
afirmar que o número de carbonos com
hibridização sp2 é igual a:
a) 1 b) 2 c) 3
d) 4
ALCADIENOS
São os hidrocarbonetos que apresentam cadeia
aberta e insaturada, com duas ligações duplas.
Nomenclatura: prefixo + DIENO
Fórmula Geral: CnH2n – 2
Exemplo: CH2 = C = CH2 – propadieno
CICLANOS
São hidrocarbonetos que apresentam cadeia
fechada ou mista e saturada.
Nomenclatura: CICLO + prefixo + ANO
Fórmula Geral: CnH2n
Exemplo:
CH2 –– CH2
ou ciclobutano
CH2 –– CH2
CICLENOS
São hidrocarbonetos que apresentam cadeia
cíclica ou mista e insaturada, com uma ligação
dupla.
Nomenclatura: CICLO + prefixo + ENO
Fórmula Geral: CnH2n - 2
Exemplo:
CH2 –– CH
ou ciclobuteno
CH2 –– CH
Hidrocarbonetos aromáticos
São os hidrocarbonetos que possuem um ou
mais anéis benzênicos (também chamados
aromáticos).
Nomenclatura: .......... BENZENO
Fórmula estrutural:
1,2 – dimetil – 3 – etil – benzeno
Formula Geral: CnH2n – 6
RADICAIS
• 1 carbono: CH3 – metil(a)
• 2 carbonos: CH3 – CH2 – etil
• 3 carbonos: CH3 – CH2 – CH2 – n-propil
• 4 carbonos:
CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – n-butil
CH3 – CH2 – CH – sec butil
I
CH3

CH3 –– C –– CH3 terc-butil ou t-butil

CH3
CH3 – CH – CH2 – sec butil
I
CH3
Radicais arilas
A valência livre encontra-se num carbono pertencente
a um núcleo aromático.
São eles:
Nomenclatura para hidrocarbonetos
Veremos, agora, algumas regras para
nomenclatura de todos os hidrocarbonetos
estudados, seguindo as normas da IUPAC (União
Internacional de Química Pura e Aplicada).
Para dar nome a um composto com cadeia
ramificada, damos os seguintes passos:
• Determinamos a cadeia principal e seu nome.
• Numeramos os carbonos da cadeia principal.
• Identificamos o(s) radical(ais) e sua
localização.
Localização dos radicais na cadeia principal
A localização dos radicais deve ser dada pela
numeração dos carbonos da cadeia principal,
segundo as regras já estudadas.
• Iniciar pela extremidade mais próxima da
característica mais importante dos
compostos, na ordem:
grupo funcional > insaturação > radical.
• A numeração deve seguir a regra dos
menores números possíveis.
• Se, após as regras anteriores, ainda restar
mais de uma possibilidade, iniciar a
numeração pela extremidade mais próxima do
radical mais simples (o menos complexo).
• Em caso de dois ou mais radicais iguais na
mesma cadeia, usar os seguintes prefixos para
indicar a quantidade, ligados ao nome dos radicais:
di (2 radicais iguais), tri (3 radicais iguais),
tetra (4 radicais iguais). Não se esqueça de que
os números (numeração dos carbonos) indicam
a localização e não a quantidade de radicais.
• O nome do último radical mencionado deve
vir ligado ao nome da cadeia principal, exceto
nos casos em que o nome da cadeia principal
começar com a letra h (hex, hept), caso em
que deve vir precedido de hífen.
• Os radicais podem ser mencionados em
ordem de complexidade (por exemplo: metil
antes de etil), ou ainda em ordem alfabética
(etil antes de metil). A ordem alfabética é
bem menos usada.
Exercícios
01. Na estrutura:
CH3 H H C

CH3 –– C –– C –– C –– C –– CH3

H CH3 H CH3
As quantidades totais de átomos de
carbono primário, secundário e
terciário são respectivamente:
a) 2, 3 e 4; b) 2, 4, e 3; c) 3, 3, e 2;
d) 5, 1 e 3; e) 5, 2 e 2.
02. (UFF) Considerando-se o composto:
Indique, respectivamente, o número de
ligações sigma, π e o tipo de hibridização
do composto:
a) 6; 1; sp3 b) 10; 1; sp3 c) 11; 2; sp3
d) 14; 4; sp2 e) 14; 1; sp2
03. Determine o número de hidrocarbonetos
diferentes de massa molecular igual a 70.
04. Qual dos compostos abaixo não
existe?
a) propino; b) 2–metil propino;
c) 2–metil propeno; d) 2–metil propano;
e) etano.
4
01. Os estados de oxidação (Nox) dos
elementos destacados nas fórmulas:
ácido metanóico, HCOOH, peróxido de
bário, BaO2, hidreto de berílio, BeH2,
sulfeto de potássio, K2S, são, respectivamente:
a) –2 ; +4 ; +1 ; –2
b) +2 ; +2 ; –1 ; +2
c) –2 ; +2 ; +1 ; –2
d) +2 ; +2 ; –1 ; –2
e) +2 ; +4 ; +1 ; +2
02. Descobertas recentes da medicina
indicam a eficiência do óxido nítrico,
NO, no tratamento de determinado tipo
de pneumonia. Sendo facilmente
oxidado pelo oxigênio a NO2, quando
preparamos, em laboratório, o óxido
nítrico deve ser recolhido em meio que
não contenha O2. O nox do nitrogênio
no NO e NO2 são respectivamente :
a) +3 e +6
b) +2 e +4
c) +2 e +2
d) zero e +4
e) zero e +2
03. Desafio – Indique o número de oxidação
(NOX) de cada elemento no íon a seguir;
PtCl6
–2
a) +2 ; –2
b) + 4 ; –1
c) +3 ; –6
d) +2 ; –4
e) –2 ; +2
04. Nas opções seguintes, estão representadas
equações químicas de reações que
podem ocorrer, em soluções aquosas,
com os diversos óxidos de crômio.
Qual dessas opções contêm a equação
que representa uma reação de óxidorredução?
a) 2CrO4
–2 + 2H3O+1 → 1Cr2O7
–2 + 3H2O
b) 1Cr2O3 + 6H3O+1 → 2Cr+3 + 9H2O
c) 2Cr2O3 + 2OH–1 → 1Cr2O4
–2 + 1H2O
d) 2Cr2O7
–2 + 2H3O+1 → 1CrO3 + 3H2O
e) 2Cr2O7
–2+16H3O+1 → 4Cr+3+3O2+24H2O
05. Para a equação não-balanceada:
MnO2+KClO3+KOH → KMnO4+KCl+
H2O
Assinale a opção incorreta:
a) A soma de todos os coeficientes estequiométricos,
na proporção mínima de
números inteiros, é 17.
b) O agente oxidante é o KClO3 .
c) O agente redutor é o MnO2 .
d) O número de oxidação do manganês no
MnO2 é duas vezes o número de oxidação
do hidrogênio.
e) Cada átomo de cloro ganha seis elétrons.
Desafio
Químico Oxidorredução
Significa transferência de elétrons e, conseqüentemente
variação do n.° de oxidação (nox).
Conceitos
1. Oxidação: oxidar significa perder elétrons e,
conseqüentemente, aumentar o nox.
2. Redução: reduzir significa, ganhar elétrons e
conseqüentemente, diminuir o nox.
3. Agente oxidante: é a espécie química que
contém o elemento que sofre redução. O
oxidante provoca a oxidação de outra
espécie química na reação.
4. Agente redutor: é a espécie química que
contém o elemento que sofre oxidação. O
redutor provoca a redução de outra espécie
química na reação.
Observações:
1 Quem oxida ou quem reduz é sempre
elemento químico.
2 O agente oxidante e o agente redutor
sempre estão do lado dos reagentes da
reação.
5. Número de oxidação: é a carga que o
elemento tem ou adquire durante a reação.
Tipos de nox:
a) Nox real: é a carga que o elemento já
possui. É característica de compostos
iônicos.
Ex.:
b) Nox aparente: é a carga que o elemento
adquire quando suas ligações forem
rompidas durante a reação. É característica
de compostos covalentes.
Obs.: Nox na ligação covalente dativa ou
coordenada.
Situação “A”
Ex.1.: CO Ex.2:
Situação “B”
Ex.3: HClO4
Regras para o cálculo de nox.
1. O nox de uma substância simples ou de um
elemento químico vale sempre zero.
2. O nox de íon é igual à sua própria carga.
3. O nox do hidrogênio vale geralmente +1,
exceto nos hidretos metálicos (hidrogênio
ligado a metal) que vale –1.
Ex.:
4. O nox do oxigênio vale geralmente –2;
exceto:
a) Nos peróxidos vale –1 (O2
–2)
H2O2 →
b) Nos superóxidos vale –1/2 (O4
-2)
c) Nos flutores vale +2
O2F2 →
5. O somatório das cargas de uma molécula
vale sempre zero.
Ex.:
6. O somatório das cargas de um agrupamento
iônico (reunião de átomos em desequilíbrio
elétrico) é igual à carga do agrupamento.
Ex.:
7. O nox dos halogênios, quando estão na
extremidade mais eletronegativa (direta), vale
–1. Quando estão em outra posição, o nox é
variável.
• Nox mínimo: é a carga que o elemento
necessita para atingir o octeto.
• Nox máximo: é a carga que o elemento
adquire quando perde todos os elétrons da
última camada. O nox máximo coincide com
o n.° do grupo.
Obs.: 4A, 5A, 6A, 7A NOX MÍNIMO
NOX MÁXIMO
Aplicação
(UFG–RJ) O nox dos halogênios nos
compostos KBr ; NaIO3; F2: Cl2O3; é
respectivamente :
a) – 1; +5; 0; +3
b) –1; –5; –2; –3
d) +1; +3; 0; +5
c) +1 ; –1 ; –2 ; +2
e) –1 ; - 1 ; -1 ; -1
Solução:
Resposta: a) – 1; +5 ; 0; +3
8. O nox dos calcogênios (O, S, Se, Te, Po),
quando estão na extremidade mais
eletronegativa (direta), vale –2. Quando estão
em outra posição, o nox é variável.
Obs.: Na pirita (FeS2), embora o enxofre
esteja na extremidade mais eletronegativa,
seu nox não é –2 e sim –1.
Balanceamento de equações pelo método
Química
Professor CLÓVIS Barreto
5
redox:
Passos para o balanceamento de equações
pelo método redox:
1.° Calcular o nox de cada elemento na equação.
2.° Verificar quem varia o nox de um lado para
outro na reação e traçar os ramais oxi-red.
3.° Montar dois quadros. Um para oxidação e
outro para redução. É necessário que a
substância candidata a ir para um dos
quadros não tenha nox repetido na equação.
Caso ambas as substâncias não tenham nox
repetido na equação, vai para o quadro, na
seguinte sequência:
1. A substância de maior atomicidade (é o
número de átomos do elemento que
constitui a substância).
2. A substância de maior número de
elementos diferentes.
4.° Calcular, inverter e, se possível, simplificar o
delta (Δ).
Obs.: Cálculo do delta (Δ).
5.° Prosseguir o balanceamento por tentativa,
sendo que o último elemento a ser balanceado
é o oxigênio, e o penúltimo o hidrogênio.
Ex.: 1. KMnO4 + H2C2O4 + H2SO4 → K2SO4
+ MnSO4 + CO2 + H2O
2. Cu + HNO3 → Cu(NO3)2 + NO + H2O
Aplicação
Faça o balanceamento da reação abaixo :
Cl2(g)+C(s)+H2O(l) → CO2(g)+H3Oa
+1
q+ Cl(aq)
–1
Solução: 1.° Passo
2.° Passo :
3.° Passo:
4.° Passo
4Cl2(g)+C(s)+H2O(l) → 2CO2(g)+H3O(a
+1
q+ Cl(aq)
–1
4Cl2(g)+2C(s)+H2O(l) → 2CO2(g)+8H3O(a
+1
q+
4Cl(aq)
–1
2Cl2(g)+1C(s)+6H2O(l) → 1CO2(g)+4H3O(a
+1
q+
4Cl(aq)
–1
Casos particulares de balanceamento por
oxidorredução.
1.° Quando ocorre auto oxidorredução.
Obs.:
1. A substância ou o elemento que sofre auto
oxirredução não vai para o quadro.
2. A substância ou o elemento que sofre auto
oxirredução pode funcionar tanto como
oxidante quanto como redutor, desde que
esteja no lado dos reagentes.
Ex.: 1. Cl2+NaOH → NaCl+NaClO3+H2O
2.° Quando ocorre dupla oxidação e ou dupla
redução.
Obs.:
1. A substância que sofre dupla oxidação ou
dupla redução necessariamente vai para o
quadro.
2. Antes de inverter o delta, devem-se somar
os deltas da dupla oxidação ou da dupla
redução para depois inverte-los.
Ex.: As2S3+HNO3+H2O → H2SO4+ H3AsO4+
NO
3.° Quando aparece equação iônica.
Obs.:
1. O nox de um íon é igual à sua própria carga.
2. O somatório das cargas de um agrupamento
iônico é igual à carga do agrupamento.
3. Se durante o balanceamento de uma eq.
Iônica houver necessidade de se
balancear um elemento carregado, colocase
uma incógnita x diante desse elemento
e monta-se a equação das cargas.
Σ carga dos reagentes = Σ carga dos
produtos
Ex.: Bi+3+SnO2
–2+OH– → SnO3
–2+ Bi +H2O
4.° Balanceamento independente do elemento
químico enxofre (S) quando nos reagentes
aparecer ácido sulfúrico (H2SO4) e ácido
sulfídrico (H2S) simultaneamente.
Obs.:
1. O ramal do elemento químico enxofre é
sempre traçado com o ácido sulfídrico.
2. O ácido sulfídrico necessariamente vai
para o quadro.
3. O coeficiente estequimétrico do ácido
sulfídrico deve ser repetido diante do
elemento químico enxofre produzido na
reação, pois todo o enxofre produzido na
reação é proveniente do ácido sulfídrico e
não do ácido sulfúrico. Isso deve ser feito
no início do balanceamento.
Ex.: KMnO4+H2SO4+H2S → K2SO4+ MnSO4
+ S + H2O
5.° Quando aparece peróxido de hidrogênio
(H2O2).
Obs.:
1. O nox do oxigênio do peróxido vale
sempre –1.
2. Antes de traçar o ramal dos peróxidos de
hidrogênio, deve-se traçar primeiro o ramal
da outra substância que esteja oxidando
ou reduzindo na reação, pois o peróxido
de hidrogênio é sempre subordinado a
outra substância da reação que esteja
oxidando ou reduzindo.
3. O ramal do peróxido de hidrogênio é
sempre traçado ou com água ou com o
oxigênio molecular (O2), isso vai depender
da outra substância na reação.
4. O peróxido de hidrogênio necessariamente
vai para o quadro.
5. Quando, na reação com o peróxido de
hidrogênio, houver formação de oxigênio
molecular, o coeficiente estequiométrico
do peróxido de hidrogênio deve ser
repetido diante do oxigênio molecular
produzido na reação, pois é proveniente
do peróxido de hidrogênio. Isso deve ser
feito no início do balanceamento.
Nota: essas observações sobre o peróxido
de hidrogênio só tem valor se esse não
estiver sofrendo auto oxirredução, ou seja,
ele sozinho na reação oxidando e reduzindo
ao mesmo tempo (simultaneamente).
Ex.: KMnO4 + H2SO4 + H2O2 → K2SO4 +
MnSO4 + H2O + O2
01. Faça o balanceamento das reação
abaixo:
Ca3(PO4)2 + (SiO2)n+C → CaSiO3 + CO
+ P
a) 1,3, 2,3, 2 e 1
b) 2, 6,10, 6,8 e 1
c) 1,3, 5,3, 5 e 1
d) 2,6, 10,6, 10 e 1
e) 4, 12, 20, 12, 10 e 1
02. Os coeficientes que ajustam corretamente
as equações abaixam são:
I) NaNO3 → NaNO2 +O2
II) Al + H2SO4 → Al2(SO4)3 + H2
a) I: 2, 2,1 II: 2, 3, 3, 2
b) I: 1, 2, 1 II: 2, 3, 1, 3
c) I: 1, 2, 2 II: 2, 3, 3, 2
d) I: 2, 2, 1 II: 2, 3, 1, 3
03. (Vunesp) Os números de oxidação do
enxofre nas espécies SO2 e são,
respectivamente:
a) zero e +4
b) +1 e – 4
c) +2 e +8
d) +4 e +6
e) – 4 e – 8
04. (UFSE) Dentre as equações que se
seguem, qual envolve o fenômeno da
oxirredução?
a) Na2O(S) + 2H+
(Hq)→ H2O( l ) + 2Na+
(aq)
b) NH3(g) + HCl(g)→ NH4Cl(s)
c) CaC2(s) + 2H2( l ) → Ca2+
(aq)+ 2OH-
(aq)+
C2H2(g)
d) CuSO4 . 5H2O(s) → CuSO4(s) + 5H2O(g)
e) KClO3(s)→KCl(s) + 3/202(g)
05. (UERJ) A equação Au3+ + Ag → Ag+ +
Au representa uma reação possível pelo
contato, em presença de saliva, de uma
obturação de ouro e outra de prata.
Nessa equação, após ajustada, a soma
de todos os coeficientes (reagentes e
produtos), considerando os menores
inteiros, é:
a) 4 b) 6 c) 8
d) 12 e) 16
06. KMnO4 + H2O2 + H2SO4 → MnSO4 +
K2SO4 + O2 + H2O
Da equação acima, afirma-se que:
I. Após o balanceamento, o coeficiente
mínimo inteiro da água é igual a 8.
II. O peróxido de hidrogênio atua como
oxidante.
III. No MnSO4, o número de oxidação
do manganês é igual a +1.
IV. O permanganato de potássio é o
agente oxidante.
Das afirmações feitas, são corretas
apenas:
a) I e II b) I e IV c) II e III
d) I e III e) III e IV
Desafio
Químico
6
Ciclo celular
Interfase
A interfase é o intervalo entre uma mitose e outra.
Na interfase, a célula está em grande atividade,
realizando as tarefas necessárias ao seu desenvolvimento.
Seu núcleo, nesse momento, é
chamado núcleo interfásico ou metabólico, pois
trabalha em intenso metabolismo, preparando-se
para a divisão celular. É constituída de três
períodos G1, S, G2. Onde G de gap significa
intervalo.
G1– Intensa síntese de RNA e proteínas.
S – Duplicação do DNA.
G2 – Pouca síntese de RNA e proteína.
Mitose
A mitose é uma divisão de uma célula-mãe em
duas células-filhas com omesmo numero de
cromossomos.
Prófase
Cada cromossomo apresenta duas cromátidesirmãs,
que começam a espiralar e tornam-se mais
curtas, grossas e visíveis. Com isso, o cromossomo
começa a condensar-se. O centríolo duplicase,
e cada um deles começa o migrar para um
pólo da célula. Ao redor de cada centríolo,
aparece o áster, conjunto de proteínas, e entre os
dois centríolos, surgem fibras, que irão formar o
fuso mitótico ou acromático. Células animais
formam o áster, por isso, sua mitose é astral. O
núcleo começa a ganhar água do citoplasma, os
nucléolos desmancham-se, a carioteca
despedaça-se e os cromossomos, já bem
condensados, esparramam-se pelo citoplasma.
Metáfase
Os cromossomos atingem o grau máximo de
condensação. Ficam muito mais visíveis, e esse
é o melhor momento para estudá-los(cariótipo).
O fuso completa-se, e os cromossomos ligamse
às suas fibras pelos seus centrômeros
(constrição primária) no equador da célula,
apresentando uma disposição chamada placa
equatorial. Ligados às fibras do fuso, os
cromossomos duplicados dispõem cada uma
de suas cromátides-irmãs voltada para um dos
pólos da célula.
Anáfase
As cromátides-irmãs são definitivamente separadas
e migram para os pólos, conseqüência do
encurtamento das fibras do fuso. Cada pólo da
célula receberá um lote de cromátides em
número igual ao da célula-mãe. A anáfase
termina quando as cromátides, agora cromossomos-
filhos, chegam aos pólos.
Telófase
Ao chegarem aos pólos, os novos cromossomos
desespiralam-se. A carioteca reorganiza-se em
torno de cada lote de cromossomos, e os
nucléolos reaparecem por orientação dos genes
presentes na zona SAT ou zona organizadora do
nucléolo. Esse fenômeno de reorganização do
núcleo chama-se cariocinese (cinese quer dizer
movimento). Antes mesmo de a cariocinese ser
concluída, o citoplasma da célula começa a ser
dividido. Uma força centrípeta (célula animal),
isto é, de fora para o centro, como uma cinta,
aos poucos, vai separando a célula-mãe em
duas células-filhas ou força cetrífuga (célula
vegetal),isto é de dentro para fora. Chamamos
esse movimento de citocinese.
Célula animal Célula vegetal
Meiose
A diversidade entre os seres vivos, mesmo que
pertençam a uma mesma espécie, é muito
importante.
Nos seres de reprodução sexuada, a partir de uma
célula são formadas quatro células, cada uma com
a metade do número de cromossomos da célula
que lhe deu origem. Na espermatogênese, serão 4
espermatozóides, e na ovogênese, serão 1 óvulo,
se for fecundado, e três glóbulos polares.
Importância da meiose – Além de formar
gametas para uma reprodução sexuada,
também mantém o número de cromossomos da
espécie e a variabilidade genética, conseqüência
de uma caracteristica exclusiva da meiose
chamada de crossig-over ou permuta gênica. Ex:
A meiose, embora dinâmica, para efeito de
melhor compreensão, pode ser definida em
duas divisões celulares.
Divisão l – Com a divisão dos cromossomos,
formam-se duas células, com metade dos
cromossomos da céula-mãe mais ainda
duplicados.
Divisão II – Com a divisão das cromátides,
formam-se quatro células, mantendo-se o
número (n) de cromossomos simples(veja no
esquema).
Divisão I
A célula que irá dividir-se por meiose é uma
célula diplóide com dois pares de cromossomos
homólogos (2n=4). Os cromossomos já estão
duplicados, embora continuem finos e longos.
Ao final da meiose, essa célula deverá ter
originado quatro células-filhas com a metade do
seu número cromossômico(n=2).
A célula diplóide prestes a se dividir.
A prófase I é dividida em cinco etapas:
leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno,
diacinese.
Leptóteno
(do grego leptos, fino; tainia, fita) os cromossomos
estão finos e longos e é nessa etapa que
eles começam a espiralizar-se. A espiralização
dos cromossomos não ocorre de uma vez. Por
isso, há regiões que se condensam antes de
outras, formando pequenos nós chamados
cronômeros. Em cromossomos homólogos, os
cronômeros situam-se nas mesmas regiões.
Biologia
Professor JONAS Zaranza
01. A contagem e a análise morfológica dos
cromossomos de uma linhagem de
células são feitas a partir do exame de
células com essas estruturas
evidenciadas, o que ocorre durante o
processo de divisão celular. A etapa do
ciclo celular escolhida é aquela em que
os cromossomos exibem o máximo de
condensação e estão constituídos por
duas cromátides.
A fase do ciclo celular que deve ser
observada é a:
a) interfase; b) prófase; c) metáfase;
d) anáfase; e) telófase.
02. UEA(2006)
Os esquemas acima representam as
alterações ocorridas em uma célula de
peixe durante seu processo de divisão
mitótica. A seqüência correta de eventos
observados pelo autor dos desenhos
que desastradamente foram
embaralhados é:
a) I, II, IV, III. b) I, IV, III, II. c) II, IV, III, I.
d) IV, II, III, I. e) IV, III, I, II.
03. (Fuvest) Analise os eventos mitóticos
relacionados a seguir:
I. Desaparecimento da membrana nuclear.
II. Divisão dos centrômeros.
III. Migração dos cromossomos para os
pólos do fuso.
IV. Posicionamento dos cromossomos na
região mediana do fuso.
Qual das alternativas indica
corretamente sua ordem temporal?
a) IV - I - II - III. b) I - IV- III - II. c) I - II - IV - III.
d) I - IV - II - III. e) IV - I - III - II.
04. (Fuvest) Pontas de raízes são utilizadas
para o estudo dos cromossomos de
plantas por apresentarem células
a) com cromossomos gigantes do tipo
politeníco;
b) com grande número de mitocôndrias;
c) dotadas de nucléolos bem desenvolvidos;
d) em divisão mitótica;
e) em processo de diferenciação.
Desafio
Biológico
7
Zigóteno
(do grego zigós, emparelhamento) os cromossomos
homólogos emparelham-se colocando os
cronômeros lado a lado. O emparelhamento entre
os cromossomos homólogos é chamado sinapse.
Os cromossomos continuam se espiralizando.
Paquíteno
(do grego pachys, grosso) os cromossomos
estão bem condensados, portanto, mais curtos
e mais grossos. Agora, totalmente emparelhados,
eles formam conjuntos de bivalentes (dois
cromossomos homólogos) ou tétrades (quatro
cromátides). E é nessa etapa que as cromátides
de cromossomos homólogos, ao tocarem-se,
podem quebrar, soldando-se em seguida. Ao
serem soldadas, segmentos de uma cromátide
soldam-se na cromátide do outro cromossomo
homólogo, estabelecendo uma permutação ou
crossing-over.
Diplóteno
(do grego diploós, duplo) os cromossomos
estão mais condensados e, portanto, mais
visíveis. Tão visíveis que é possível perceber
que cada um deles possui duas cromátides. Por
isso, essa fase se chama diplóteno. O ponto de
cruzamento entre duas cromátides homólogas
chama-se quiasma. No diplóteno aparecem os
quiasmas, conseqüência do crossing-over.
Diacinese
(do grego dia, separação; kinesis, movimento)
os cromossomos homólogos separam-se,
deslizando uma cromátide sobre a outra. A
impressão que se tem é de que os quiasmas
deslizam. Esse fenômeno é a terminalização dos
quiasmas. A carioteca desfaz-se e os cromossomos
homólogos vão para o equador da célula,
finalizando a prófase I.
Metáfase I
A condensação dos cromossomos é máxima e
eles estão presos às fibras do fuso, formado
durante a prófase I. Cada cromossoma homólogo,
por meio de seus centrômeros, liga-se a
uma fibra do fuso, dispondo-se na região central
da célula, formando a placa equatorial.
Anáfase I
As fibras do fuso rompem-se e cada
cromossomo homólogo migra para um pólo da
célula. Os centrômeros não se rompem e o
cromossomo inteiro migra com suas duas
cromátides. Na mitose, cada pólo da célula
recebia uma cromátide-irmã. Aqui, na meiose,
cada pólo recebe um cromossomo homólogo
de cada par.
Telófase I
Os cromossomos desespiralizam-se, a carioteca e
os nucléolos reorganizam-se e o fuso desfaz-se.
CIntercinese
Entre a primeira e a segunda divisão, às vezes,
pode existir um pequeno intervalo de tempo
chamado intercinese. Portanto, a intercinese não
constitui uma fase, mas sim um intervalo entre
uma e outra divisão da meiose.
Prófase II
Os cromossomos voltam a condensar-se e,
novamente, forma-se o fuso. A carioteca e os
nucléolos, progressivamente, desaparecem.
Metáfase II
Os cromossomos, já espiralizados ao máximo,
prendem-se às fibras do fuso por meio dos
centrômeros, e cada uma das cromátides voltase
para um dos pólos da célula.
Anáfase II
Os centrômeros partem-se e as cromátidesirmãs,
agora cromossomos-irmãos, migram para
os pólos, onde formarão os núcleos das futuras
células.
Telófase II
Os cromossomos desespiralizam-se, tornandose
longos e finos. Os nucléolos e a carioteca
reorganizam-se. Em cada pólo, de cada uma
das células, há um núcleo com (n)
cromossomos simples. As fibras do fuso
desaparecem e as células começam a
citocinese (divisão do seu citoplasma).
01. (Fuvest) Qual dos seguintes eventos
ocorre no ciclo de vida de toda espécie
com reprodução sexuada?
a) Diferenciação celular durante o
desenvolvimento embrionário.
b) Formação de células reprodutivas
dotadas de flagelos.
c) Formação de testículos e de ovários.
d) Fusão de núcleos celulares haplóides.
e) Cópula entre macho e fêmea.
02. (Fuvest) A vinblastina é um quimioterápico
usado no tratamento de pacientes
com câncer. Sabendo-se que essa
substância impede a formação de
microtúbulos, pode-se concluir que
sua interferência no processo de
multiplicação celular ocorre na
a) condensação dos cromossomos;
b) descondensação dos cromossomos;
c) duplicação dos cromossomos;
d) migração dos cromossomos;
e) reorganização dos nucléolos.
03. (Fuvest) Os dois processos que
ocorrem na meiose, responsáveis pela
variabilidade genética dos organismos
que se reproduzem sexuadamente, são:
a) duplicação dos cromossomos e pareamento
dos cromossomos homólogos;
b) segregação independente dos pares de
cromossomos homólogos e permutação
entre os cromossomos homólogos;
c) separação da dupla-hélice da molécula de
DNA e replicação de cada umas das fitas;
d) duplicação dos cromossomos e
segregação independente dos pares de
cromossomos homólogos;
e) replicação da dupla-hélice da molécula
de DNA e permutação entre os
cromossomos homólogos.
Anota aí!
Síndrome de Down
Histórico
Em 1866, John Langdon Down notou que havia
nítidas semelhanças fisionômicas entre certas
crianças com atraso mental. Utilizou-se o termo
“mongolismo” para descrever a sua aparência.
Segundo o Dr. John, os mongóis eram considerados
seres inferiores.
O número de cromossomos presentes nas
células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da
mãe), dispondo em pares, somando 23 pares.
Em 1958, o geneticista Jérôme Lejeune verificou
que no caso da Síndrome de Down há um erro
na distribuição e, ao invés de 46, as células
recebem 47 cromossomos e este cromossomo a
mais se ligava ao par 21. Então surgiu o termo
Trissomia do 21, que é o resultado da não
disjunção primária, que pode ocorrer em ambas
as divisões meióticas e em ambos os pais. O
processo que ocorre na célula é identificado por
um não pareamento dos cromossomos de forma
apropriada para os pólos na fase denominada
anáfase, por isso um dos gametas receberá dois
cromossomos 21 e o outro nenhum.
Desafio
Biológico
Ciclos biogeoquímicos
1. Ciclos da Matéria
Discutiremos aqui quatro ciclos biogeoquímicos:
o da água, o do gás carbônico, o do oxigênio
e o do nitrogênio.
2. Ciclo da água
O ciclo da água na natureza está resumido no
esquema abaixo:
Os seres vivos absorvem ou ingerem água, pois
ela é uma substância fundamental para sua
sobrevivência. Essa ingestão ou absorção pode
ser direta ou por meio de alimentos. Na
respiração celular, por exemplo, o alimento é
usado como fonte de energia num processo em
que há formação de água:
glicose + O2 → CO2 + água.
O excesso de água absorvido, ingerido ou
proveniente do metabolismo é eliminado do
corpo dos indivíduos de diversas formas. Dentre
elas, podemos citar a evaporação, a
transpiração e a excreção. Quando em
decomposição, após a morte, o corpo dos
indivíduos também passa por um processo em
que há liberação de água.
A água liberada do corpo dos seres vivos e a
água resultante do processo de evaporação em
rios, lagos e solos passam para a atmosfera. Há
condensação, e a água pode retornar para a
Terra principalmente sob a forma de chuva.
3. Ciclo do gás carbônico
O gás carbônico é encontrado na atmosfera em
proporção aproximada de 0,03% e também, em
proporção semelhante, dissolvido nas águas
superficiais de mares, rios e lagos. O gás
carbônico é retirado do ar ou da água pelo
processo de fotossíntese e a eles devolvido pela
respiração.
A decomposição do corpo de organismos
mortos também participa do ciclo do CO2, pois
nesse processo os microrganismos oxidam a
matéria orgânica, liberando CO2 para a
atmosfera.
Outro fator de liberação de gás carbônico para a
atmosfera é a queima de combustíveis fósseis,
representados principalmente pelo carvão-depedra
e pelo petróleo.
Representação esquematica do ciclo do carbono.
Foram representados apenas os níveis dos produtores
e dos herbívoros, mas a passagem do carbono para os
demais níveis tróficos é semelhante.
4. Ciclo do oxigênio
O oxigênio participa da composição da água, do
gás carbônico e de numerosos compostos
orgânicos e inorgânicos. Na atmosfera e na
hidrosfera, é encontrado livre, como substância
pura, simples, de fórmula O2. É um gás liberado
pelos organismos fotossintetizantes, por meio do
processo de fotossíntese. É utilizado para a
respiração de plantas e de animais, em processo
que resulta na produção de gás carbônico.
O oxigênio pode participar também da formação
da camada de ozônio (O3) na atmosfera, de
extrema importância, como filtro das radiações
ultravioleta. Estas, embora sejam úteis em
determinada intensidade, são nocivas em
intensidades maiores, estando associadas a
doenças como o câncer de pele e a alterações
genéticas, por induzirem mutações.
A camada de ozônio vem sendo progressivamente
destruída, principalmente por ação de um gás
conhecido por clorofluorcarbono, também
designado por suas iniciais, CFC. O clorofluorcarbono
é utilizado em sprays (aerossóis), condicionadores
de ar, geladeiras, espuma plástica,
componentes eletrônicos e outros produtos.
Atualmente, o CFC tem sido substituído por
substâncias menos danosas ao meio ambiente.
8
01. (FGV) O ciclo do carbono é relativamente
rápido, exceto quando é:
a) dissolvido em ecossistemas aquáticos;
b) liberado pela respiração;
c) convertido em açúcares;
d) armazenado em madeira;
e) liberado como CO.
02. (FGV) O reservatório principal de
carbono inorgânico acessível a
organismos é:
a) celulose. b) carvão. c) dolomita.
d) dióxido de carbono.
e) organismos mortos.
03. (Fuvest-GV) O elemento carbono
presente nas moléculas que
constituem os seres vivos é restituído
ao ambiente, em forma aproveitável
pelas plantas, através da
a) ação desnitrificadora de bactérias do solo;
b) ação fotossintetizante de organismos
produtores;
c) respiração celular de produtores e
consumidores;
d) transformação da amônia em nitritos;
e) liberação de gás oxigênio pelas algas.
04. O ciclo do elemento químico Carbono
na natureza envolve os seguintes
fenômenos bioquímicos:
a) Decomposição e evaporação.
b) Evaporação e precipitação.
c) Absorção e precipitação.
d) Transporte e decomposição.
e) Fotossíntese e respiração.
05. O elemento carbono presente nas
moléculas orgânicas que constituem
os seres vivos é restituído ao ambiente,
em forma aproveitável pelos vegetais,
através da
a) desnitrificação pelas algas cianofíceas
do solo;
b) fotossíntese de organismos produtores.
c) respiração celular de produtores e
consumidores;
d) transformação de amônia em nitratos;
e) liberação de gás oxigênio pelas algas
marinhas.
06. (FGV) O fornecimento de água potável
de boa qualidade está se tornando
cada vez mais difícil. Uma das razões
para esta situação é:
a) A água na Terra é insuficiente para
fornecer suprimentos adequados a todos.
b) É muito caro produzir água de boa
qualidade, e muitos países não têm
condições financeiras para isso.
c) Os investimentos para o fornecimento de
água potável a todos não são adequados.
d) Os engenheiros não sabem o que fazer
com a água desperdiçada resultante e,
por isso, abstêm-se de aumentar a
produção de água potável.
e) Para os países é mais vantajoso comprar
computadores.
Desafio
Biológico
Biologia
Professor GUALTER Beltrão
Representação esquemática do ciclo do oxigênio.
Foram representadas apenas algumas das mais
importantes vias de ultilização e liberação desse
elemento.
Representação esquemática do ciclo da água na natureza. O ciclo curto é o das chuvas. Do ciclo longo participam
os seres vivos. As plantas absorvem a água infiltrada no solo e eliminam-na forma de vapor pela transpiração,
mantendo a umidade do ar e criando um clima favorável à manutenção da vida.
Exercícios
01. (Enem) A falta de água doce no
Planeta será, possivelmente, um dos
mais graves problemas deste século.
Prevê-se que, nos próximos vinte
anos, a quantidade de água doce
disponível para cada habitante será
drasticamente reduzida.
Por meio de seus diferentes usos e
consumos, as atividades humanas
interferem no ciclo da água, alterando
a) a quantidade total, mas não a qualidade
da água disponível no Planeta;
b) a qualidade da água e sua quantidade
disponível para o consumo das
populações;
c) a qualidade da água disponível, apenas
no sub-solo terrestre;
d) apenas a disponibilidade de água
superficial existente nos rios e lagos;
e) o regime de chuvas, mas não a quantidade
de água disponível no Planeta.
02. (UFMG) Leia atentamente o texto.
O crescimento da raça humana alterou
a biosfera de várias maneiras. Infelizmente,
essas mudanças geralmente
foram para pior. Reduzimos a produtividade
primária mundial, praticamente
monopolizamos a cadeia alimentar,
provocamos todos os tipos de extinção
de espécies de plantas e animais.
Influenciamos a maneira como as
florestas regulam o ciclo da água,
como as terras úmidas filtram os
poluentes e como a camada de ozônio
filtra os raios ultravioleta.
Do ponto de vista biológico, esse texto
contém várias incorreções quanto aos
conceitos apresentados.
Considerando as seguintes afirmativas,
todas retiradas do texto, assinale a
ÚNICA CORRETA.
a) Influenciamos a maneira como as
florestas regulam o ciclo da água.
b) O crescimento da raça humana alterou a
biosfera.
c) Provocamos todos os tipos de extinção
de espécies de plantas e animais.
d) Reduzimos a produtividade primária
mundial.
03. (PUC–SP) O esquema a seguir
representa um dos ciclos biogeoquímicos
que ocorrem nos ecossistemas.
Nesse esquema, os espaços I e II
devem ser substituídos correta e
respectivamente por:
a) oxigênio e consumidores primários;
b) água e consumidores primários;
c) dióxido de carbono e produtores;
d) oxigênio e produtores;
e) dióxido de carbono e consumidores
primários.
04. (UFRS) Relacione os processos
biológicos listados (1, 2 e 3) com um
ou mais dos ciclos biogeoquímicos na
coluna a seguir (a, b e c).
1. Fotossíntese.
2. Respiração vegetal.
3. Decomposição aeróbica de restos
orgânicos por microorganismos.
(a) Ciclo do carbono.
(b) Ciclo do oxigênio.
(c) Ciclo do nitrogênio.
Assinale a alternativa que melhor
representa estas relações:
a) 1 (a) (b) - 2 (a) (b) - 3 (a) (b) (c)
b) 1 (a) (b) - 2 (a) (b) - 3 (c)
c) 1 (b) - 2 (a) - 3 (a) (b)
d) 1 (b) - 2 (a) - 3 (b) (c)
e) 1 (b) (c) - 2 (c) - 3 (b) (c)
05. (Puccamp) Considere o esquema a
seguir.
Ele representa parte do ciclo biogeoquímico
do
a) nitrogênio apenas;
b) oxigênio apenas;
c) gás carbônico apenas;
d) nitrogênio e do gás carbônico apenas;
e) nitrogênio, do gás carbônico e do
oxigênio.
06. (UEL) Na biosfera, contribuem para
maior e menor produção de oxigênio
atmosférico, respectivamente,
a) as florestas pluviais tropicais e os
oceanos;
b) as comunidades clímax e as terras
cultivadas;
c) as comunidades clímax e as florestas
tropicais;
d) os oceanos e as comunidades clímax;
e) os oceanos e as florestas tropicais.
07. (UFMG) Todas as alternativas
expressam fenômenos relacionados
com a reposição do oxigênio na
atmosfera, EXCETO
a) A alta produtividade de comunidades
em fase inicial de sucessão autotrófica.
b) A fotólise de vapor d’água por radiação
ultravioleta.
c) A oxidação do ferro nas rochas por
intemperismo oxidativo.
d) As atividades fisiológicas dos organismos
do fitoplâncton.
e) A transformação da camada do ozônio
(Oƒ) em oxigênio (O2).
08. (UFRN) A incidência da radiação UV
sobre a Terra é atenuada pela ação
das moléculas de ozônio existentes na
alta atmosfera. A redução da camada
de ozônio existente em algumas
regiões da atmosfera
a) aumenta a concentração de CFCs no ar;
b) intensifica o degelo das regiões polares;
c) aumenta a mortalidade de microrganismos;
d) intensifica o efeito de queimadas e
incêndios.
9
01. (UFSM) Pode-se relacionar a formação
da camada de ozônio com o ciclo do
a) nitrogênio; b) carbono; c) oxigênio;
d) enxofre; e) fósforo.
02. (Unesp) Em um lago, onde está
eliminada a possibilidade de contaminação
por agrotóxico, os peixes
morreram em grande número, da noite
para o dia.
A mais provável causa direta da
mortalidade a ser analisada é:
a) falta de oxigênio dissolvido na água;
b) falta de alimento no ambiente;
c) competição entre as espécies de peixes;
d) excesso de predadores no lago;
e) elevado índice de parasitismo nos peixes.
03. (FGV) Qual dos seguintes fenômenos é
um resultado do efeito estufa?
a) Aumento das concentrações de ozônio a
nível de rua.
b) Diminuição da camada de ozônio na
estratosfera superior.
c) Mudança nas condições meteorológicas
globais.
d) Aumento da poluição oceânica.
e) Desmatamento.
04. (UEL) Uma diminuição de CO‚ na
atmosfera, contribuindo para amenizar o
efeito estufa, pode ocorrer através do
aumento da
a) respiração; b) fotossíntese;
c) transpiração; d) fermentação;
e) combustão.
05. (UFC) A grande importância ecológica
das algas planctônicas é devida ao fato
de elas proporcionarem:
a) o equilíbrio da temperatura dos oceanos;
b) a produção de oxigênio na Terra;
c) a ciclagem do nitrogênio nos oceanos;
d) o equilíbrio da salinidade dos oceanos;
e) o equilíbrio da temperatura na Terra.
06. (UFF) A fotossíntese é o processo
biológico predominante para a produção
do oxigênio encontrado na atmosfera.
Aproximadamente, 30% do nosso
planeta é constituído por terra, onde se
encontram grandes florestas, e 70% por
água, onde vive o fitoplâncton.
Considerando-se estas informações e o
ciclo biogeoquímico do oxigênio, podese
afirmar que:
a) as florestas temperadas e a Floresta
Amazônica produzem a maior parte do
oxigênio da Terra;
b) a Floresta Amazônica é a principal
responsável pelo fornecimento de
oxigênio da Terra;
c) as algas microscópicas são as principais
fornecedoras de oxigênio do Planeta;
d) a Mata Atlântica é a maior fonte de
oxigênio do Brasil;
e) os manguezais produzem a maior parte
do oxigênio da atmosfera.
Desafio
Biológico
Pré-modernismo
1. ASPECTOS GERAIS
Cronologia – No Brasil, cronologicamente,
o Pré-Modernismo dura de 1902 a 1922.
Obras inauguradoras – As primeiras obras
do Pré-Modernismo são:
a) Os Sertões (romance, 1902), de Euclides
da Cunha.
b) Canaã (romance, 1902), de Graça
Aranha.
Nome – O que se convenciona chamar de
Pré-Modernismo não é propriamente uma
escola literária. Não há manifesto em jornais
nem grupo de autores em torno de uma
proposta una ou de um ideário. O nome,
com o tempo, passa a designar a produção
literária do Brasil nas duas primeiras
décadas do século XX.
Período eclético – Depois do Realismo-
Naturalismo-Parnasianismo, o Brasil vive um
período eclético. As diversas tendências
literárias misturam-se. Os movimentos não
se sucedem, eles passam a coexistir.
Tendências – Duas tendências básicas
podem ser notadas entre os autores da
época:
a) Conservadora – Percebida na produção
poética de Olavo Bilac (e de todos os
outros parnasianos) e de Cruz e Sousa
(representante da estética simbolista). A
poesia é elaborada dentro dos moldes
de perfeição, obediente a normas e
presa a temas alheios à realidade
brasileira.
b) Inovadora – Presente nas obras de
Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça
Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos.
As várias realidades do Brasil são
expostas, e o leitor começa a perceber
que vive em um país de contrastes. A
linguagem pomposa e artificial começa a
perder terreno para uma expressão mais
simples, fiel à fala cotidiana. Nesse
aspecto, Lima Barreto é o legítimo
representante das classes iletradas.
2. CARACTERÍSTICAS DO
PRÉ-MODERNISMO
Ruptura com o passado – Os autores
adotam inovações que ferem o
academicismo.
Regionalismo – A realidade rural brasileira é
exposta sem os traços idealizadores do
Romantismo. A miséria do homem do
campo é apresentada de forma chocante.
Literatura-denúncia – Os livros são escritos
em tom de denúncia da realidade brasileira.
O Brasil oficial (cidades da Região Sul,
belezas do litoral, aspectos positivos da
civilização urbana) é substituído por um Brasil
não-oficial (sertão nordestino, caboclos
interioranos, realidade dos subúrbios).
Contemporaneidade – A literatura retrata
fatos políticos, situação econômica e social
contemporâneos, diminuindo a distância
entre realidade e ficção. Vejamos obras e
autores que exemplificam isso:
a) Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima
Barreto – Retrata o governo de Floriano
Peixoto e a Revolta da Armada.
b) Os Sertões, de Euclides da Cunha – Faz
um relato da Guerra de Canudos,
mostrando-a como uma das primeiras
manifestações pela terra no Brasil.
c) Cidades Mortas, de Monteiro Lobato –
Mostra a passagem do café pelo Vale do
Paraíba paulista.
d) Canaã, de Graça Aranha – Exibe um
documento sobre a imigração alemã no
Espírito Santo.
3. AUTORES E OBRAS
EUCLIDES DA CUNHA
Nascimento e morte – Euclides Rodrigues
Pimenta da Cunha nasce em 20 de janeiro de
1866, na Fazenda Saudade, Cantagalo, Rio
de Janeiro. Falece no Rio de Janeiro, em 15
de agosto de 1909.
Infância – Com a morte da mãe, Euclides
passa a viver com as tias. Em São Fidélis
(RJ), aos dez anos de idade, inicia os
primeiros estudos. Ele permanece lá até
1879, quando completa 14 anos de idade.
Primeiros escritos – Euclides publica, no
Colégio Aquino, os primeiros artigos no jornal
O Democrata, fundado por ele e seus
colegas.
Escola militar – Em 20 de fevereiro, aos 21
anos de idade, Euclides assenta praça na
Escola Militar da Praia Vermelha, sendo aluno
de Benjamin Constant, conhecido positivista.
Casamento – Aos 25 anos de idade,
Euclides matricula-se na Escola Superior de
Guerra, atingindo o posto de segundotenente
em abril. Em 10 de setembro, casase
com Anna Emília, a “Saninha”, como a
chamavam.
Estréia – Em 1902, publica Os Sertões,
sucesso imediato de público e de crítica.
Impacto – A publicação de Os Sertões é um
marco na vida mental do Brasil. Livro único,
sem igual em outras literaturas, consegue
misturar o ensaio, os fatos da História, as
ciências naturais, a epopéia, o lirismo, o
drama, mostrando a definitiva conquista da
consciência de brasilidade pela vida
intelectual do País.
Reconhecimento imediato – A importância
literária e científica de Os Sertões é
reconhecida logo de início, e o autor passa a
ser tratado como gênio pela crítica
especializada.
ABL – Um ano depois de publicar Os Sertões
(1903), é eleito para a Academia Brasileira de
Letras.
Morte trágica – Em 1909, Euclides é
assassinado, aos 43 anos, por Dilermano de
Assis, amante de Saninha, numa estação de
trem.
OBRAS
1. Os Sertões (romance, 1902)
2. Contrastes e Confrontos (1904)
3. Peru versus Bolívia (1907)
10
Literatura
Professor João BATISTA Gomes
01. (PUC–RS) É um dos traços mais
característicos do Pré-Modernismo,
época literária que abrange o início
do século XX:
a) ênfase dada a temas universais, em
detrimento dos nacionais;
b) o culto do subjetivismo, a ênfase dada
ao individualismo do autor;
c) a busca de motivos e temas bucólicos
e pastoris que denunciassem o
crescimento vertiginoso das cidades
industrializadas;
d) a despreocupação de problemas
referentes à realidade cotidiana;
e) a problematização de nossa realidade
social e cultural.
02. (PUC–SP) Durante os anos que
antecederam o Movimento
Modernista, o nacionalismo alcançou
expressão literária das mais
significativas. Aponte a alternativa que
não é verdadeira quanto às
manifestações de nacionalismo
próprias do Pré-Modernismo.
a) Pesquisa de linguagem,
antipassadismo e abandono dos
lusitanos, na prosa de Coelho Neto.
b) Denúncia do subdesenvolvimento,
especialmente do sertão, em Os
Sertões, de Euclides da Cunha.
c) Visão profunda acerca da questão
racial, com ambientação nos subúrbios
cariocas, na obra de Lima Barreto.
d) Teses filosóficas em confronto,
problematizando a imigração, em
Canaã, de Graça Aranha.
e) Apresentação do caipira sem
idealização (Jeca Tatu), na obra de
Monteiro Lobato.
03. (Desafio da TV) Opte pelo item de
correlação incorreta.
a) Os Sertões: Antônio Conselheiro.
b) Canaã: Milkau, Lentz, Maria.
c) Urupês: Jeca Tatu.
d) Triste Fim de Policarpo Quaresma:
Floriano Peixoto.
e) Recordação do Escrivão Isaías
Caminha: Ricardo Coração dos Outros.
04. (Desafio do Rádio) Opte pelo item
de correlação incorreta.
a) Os Sertões: romance.
b) Canaã: romance.
c) Urupês: romance.
d) Triste Fim de Policarpo Quaresma:
romance.
e) Pelo Sertão: contos.z
Desafio
literário
11
GRAÇA ARANHA
Nascimento e morte – José Pereira da
Graça Aranha nasce em São Luís,
Maranhão, em 1868. Falece no Rio, em
1931, aos sessenta e dois anos de idade.
Estudos – Ainda bem jovem vai para o
Recife estudar Direito. Forma-se em 1886,
seguindo a magistratura no estado do Rio
de Janeiro. É como juiz municipal em Porto
do Cachoeiro, no Espírito Santo, em 1890,
que colhe dados para seu futuro romance
Canaã, publicado em 1902.
ABL sem livro – Em 1897, sem ter
publicado livros, entra precocemente para a
recém-fundada Academia Brasileira de
Letras.
Carreira diplomática – Em 1900, entra para
o Itamarati. Nos vinte anos em que fica fora
do Brasil, em missões diplomáticas por
diversos países, acompanha também os
rumos da arte moderna lá fora.
Modernismo – De volta ao Brasil, participa
da Semana de Arte Moderna em 1922. Em
1924, rompe com a Academia, após a
conferência “O Espírito Moderno”, na qual
condena a imobilidade da literatura oficial.
OBRAS
1. Canaã (romance, 1902)
2. Malazarte (teatro, 1902)
3. O Espírito Moderno (conferência, 1925).
CANAÃ
a) Cenário: Porto do Cachoeiro, no Espírito
Santo, centro de imigração alemã.
b) Temática: Imigração alemã no Brasil.
b) Personagens:
Milkau – Imigrante alemão; prega justiça
e paz.
Lentz – Imigrante alemão; amigo de
Milkau.
Maria – Tem o filho recém-nascido
devorado pelos porcos. Escapa de ser
linchada graças a Milkau.
LIMA BARRETO
Nascimento e morte – Afonso Henriques
de Lima Barreto nasce em 13 de maio de
1881, no Rio de Janeiro, filho de pais
mulatos. Falece em 1922.
Órfão – Em dezembro de 1887, morre-lhe a
mãe. Seu pai, o tipógrafo João Henriques,
funcionário da Imprensa Nacional, fica
sozinho, com a responsabilidade de criar
quatro filhos pequenos.
Demissão do pai – Com a proclamação da
República, o pai de Lima Barreto é demitido
da Imprensa Nacional.
Escola Politécnica – Aos 16 anos (1897),
Lima Barreto, ainda sob a proteção de seu
padrinho, o Visconde de Ouro Preto, conclui
o curso secundário e matricula-se na Escola
Politécnica.
Loucura do pai – O pai de Lima Barreto
enlouquece e é recolhido à própria Colônia
de Alienados em que trabalha como
almoxarife.
Funcionário público – Por meio de
concurso, Lima Barreto torna-se funcionário
da Secretaria da Guerra, ocupando posição
subalterna e odiando o ambiente em que
trabalha.
Hospício nacional – A vida medíocre que
leva, o pouco progresso no campo social, a
falta de reconhecimento público, os
preconceitos de que se sente vítima
impulsionam Lima Barreto para o álcool.
Vêm as crises de depressão e a necessidade
de internar-se no Hospício Nacional por duas
vezes (em 1914 e em 1919).
Morte aos 41 – Lima Barreto falece em 1922,
minado pelo alcoolismo e vítima de colapso
cardíaco. Tem apenas 41 anos de idade.
Contra a linguagem pomposa – Lima
Barreto combate a linguagem prolixa e
enfeitada de Rui Barbosa e Coelho Neto,
símbolos de uma cultura parnasiana. O
escritor elege para suas crônicas, para os
seus livros a linguagem simples, às vezes
desleixada, legítima representante da alma
brasileira. Nisso, o autor preconiza
procedimentos conquistados pelo
movimento modernista que só vai eclodir no
ano de sua morte.
OBRAS
1. Recordações do Escrivão Isaías Caminha
(romance, 1909)
2. Triste Fim de Policarpo Quaresma
(romance, 1915)
3. Numa e Ninfa (romance, 1915)
4. Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá
(romance, 1919)
5. Clara dos Anjos (romance)
6. Histórias e Sonhos (contos)
7. Os Bruzundangas (sátiras, 1923)
8. Feiras e Mafuás (crônicas)
9. Cemitério dos Vivos (memórias)
MONTEIRO LOBATO
Nascimento e morte – José Bento
Monteiro Lobato nasce em Taubaté, em
1882. Morre quase repentinamente em São
Paulo, em 1948.
Direito – Após estudos elementares em sua
terra natal, ruma para São Paulo, onde
estuda Direito.
Agricultura – Após algum tempo na
promotoria de Areias, pequena cidade
paulista do Vale do Paraíba, passa a se
dedicar à agricultura, graças à fazenda
herdada do avô em 1911.
Paranóia ou Mistificação? – Em 1917,
Lobato publica o contundente artigo Paranóia
ou Mistificação?, em que critica uma
exposição de Anita Malfatti. O escritor não
gosta quando Anita se deixava seduzir pelas
vanguardas européias, assumindo, segundo
ele, “uma atitude estética forçada no sentido
das extravagâncias de Picasso & Cia.”
Estréia – Publica seu primeiro livro, Urupês
(contos), em 1918.
Editora – Funda a Monteiro Lobato & Cia., a
primeira editora nacional, que mais tarde
vai-se tornar a Companhia Editora Nacional.
Petróleo – Como adido comercial, mora em
Nova Iorque, de 1927 a 1931. Ao regressar,
funda o Sindicato do Ferro e a Companhia
de Petróleos do Brasil, provocando ira nas
multinacionais e certo mal-estar no Governo.
Exílio – Exila-se voluntariamente em Buenos
Aires por algum tempo, de onde escreve
para jornais brasileiros e argentinos.
OBRAS
1. Urupês (contos, 1918)
2. Cidades Mortas (contos)
3. Idéias de Jeca-Tatu (contos)
4. Negrinha (contos)
Profissão de Fé
Olavo Bilac
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:
Porque o escrever – tanta perícia,
Tanta requer,
Que ofício tal... nem há notícia
De outro qualquer.
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!
1. Apologia à perfeição – As estrofes
selecionadas são antológicas porque fazem
apologia à perfeição formal. Olavo Bilac faz
analogia entre o ato de escrever e o ofício
do ourives: ambos artistas em busca da
perfeição.
2. Metalinguagem – Questionando o ato de
criar um poema, discutindo o empenho do
poeta em busca da melhor frase ou da
melhor palavra, Olavo Bilac faz uso da
metalinguagem, recurso comum nas obras
de Machado de Assis e de Carlos
Drummond de Andrade, por exemplo.
3. Métrica – Cada estrofe do poema contém
dois versos maiores (octossílabos) e dois
versos menores (tetrassílabos).
4. Enjambement – Processo poético de pôr
no verso seguinte uma ou mais palavras
que completam o sentido do verso anterior.
O termo francês pode ser substituído por
cavalgamento ou encadeamento. Nas
duas estrofes seguintes, percebe-se esse
recurso entre o primeiro e o segundo
versos:
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito.
Momento
Poético
AMABIS, José Mariano; MARTHO,
Gilberto Rodrigues. Conceitos de
Biologia das células: origem da vida.
São Paulo: Moderna, 2001.
CARVALHO, Wanderley. Biologia em
foco. Vol. Único. São Paulo: FTD, 2002.
COVRE, Geraldo José. Química Geral:
o homem e a natureza. São Paulo:
FTD, 2000.
FELTRE, Ricardo. Química: físicoquímica.
Vol. 2. São Paulo: Moderna,
2000.
LEMBO, Antônio. Química Geral:
realidade e contexto. São Paulo: Ática,
2000.
LEVINE, Robert Paul. Genética. São
Paulo: Livraria Pioneira, 1973.
LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol.
Único. 11.a ed. São Paulo: Saraiva.
2000.
MARCONDES, Ayton César;
LAMMOGLIA, Domingos Ângelo.
Biologia: ciência da vida. São Paulo:
Atual, 1994.
REIS, Martha. Completamente Química:
físico-química. São Paulo: FTD, 2001.
SARDELLA, Antônio. Curso de Química:
físico-química. São Paulo: Ática, 2000.
EXERCÍCIO (p. 3)
01. C;
02. E;
03. A;
04. A;
05. C;
DESAFIO QUÍMICO (p. 3)
01. D;
02. A;
03. B;
04. E;
05. E;
DESAFIO QUÍMICO (p. 4)
01. A;
02. A;
03. E;
04. D;
05. E;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6)
01. E;
02. A;
03. A;
04. E;
05. C;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 7)
01. D;
02. D;
03. B;
04. C;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 8)
01. A;
02. D;
03. E;
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 9)
01. A;
02. E;
03. E;
DESAFIO GRAMATICAL (p. 10)
01. E;
02. C;
03. E;
ARAPUCA (p. 10)
01. B;
DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)
01. D;
02. C;
03. E;
04. B;
05. B;
Governador
Eduardo Braga
Vice-Governador
Omar Aziz
Reitor
Lourenço dos Santos Pereira Braga
Vice-Reitor
Carlos Eduardo Gonçalves
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Antônio Dias Couto
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
Ademar R. M. Teixeira
Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Walmir Albuquerque
Coordenadora Geral
Munira Zacarias Rocha
Coordenador de Professores
João Batista Gomes
Coordenador de Ensino
Carlos Jennings
Coordenadora de Comunicação
Liliane Maia
Coordenador de Logística e Distribuição
Raymundo Wanderley Lasmar
Produção
Renato Moraes
Projeto Gráfico – Jobast
Alberto Ribeiro
Antônio Carlos
Aurelino Bentes
Heimar de Oliveira
Mateus Borja
Paulo Alexandre
Rafael Degelo
Tony Otani
Editoração Eletrônica
Horácio Martins
Encarte referente ao curso pré-vestibular
Aprovar da Universidade do Estado do
Amazonas. Não pode ser vendido.
Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, é
base para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:
• TV Cultura (7h às 7h30); sábados: reprise às 23h Postos de distribuição:
• Amazon Sat (21h30 às 22h)
• RBN (13h às 13h30) reprise: 5h30 e 7h (satélite) • PAC São José – Alameda Cosme Ferreira – Shopping São José
• Rádio Rio Mar (19h às 19h30) • PAC Cidade Nova – Rua Noel Nutles, 1350 – Cidade Nova I
• Rádio Seis Irmãos do São Raimundo • PAC Compensa – Av. Brasil, 1325 – Compensa
(8h às 9h e reprise de 16h às 16h30) • PAC Porto – Rua Marquês de Santa Cruz, s/n.°
• Rádio Panorama de Itacoatiara (11h às 11h30) armazém 10 do Porto de Manaus – Centro
• Rádio Difusora de Itacoatiara (8h às 8h30) • PAC Alvorada – Rua desembargador João
• Rádio Comunitária Pedra Pintada de Itacoatiara Machado, 4922 – Planalto
(10h às 10h30) • PAC Educandos – Av. Beira Mar, s/nº – Educandos
• Rádio Santo Antônio de Borba (18h30 às 19h)
• Rádio Estação Rural de Tefé (19h às 19h30) – horário local
• Rádio Independência de Maués (6h às 6h30)
• Rádio Cultura (6h às 6h30 e reprise de 12h às 12h30)
• Centros e Núcleos da UEA (12h às 12h30)
www.uea.edu.br e www.linguativa.com.br
Endereço para correspondência: Projeto Aprovar – Reitoria da UEA – Av. Djalma Batista,
3578 - Flores. CEP 69050-010. Manaus-AM

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